A Samsung está a acelerar o desenvolvimento de uma nova tecnologia de ecrãs que pode deixar o OLED a comer pó. Chama-se QD-EL (Quantum Dot Electroluminescent) e promete combinar o brilho dos LEDs com o contraste do OLED, porém sem os problemas de desgaste e burn-in.
De certa forma, é aquilo que o QD-OLED deveria de ter trazido, mas não conseguiu.
A questão é: será que isto significa novos televisores revolucionários a curto prazo? Nem por isso.
QD-EL – O que é e porque é que está a dar que falar?
O QD-EL é um ecrã autoemissivo, ou seja, não precisa de retroiluminação, tal como o OLED. A grande diferença? Em vez de utilizar LEDs orgânicos (que se degradam com o tempo), usa quantum dots inorgânicos, que prometem maior durabilidade e eficiência energética.
Na teoria, estamos perante uma tecnologia que pode dar um salto gigantesco na qualidade dos ecrãs, combinando as melhores características do OLED e do “velho” LED. Porém, agora sem os pontos fracos de cada um. Mas há um problema…
Televisores? Ainda não compensa! Primeiro, os monitores.
Apesar de todo o entusiasmo, a Samsung ainda está longe de conseguir escalar o QD-EL para TVs grandes. Os protótipos apresentados até agora não passam das 18 polegadas, e a marca continua a lutar contra problemas de estabilidade e eficiência energética.
Se há algo que a indústria já nos ensinou, é que novas tecnologias de ecrã costumam surgir primeiro em monitores pequenos antes de chegarem a ecrãs gigantes para a sala. Ecrãs pequenos profissionais, claro.
E há boas razões para isso:
- Menos risco financeiro – Um painel de 21 polegadas com defeitos dá menos prejuízo do que um de 65 polegadas.
- Menos desperdício de material – Na fase inicial de produção, há sempre erros e falhas, e o custo de cada unidade desperdiçada é muito mais baixo em ecrãs de pequenas dimensões.
- Processo de fabrico ainda não otimizado – Mesmo tecnologias como os OLED impressos a jato de tinta, que a TCL começou a produzir em 2024, ainda não chegaram às TVs por questões de custo.
Ou seja, o mais provável é que os primeiros ecrãs QD-EL sejam para monitores de gaming ou portáteis premium, onde a qualidade de imagem é crucial e os utilizadores estão dispostos a pagar mais.
Conclusão – Ainda vai demorar, mas pode valer a pena! Por várias razões.
O QD-EL parece ser a próxima grande aposta da Samsung para o futuro dos ecrãs, mas se estás à espera de uma TV 4K com esta tecnologia para breve, tenha calma. Ainda há um longo caminho pela frente até que se torne viável e acessível para televisores.
Mas, além de um futuro brilhante, isto também significa que o OLED vai ficar bastante mais barato, porque vai deixar de ser a tecnologia de topo.