Afinal vai ser mais difícil conseguirmos viver em Marte

Um novo estudo pode acabar de vez com os planos de se estabelecer uma colónia humana em Marte porque se descobriu que a superfície é “mais inabitável do que se pensava anteriormente”. Na realidade, o Planeta Vermelho está coberto por um “cocktail tóxico” de produtos químicos que, quando combinados com a luz UV, são capazes de destruir qualquer organismo vivo, revela a investigação

Este estudo centrou-se no perclorato, um composto químico natural que pode ser encontrado na Terra sem causar qualquer dano, uma vez que a temperatura se mantém estável. Já em Marte, a mesma substância podia causar muitos dados.

MarteUma equipa de investigadores da Universidade de Edimburgo expuseram pela primeira vez uma bactéria comum, encontrada numa nave espacial, à radiação UV que se encontra na superfície de Marte. As bactérias morreram em cerca de um minuto, referiu a revista ZME Science. Posteriormente, os investigadores misturaram perclorato de magnésio com a bactéria e expuseram-na ao mesmo nível de radiação. Desta vez, as bactérias morreram em 30 segundos.

Intrigados, os investigadores adicionaram óxido de ferro e peróxido de hidrogénio, ambos encontrados em Marte. Sob a luz UV, os componentes juntaram-se ao perclorato para matarem as bactérias 11 vezes mais rapidamente do que apenas quando se havia usado a primeira substância.

O que é que isto significa para futuras missões a Marte? Bem, logo à partida, existem poucos riscos de que as bactérias transportadas pela nave espacial sobrevivam para contaminarem Marte. No entanto, importa salientar que a vida em Marte deve estar abaixo da superfície e com tal livre de “percloratos ativados por UV”, afirmou um cientista da NASA ao Guardian.

O autor do estudo sugere que a vida pode ainda assim existir a dois ou três metros de profundidade.

Entetanto e a título de curiosidade saibam que os cientistas estão agora a virar-se para a lua de Júpiter, Titan. É que aparentamente parece garantir melhores condições para o estabelecimento de uma colónia humana.

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Bruno Fonseca
Bruno Fonseca
Fundador da Leak, estreou-se no online em 1999 quando criou a CDRW.co.pt. Deu os primeiros passos no mundo da tecnologia com o Spectrum 48K e nunca mais largou os computadores. É viciado em telemóveis, tablets e gadgets.

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