É do conhecimento geral que, devido à velocidade com que a luz viaja, podemos ver coisas no espaço que já lá não estão. Se olharmos para uma galáxia distante, estamos a ver apenas como os objetos dentro dela parecem quando a própria luz estava a brilhar na nossa direção. Se a galáxia estiver a mil anos-luz de distância, estamos ver como a galáxia parecia há mil anos atrás.
Agora, os investigadores acreditam que podem utilizar uma técnica semelhante para procurar por buracos negros que já não existem. A única diferença é que os buracos negros não são apenas de há muito tempo atrás, eles são de uma versão totalmente diferente do universo.
Uma equipa de investigadores composta por cientistas da Universidade de Oxford, Universidade de Varsóvia e do New York Maritime College acreditam ter descoberto um buraco negro que existia num universo anterior àquele onde estamos a viver atualmente.
Ao invés da luz visível, os buracos negros deixam para trás o que é conhecido como radiação cósmica de fundo em microondas, ou (CMB). A ideia é que, mesmo quando um universo termina e um novo começa, a radiação de fundo dos buracos negros em decomposição do universo anterior permanece.
Uma teoria como esta não tem muita força sem uma base forte a sustentá-la. Assim, os investigadores andaram à procura do que chamam de “Pontos Hawking”.
Com o nome a ter origem em Stephen Hawking, os pontos Hawking são áreas onde os investigadores acreditam que a radiação remanescente dos buracos negros hoje em dia extintos ainda existe.
Esta teoria tem sido um tema quente para os investigadores, uma vez que muitos se opõem a esta teoria considerando que estes pontos são apenas o resultado da dispersão aleatória da radiação de fundo cósmica.
Para acabar com o máximo de dúvidas possível, a equipa criou mapas aleatórios de radiação de fundo e tentou identificar pontos semelhantes. Os dados aleatórios não reproduziram o fenómeno e como tal os investigadores acreditam que sua teoria é sólida e que os pontos de Hawking são de facto os últimos traços remanescentes de buracos negros mortos e de versões anteriores às do nosso próprio universo.
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