Google Pixel 10 e 11: ninguém os vai agarrar! Saiba porquê

A última coisa que normalmente se divulga sobre os dispositivos Pixel são as funcionalidades de software. De facto, todos os pormenores relativos ao hardware são normalmente divulgados com meses de antecedência. Depois só ficamos a conhecer o novo software imediatamente antes do lançamento. No entanto, desta vez e graças ao site Android Authority até acaba por ser ao contrário. Isto porque descobriram informações muito importantes ao nível do software do Pixel 10 e Pixel 11, sobretudo relacionadas com a inteligência artificial.

Mas afinal o que podemos esperar? 

Graças à sua TPU melhorada, o Tensor G5 (que se espera que faça a sua estreia na série Pixel 10 e mais recente), estará a receber funcionalidades de vídeo generativo. Isto pode não ser muito explicito logo à partida. No entanto pode dar para compreender. Eventualmente pode tratar-se de uma possibilidade de edição de vídeo especial que conta com a inteligência artificial para garantir que ele fica com a melhor qualidade possível e sobretudo com uma boa aplicação de efeitos visuais e som. Isto de acordo com o que se pretende atingir. Esta função também pode estar disponível no YouTube, especificamente para o YouTube Shorts.

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Para além disso a Google também está a explorar várias funções de IA para edição de fotos, incluindo “Speak-to-Tweak”, que parece ser uma ferramenta de edição baseada em LLM, e “Sketch-to-Image”, que é autoexplicativo e se assemelha a uma função semelhante à oferecida pelo Galaxy AI da Samsung. Além disso, existem provas anteriores que indicam que a Google está a desenvolver uma funcionalidade Sketch-to-Image para o seu projeto Gemini.

A Google também está a trabalhar numa funcionalidade de “Espelho Mágico”. No entanto, infelizmente, não foi possível obter qualquer contexto adicional a partir dos documentos divulgados. Além disso, o Tensor G5 também deverá ser capaz de executar localmente modelos baseados na difusão estável, que poderão ser utilizados na aplicação Pixel Studio, em vez da atual solução baseada no servidor.

As câmaras

A Google concentra-se fortemente nas câmaras dos seus telemóveis, pelo que não é surpreendente que muitas das novas funcionalidades estejam relacionadas com esta área. Em primeiro lugar, o Tensor G5 suporta finalmente vídeo HDR 4K 60fps. Isto enquanto os modelos anteriores apenas permitiam vídeo 4K 30fps.

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O Pixel 11 pode também oferecer capacidades de zoom de 100x através de Machine Learning. Isto tanto para fotografias como para vídeos. No entanto, prevemos que os algoritmos utilizados para cada um serão diferentes, por isso não espere uma qualidade idêntica em todos os formatos. Além disso, os documentos fazem referência a uma câmara teleobjetiva de “próxima geração” concebida para melhorar esta funcionalidade, o que sugere que poderão estar também a caminho actualizações significativas do hardware.

A funcionalidade mais interessante que poderá chegar ao Pixel 11 é o vídeo com luz ultrabaixa.

O Cinematic Blur também está a receber uma atualização no Pixel 11, com suporte para 4K 30fps e uma nova funcionalidade “video relight” que parece alterar as condições de iluminação nos vídeos. Ambas as novas funcionalidades são possíveis graças ao “Cinematic Rendering Engine” no processador de sinal de imagem do chip. A inclusão do novo bloco de hardware também reduz o consumo de energia da gravação de vídeo com desfocagem em quase 40%.

Por último, e talvez a funcionalidade mais interessante que poderá chegar ao Pixel 11, é o “Ultra Low Light video”, também conhecido como “Night Sight video”. Já existe algo com esse nome, mas depende do processamento na cloud. Já esta é totalmente no dispositivo. A Google mencionou especificamente que 5-10 lux são as condições de iluminação pretendidas para a funcionalidade. Esta é considerada uma luz muito fraca, semelhante à iluminação fornecida por uma sala pouco iluminada ou à luz de um céu nublado ao anoitecer. A nova funcionalidade também dependerá do novo hardware da câmara para alcançar os resultados pretendidos.

Novas funcionalidades de ambiente

Graças à inclusão de uma nova “nanoTPU” na parte de baixo consumo do Tensor G6, a Google está a planear adicionar algumas funcionalidades sempre activas baseadas em ML aos telemóveis Pixel. Uma boa parte deles são funções relacionadas com a saúde, como deteção de “respiração, tosse, ronco, espirro e apneia do sono, deteção de queda, análise de marcha e monitoramento dos estágios do sono”. Há também a deteção de eventos sonoros de emergência.

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Bruno Fonseca
Bruno Fonseca
Fundador da Leak, estreou-se no online em 1999 quando criou a CDRW.co.pt. Deu os primeiros passos no mundo da tecnologia com o Spectrum 48K e nunca mais largou os computadores. É viciado em telemóveis, tablets e gadgets.

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