Um grupo de investigadores de uma Universidade americana (Tufts) desenvolveram um penso rápido inteligente, capaz de verificar a evolução de uma ferida e administrar tratamentos periódicos com medicamentos. Neste momento é apenas um protótipo. No entanto a tecnologia que surge detalhada num artigo recente da revista Small pode ajudar a transformar o tratamento médico, permitindo que um médico acompanhe mais de perto a condição do seu paciente, enquanto o trata de forma mais ativa.
“O que apresentamos é uma penso rápido inteligente e flexível que contém alguns medicamentos”, afirma Sameer Sonkusale, um dos professores de engenharia da Tufts que liderou o projeto”. “Ele analisa o processo de cicatrização da ferida e administra os medicamentos em tempo real, em quantidade adequada, para curar mais rapidamente.”
Penso rápido inteligente: uma solução para as feridas crónicas
À medida que as doenças que têm origem no estilo de vida de cada um aumentam, como a obesidade e as doenças cardíacas, também aumentam, os casos de feridas crónicas para as quais é díficil atribuir um prazo de cura. As feridas crónicas representam um desafio para os médicos, que devem identificar a causa subjacente dos estados crónicos, enquanto acompanham e tratam a ferida para evitar a infeção.
O penso rápido inteligente desenvolvido por Sonkusale e pela sua equipa utiliza sensores para detetar os biomarcadores que sinalizam a cicatrização de feridas. Posteriormente, um microprocessador recolhe os dados capturados pelos sensores, comunica com um dispositivo móvel e pode indicar ao penso rápido que é necessário liberar, ou não, a medicação.
Ao longo dos últimos anos, os investigadores têm vindo a demonstrar vários pensos rápidos da próxima geração que podem detetar infeções e acompanhar a velocidade de cicatrização de uma ferida. No entanto importa salientar que estes pensos ainda não chegaram ao mercado e ainda existe algum caminho para percorrer. Ainda assim, quando tudo estiver concluído, poderá ser a melhor notícia para quem sofre de feridas crónicas.
As principais aplicações serão em feridas, queimaduras e após cirurgias. Isto pode reduzir drasticamente as complicações das infeções e reduzir o número de amputações.
Leia também
Portugal já tem nova vacina contra a hepatite A e febre tifóide
Receba as notícias Leak no seu e-mail. Carregue aqui para se registar. É grátis!