Talvez já não se lembrem, mas em 2023, o OnePlus Open foi uma surpresa do caraças no ecossistema de smartphones mundial! Um dobrável bem construído, com boas specs, e sem os típicos compromissos que vemos noutros modelos.
Mas, mesmo passado tanto tempo, não vai existir, pelo para já, um OnePlus Open 2. A marca confirmou oficialmente que decidiu fazer uma pausa no mundo dos dobráveis. É curioso! Não é por falta de vontade… É mesmo estratégia.
Afinal de contas, a OPPO tem o Find N5, que seria a base do OnePlus Open 2. Mas, a fabricante não quer.
A corrida dos dobráveis ainda não vale a pena?
Segundo a própria OnePlus, esta decisão não é um recuo. É uma “recalibração”.
O que significa isto em Português de Portugal? Basicamente significa que “isto está a andar devagar, e por isso não vale a pena queimar recursos com lançamentos anuais”.
E a verdade é que têm razão. O mercado dos dobráveis cresceu apenas 2,9% em 2024, o que ficou abaixo das expectativas. Algo curioso, porque tivemos vários lançamentos interessantes a um nível global. Especialmente quando se olha para o Magic V3 da HONOR.
Feliz ou infelizmente, ainda estamos longe de ver este tipo de telemóvel a tornar-se algo mainstream. Por isso, quando o investimento em investigação e desenvolvimento é alto, mas as vendas não acompanham, há que repensar prioridades.
Em suma, a OnePlus preferiu concentrar-se noutras áreas. Isto significa deixar os dobráveis para quando conseguir resolver os três grandes problemas: tornar o telefone mais fino, mais leve e com menos vinco no ecrã. Tudo isto sem comprometer o resto.
Samsung pode lançar dobráveis todos os anos? A OnePlus não.
A Samsung continua a liderar o mercado com os seus Galaxy Z Fold e Flip, mas também tem outra escala e uma base de utilizadores completamente diferente. Já a OnePlus, apesar de ter o apoio da OPPO, tem de jogar de forma mais cuidadosa.
Não dá para lançar um novo dobrável todos os anos só porque sim. Especialmente quando o mercado ainda está a meio gás.
Por isso, o OnePlus Open 2 vai ter de esperar. Mas não está morto. A marca já confirmou que não está a abandonar os dobráveis. Só não vai lançar nenhum novo em 2025.
É uma boa ideia?
Tudo indica que sim. Lançar por lançar, sem resolver os problemas mais bicudos deste tipo de smartphones, não faz sentido. Nem todos têm os bolsos fundos da Samsung, ou conseguem arcar com as críticas que esta e a Apple conseguem ao não inovar absolutamente nada de um ano para o outro.
Aliás, acredito que os consumidores agradecem quando uma marca prefere fazer uma pausa em vez de lançar um produto pela metade.