Como deve imaginar, se está no mercado à procura de um novo automóvel, vai ter de lidar com a questão do “Carro Elétrico vs. Carro a Combustão: Qual Escolher?“. É chato, mas é normal… Sendo sinal dos tempos! Escolher um carro, especialmente se for novo, ficou muito mais difícil nos tempos que correm.
Dito tudo isto, ambos têm vantagens e desvantagens, dependendo das necessidades do condutor, e da forma como este pensa. Por isso, temos um pequeno resumo dos principais prós e contras, bem como uma opinião mais pessoal para lhe meter os neurónios a mexer, e tentar empurrá-lo para a melhor decisão possível para o seu caso de uso.
Carro: O que deve comprar? Elétrico ou Combustão?
Carro Elétrico (EV)
Prós:
- Mais amigo do ambiente (zero emissões diretas de CO2).
- Custos de manutenção mais baixos (menos peças móveis, sem óleo para trocar).
- Maior eficiência energética e menor custo por quilómetro.
- Condução silenciosa e suave.
Contras:
- Autonomia limitada (está melhor, mas ainda inferior à combustão).
- Tempo de carregamento superior ao reabastecimento de um carro a gasolina/diesel.
- Infraestrutura de carregamento ainda em crescimento (pode ser um problema em viagens longas).
- Infraestrutura de carregamentos com alguns problemas de manutenção em Portugal. (Carregamentos falham, não atingem a potência contratada, etc…)
- Preço inicial mais elevado, embora com incentivos em alguns países (Portugal é um deles).
Carro a Combustão (Gasolina/Diesel)
Prós:
- Maior autonomia e reabastecimento rápido.
- Infraestrutura estabelecida (postos de combustível em todo o lado).
- Preço inicial geralmente mais baixo que um elétrico.
- Maior oferta de modelos e opções no mercado.
Contras:
- Impacto ambiental elevado (emissões de CO2 e poluentes).
- Custos de manutenção superiores (troca de óleo, correia, velas, filtros, etc.).
- Menos eficiente em termos de consumo energético.
- Dependência dos combustíveis fósseis e sujeição a variações de preço.
Conclusão
Comprar um carro acaba por ser sempre uma decisão com parte racional, e claro, parte emocional. Vai depender muito de pessoa para pessoa! Dito tudo isto, do ponto de vista racional, se não conduz mais de 25/50km por dia, e esta é mais ou menos a média Europeia, e tem carregamento em casa, no trabalho, ou postos de carregamento próximos, não existe melhor relação/preço qualidade.
Desta forma, o que importa é pensar nas suas necessidades particulares e perceber se os obstáculos do elétrico podem ser um problema ou não. Isto porque a questão da autonomia, dada a utilização que a grande maioria das pessoas dá, é cada vez mais um não assunto.
São escolhas!
Os automóveis a combustão baseados em motores térmicos continuam a oferecer uma flexibilidade para viagens mais longas que pura e simplesmente não existem no lado dos elétricos. Mas, quantas vezes vai fazer viagens realmente longas? É essa a questão que tem de meter em cima da mesa.
Além de tudo isto, o motor térmico oferece também uma outra experiência de condução que pura e simplesmente não existe no lado elétrico da coisa. Existindo ainda uma oferta de gamas e diversidade de escolhas que não existe nos elétricos. Isto nunca esquecendo o facto de ser possível abastecer em 5 minutos. (Porém, com algum planeamento, isto também é um problema que pode ser minimizado.)
Mas, lá está, tem uma manutenção bastante mais cara, IUC, entre outros pontos negativos.
Já no lado do elétrico, a realidade é que os postos de carregamento não são o bicho de sete cabeças que muitos fazem parecer!
Aliás, se a Mobi.E deixar de ser aquilo que é em Portugal, é muito provável que as coisas melhorem um bom bocado em 2025 ou em 2026.
Além disso, a utilização diária de um elétrico é muito menos penalizadora fisicamente/mentalmente pelo própria natureza do motor/condução e a questão da durabilidade das baterias já se sabe que não é tão problemática como se pensava.
A vida é, e sempre será, um mar de escolhas. Se não for possível fazer uma escolha lógica e racional, use a emoção e compre o carro que mais lhe chamou a atenção. Mas, experimente o máximo que conseguir primeiro. A condução e segurança, qualquer que seja o “combustível”, tem de ser prioridade.