Quantas vezes não tentamos reduzir os hidratos de carbono para perder uns quilinhos e ir para a praia? Os hidratos de carbono são nutrientes essenciais denominados de macronutrientes. Exemplos de alimentos ricos em hidratos são o arroz, batata, massa, pão, farinha, açúcar, mel, etc…
Será mesmo verdade que os hidratos de carbono são vilões? Ou pelo contrário, temos de saber escolhe-los?
Fundamentalmente, foi com a famosa dieta de Atkins, em 1989, que tudo começou! Esta afirmava que para permanecer saudável e perder peso era obrigatório substituir estes macronutrientes pela carne.
Embora tenha sido classificada como uma dieta de moda perigosa, muitas outras se seguiram: Cetogénica, Dukan, low carb, etc..
No entanto, precisamos dos “hidratos” para viver! Dito isto, foi publicado no The Lancet: Public Health um grande estudo que tira esta mesma conclusão!
Assim, descobriu-se que se ingerirmos quantidades particularmente altas ou baixas de hidratos de carbono, o risco de morrer mais cedo é significativamente maior! Em suma, comer uma quantidade moderada de massa, batata, pão é a opção mais saudável.
A redução pode até levar a uma perda de peso rápida, mas tem muitos segredos por de trás… Assim, para além da redução deste nutriente levar a uma diminuição da retenção de água que é a diminuição de peso que vê na balança também não é sustentável a longo prazo!
É preciso ter em conta que este macronutriente é a principal fonte de energia do corpo! Fornecendo energia imediata! Pois, cada célula precisa deste combustível para funcionar, particularmente as do seu cérebro!
O estudo analisou 15428 pessoas com idades entre 45 e 64 anos de quatro comunidades dos EUA com diferentes etnias. A população em estudo para além de ter um risco elevado de aterosclerose tinham ingestão normal de calorias. Deste modo, analisaram a correlação entre a ingestão de hidratos de carbono, relatadas através de questionários, com o risco de mortalidade.
O corpo de trabalho e a dimensão da população em estudo é significativo para responder de forma científica a esta questão.
Em suma, o estudo conclui que ter uma dieta composta de 50 a 55% de hidratos de carbono estava associada a um risco mínimo de mortalidade.
Contudo, as dietas com mais de 70% ou menos de 40% têm maior risco!
As pessoas com mais de 50 anos de idade com uma dieta moderada nestes macronutrientes tenderam a obter outros 33 anos de vida – um ano a mais do que aqueles em dietas com alto teor de hidratos e quatro anos a mais do que aqueles em dietas com poucos hidratos.
Em paralelo, os cientistas também descobriram que a substituição dos glúcidos por proteínas e gorduras derivadas de animais, como carne, ovos e manteiga, aumentava o risco de mortalidade!
Mas substituí-los por gorduras e proteínas de origem vegetal teve o efeito oposto! Estes incluem alimentos como nozes, abacates, sementes, óleos vegetais, lentilhas.
Dito isto, os alimentos devem ser bem escolhidos! A nível de hidratos, evite os ricos em açúcar refinado ou “brancos”. Prefira sempre alternativas integrais. Alimentos como arroz e pão integral, batata-doce, aveia e quinoa são exemplos.
Caso queira realmente reduzir os hidratos, prefira as fontes de gordura e proteína de origem vegetal!
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