Um teste realizado pelo Facebook demonstrou que o codec AV1 tem um desempenho melhor do que os codecs x264 e libvpx-vp9.
O codec AV1 é um formato de vídeo aberto e livre de royalties que foi lançado recentemente pela Alliance for Open Media (AOMedia). Este formato foi desenvolvido para ser compatível com vídeos 4K, sendo que a AOMedia afirma que o codec reduz os dados consumidos pelo streaming de vídeo 4K em até 40%.
O gigante das redes sociais resolveu testar isto mesmo e mediu o desempenho deste formato vídeo em ambientes de produção do mundo real.
Ao invés de utilizar sequências de vídeo não compromido para testes, a equipa do Facebook decidiu utilizar 400 vídeos públicos obtidos a partir de uma grande variedade de páginas do Facebook.
Os clipes de vídeo utilizados nesta experiência estão entre os vídeos mais vistos no Facebook, sendo que a maioria foram gravados em smartphones no formato SD ou HD. Para além disso, estes clipes foram compactados nos dispositivos dos utilizadores antes de serem publicados no Facebook.
Ora para este teste, os clipes de vídeo foram descomprimidos e, em seguida, recomprimidos através de três codecs, nomeadamente AV1, x264 e libvpx-vp9. Com base nos resultados do teste, o AV1 exigiu tempos de codificação mais longos em comparação com outros formatos de vídeo, embora o codec oferecesse uma compactação significativamente melhor.
Por exemplo, o formato AV1 ofereceu uma compactação 34% melhor em comparação ao codec libvpx-vp9. Por outro lado, o codec AV1 alcançou 50,3% e 46,2% melhor desempenho em comparação com o x264 e x264, respectivamente. Estes números significam que o formato AV1 permite que a plataforma de rede social ofereça vídeos de melhor qualidade com a mesma taxa de bits ou reduza o buffer de vídeo com a mesma qualidade de vídeo.
O Facebook também já anunciou que vai adotar o formato AV1 nos sistemas de produção da empresa e está a planer disponibilizar os vídeos no formato AV1, uma vez que os browsers mais populares, como o Google Chrome e Mozilla Firefox, o vão começar a suportar em breve. A versão para computadores deverá começar a suportá-lo a partir de 2019, enquanto no caso dos smartphones será mais para 2020.
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