Um novo estudo revela que os adultos não mostram mudanças significativas no seu comportamento após jogarem jogos violentos(GTA V) todos os dias durante dois meses.
A maioria dos estudos científicos desta natureza fazem as suas medições logo após o fim de uma sessão de jogo, ou seja, enquanto a adrenalina do jogo ainda está em vigor, o que na visão do investigador Simone Kuhn e seus colegas não é a maneira mais correcta.
“Os efeitos observados depois de alguns minutos de uma sessão de gaming intensa, não são representativos daquilo que a maioria da sociedade está interessada, nomeadamente, como é que os jogos violentos afectam a personalidade de uma pessoa a longo termo”
O estudo foi muito simples, os investigadores pegaram em 90 adultos, e meteram-nos a jogar Grand Theft Auto V ou o The Sims 3 por pelo menos 30 minutos todos os dias, ao longo de 8 semanas(um grupo não jogou qualquer tipo de jogo durante este período).
Os adultos escolhidos, entre os 18 e 45 anos de idade, reportaram pouco ou nenhum tempo de jogo nos 6 meses prévios ao estudo, e foi garantido que não tinham qualquer tipo de problema psicológico no seu repertório.
Os participantes foram assim submetidos a uma vasta bateria de 52 questionários, com o intuito de medir a agressão, atitudes, empatia, e competências inter-pessoais, saude mental, etc.
Estes testes foram feitos imediatamente antes e imediatamente depois do período de 2 meses de gaming, e ainda dois meses depois disso, de modo a determinar os potenciais efeitos continuados da prática.
Mais de 208 comparações foram feitas (52 testes, grupos de controlo violentos vs grupos de controlo não violentos, testes pré vs após 2 meses mais tarde), onde apenas 3 sujeitos mostraram estatisticamente um aumento significativo da violência na sua personalidade, levando os especialistas a concluir que “não houve qualquer efeito detrimental após um longo período de jogo violento”
Embora este estudo seja encorajador para a investigação na área, não é a palavra final nos efeitos dos jogos violentos no ser humano, pois os autores deste estudo acrescentaram ainda “que será necessária mais investigação para demonstrar estas conclusões nas crianças”
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