IPTV: como é que as autoridades podem chegar até si?

Nas últimas semanas, têm surgido um pouco por toda a Europa vários esforços para tentar travar a visualização dos jogos de futebol online via IPTV. Aliás no nosso país vizinho, Espanha, a LaLiga está a tentar a todo o custo travar a pirataria. O mesmo se passa em Itália. A verdade é que ninguém que veja jogos desta forma está a salvo de ficar sem os ver de um momento para o outro. Há anos que se assiste ilegalmente a jogos de futebol através de ligações e sites web piratas. No entanto os operadores que detêm os direitos televisivos têm acesso a cada vez mais instrumentos legais para enfrentar e prejudicar a pirataria. Mas no caso da IPTV como é que as autoridades podem chegar até si?

IPTV: como é que as autoridades podem chegar até si?

A IPTV em si não viola nenhuma regra mas a transmissão de conteúdos para os quais não existe licença é ilegal e embora possa pensar que a polícia só irá atrás de quem disponibiliza os serviços, a verdade é que cada vez mais países estão a perseguir os utilizadores que vêem futebol pirateado.

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Mas como é que as autoridades podem chegar até si?

Existem várias formas das autoridades identificarem quem está a utilizar este tipo de serviços.

A primeira é que pode seguir o endereço de IP atribuído ao aceder ao servidor que partilha o conteúdo. Claro que neste caso as VPN podem sempre ajudar, mas na realidade até estes serviços estão a começar a estar na mira dos detentores de direitos.

O nome e apelido do titular do contrato de Internet.

O endereço postal da instalação da linha de dados e de faturação.

O documento de identidade que corresponde ao IP que se ligou ao servidor pirata.

É verdade que em Portugal ainda não chegámos a um ponto em que os utilizadores tenham de pagar multas ou enfrentar outros problemas legais por consumirem pirataria (ou pelo menos não é algo tipificado no código penal). No entanto o que se anda a passar na Espanha ou Itália pode mudar as coisas. Isto pode traduzir-se em grandes penalizações.

Para além disso, a utilização da IPTV pirata acarreta uma série de outros riscos para a nossa cibersegurança:

Malware e vírus: os serviços de IPTV ilegais distribuem frequentemente software malicioso que pode infetar os seus dispositivos e roubar informações pessoais.

Roubo de dados pessoais: os fornecedores de IPTV ilegal podem recolher e vender os seus dados pessoais, como informações sobre cartões de crédito, palavras-passe e outros dados sensíveis.

Instabilidade do serviço: a qualidade da transmissão é frequentemente variável e o serviço pode ser interrompido em qualquer altura.

Fraudes: existe o risco de perder dinheiro ao pagar subscrições de serviços que podem desaparecer de um dia para o outro.

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Bruno Fonseca
Bruno Fonseca
Fundador da Leak, estreou-se no online em 1999 quando criou a CDRW.co.pt. Deu os primeiros passos no mundo da tecnologia com o Spectrum 48K e nunca mais largou os computadores. É viciado em telemóveis, tablets e gadgets.
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