Depois de falar daquilo que a Intel precisa de corrigir para voltar a ser o supra sumo dos processadores, vamos agora falar do seu maior rival, a AMD.
Tendo em conta que a AMD tem estado quase sempre na sombra da Intel, a empresa tem mais razões para ser simpática para os utilizadores, provavelmente sendo até forçada a fazer aquilo que gostávamos que a Intel fizesse para conseguir alguma quota de mercado.
Mas a verdade é que a AMD não é nenhuma ‘santa’, é uma emprega gigante cotada em bolsa, e so seu objetivo é apenas um… fazer dinheiro! Dito isto, vamos discutir o que gostávamos de ver de diferente no futuro da empresa.
Leia o nosso primeiro artigo desta saga:
Melhorar o controlador de memória dos Ryzen
Algo que a AMD precisa de corrigir rapidamente é o seu IMC – Controlador de Memória Integrado.
Claro que algumas melhorias já foram feitas nos Ryzen 2, no entanto ainda há muito a fazer. A frequência de memória é ainda muito limitada, por isso é preciso ainda chips de memória de elevada qualidade para conseguir chegar aos 3400MHz+.
O que fica ainda mais difícil se por acaso quiser usar 4 módulos de RAM na sua motherboard. Pois, provavelmente a sua board não irá conseguir manter as velocidades.
A compatibilidade é ainda muito limitada… Contudo é normal, afinal de contas os processadores Ryzen só chegaram ao mercado há cerca de 1 ano e meio!
É esperado que a AMD continue a melhorar a compatibilidade da memória DDR4 no imediato. Pois a longo termo, iremos mudar-nos de armas e bagagens para a memória DDR5 e aí a empresa já irá partir de uma posição bem mais vantajosa.
Melhorar a competitividade das Placas Gráficas Radeon
Tal como o IMC dos processadores Ryzen, a AMD também precisa de trabalhar muito para aumentar a competitividade das suas placas gráficas Radeon.
Acima de tudo melhorar a eficiência da arquitectura! Pois em comparação com a arquitectura Pascal da Nvidia, os topos de gama da AMD são 50%+ maiores do que a concorrência.
Isto faz com que os custos de produção sejam significativamente maiores em relação à Nvidia, em paralelo, também gastam mais energia.
Outro problema grave que levou ao facto da RX Vega ser um flop, é que a AMD produz apenas um grande GPU para tudo. Em suma, a concorrência tem duas linhas de produtos distintas, uma focada no gaming e outra focada no mercado profissional.
A AMD precisa de arranjar uma solução para isto, tal e qual como fez com os processadores Ryzen e EPYC.
Além disto, a nível de performance a empresa precisa de se esforçar bastante mais… Nas gamas baixas as coisas ainda estão mais ou menos equilibradas. Contudo, quando chegamos ao patamar dos 350/400€, a Nvidia ganha sempre!
O problema das motherboards com BIOS antigas e CPUs novos
Se por acaso comprar uma motherboard B350/X370 e um processador Ryzen 2… O seu computador não irá ligar, apesar das duas peças serem compatíveis.
Isto porque a motherboard precisa de uma actualização de BIOS para reconhecer o novo processador.
Seria excelente que a AMD conseguisse trabalhar em conjunto com os seus parceiros, como a Gigabyte, MSI, Asus, etc… Para implementar uma espécie de funcionalidade ‘BIOS flashback’. Ou seja, uma maneira de actualizar a BIOS sem ter de mudar de processador.
Aliás, a MSI até mostrou uma funcionalidade bastante parecida na Computex 2018, seria excelente que isto se tornasse algo ‘Standard’.
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