Como qualquer entusiasta à face da terra, adoramos ter os smartphones mais recentes, mais poderosos, mais bonitos, etc… Na palma da nossa mão. Mas, se formos 100% honestos e realistas, nos tempos que correm, não existe necessidade nenhuma de andar atrás do máximo de performance possível e imaginário.
Aliás, isto é algo que já está a a afetar o mercado de smartphones a uma escala global. A corrida da performance está a encarecer demasiado o smartphone. O que acaba por não fazer grande sentido no grande esquema das coisas.
Smartphone está a chegar ao limite do razoável?
Para o bem ou para o mal, os consumidores e fabricantes têm de começar a ter a noção de que um smartphone não é um computador.
Por isso, a não ser que seja verdadeiramente possível tirar partido de toda a performance extra que temos vindo a receber nos nossos aparelhos do dia-a-dia, talvez não faça sentido andar a encarecer gigantescas gamas de produto para andar atrás dos processos de produção mais recentes, e arquiteturas mais poderosas à face da terra.
A grande maioria dos consumidores não anda a renderizar vídeos 3D extremamente complexos nos seus smartphones, e apesar da aposta recente da Apple, ninguém vai jogar Resident Evil ou Death Stranding no smartphone. Para estas tarefas, vai usar um PC a sério.
Qual é a necessidade de ter um smartphone tão poderoso quanto um PC? Abrir o Instagram 0.1s mais rápido? Não faz qualquer tipo de sentido.
Infelizmente, estamos a chegar a um ponto, em que até o smartphone topo de gama de há 2 ou 3 anos, oferece o mesmo nível de utilização no dia-a-dia, relativamente a qualquer smartphone moderno.
Acha que o S24 Ultra de 2024 é muito mais rápido que o S21 Ultra de 2021? Está enganado.
É exatamente por isto que vários consumidores optam agora por smartphones recondicionados, ou por modelos com 1 ou 2 anos, com grandes descontos em cima.
Atualmente, a grande diferença no mundo dos smartphones está no lado da captura de imagens através do módulo de câmaras traseiro e pouco mais. Qualquer topo de gama com 2 ou 3 anos vai correr qualquer jogo no máximo, e claro, vai correr as mesmas exatas apps que já usa no seu dia-a-dia.
Não faria mais sentido limitar este loucura pelos processos de 3nm, 2nm ou 18A, que são extremamente caros, para meter o foco naquilo que realmente interessa dentro do mundo dos smartphones? Em câmaras mais evoluídas e capazes, em ecrãs dobráveis, tridobráveis ou enroláveis… Etc… Ou seja, em inovações que realmente sejam capazes de transformar a utilização deste dispositivo.
Acha que faz algum sentido termos rumores de um Galaxy S25 Ultra a 1600€, ou até mais do que isto? Ou rumores de um iPhone 18 Pro Max perto dos 2000€? Os preços têm de ser controlados.
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