Durante muitos e longos anos, a Samsung optou (quase) sempre por implementar uma estratégia de “dividir para conquistar”, ou seja, parte dos seus smartphones e tablets seriam baseados em processadores mobile da Qualcomm, enquanto outra enorme parte seria baseada em processadores de produção própria Samsung Exynos.
Desta forma, era possível criar uma gama de produtos extremamente apelativa, com margens muito saudável para a gigante Sul-Coreana. No entanto, apesar de todas as capacidades e recursos que a Samsung tem à sua disposição, a produção de chips não está a correr bem, especialmente nos últimos anos em que a TSMC tem sido capaz de desafiar as leis da física e da química, em quase todas as gerações de novos produtos tecnológicos.
Por isso, em 2025, é muito provável que os novos Galaxy S25 cheguem ao mercado a ter como base só e apenas processadores Qualcomm. Uma estratégia que pode vir a ser repetida nos próximos anos. Isto porque… A Samsung está a equacionar desistir de desenvolver os seus próprios processadores.
Isto é algo que em uma primeira fase até pode servir de motivo de festejo para vários consumidores. Porém, isto é inegavelmente uma má notícia para o mercado.
Samsung vai desistir do Exynos!? Não é uma boa notícia para o mercado de smartphones!
Portanto, em uma questão de eficiência energética e performance pura e dura, é óbvio que vai sempre preferir um smartphone equipado com um SoC Qualcomm Snapdragon, em vez de um Exynos. Isto é especialmente verdade desde a altura do Exynos 990 e Exynos 2100, que trouxeram problemas, por algumas vezes graves, para a vida dos utilizadores. Estamos a falar de problemas de sobreaquecimento, consumo exagerado de energia, e claro, níveis inconsistentes de performance no dia-a-dia.
Porém, ver uma Samsung a apostar de forma quase exclusiva em processadores Qualcomm também não pode ser bom. Porque vai apenas dar mais força ao monopólio desta empresa no ecossistema Android, e claro, vai resultar em preços significativamente superiores aos atuais.
Concorrência é sempre melhor!
Basta olhar para o que está a acontecer em Portugal com as operadoras de telecomunicações. A entrada da DIGI está a fazer as outras três empresas tremer, e até já existem planos para campanhas e descidas de preço em toda a escala.
Nos smartphones é igual. A única forma para que seja possível existir inovação e concorrência, é exatamente com isso… Produtos diferentes! Se for tudo igual, somos todos iguais.
Isto é também muito importante para o grande esquema das coisas no lado da Samsung. Se esta fabricante quer continuar a dominar o ecossistema Android, tem de ser capaz de criar as suas próprias soluções, para se diferenciar de todas as outras fabricantes. Algo que a Samsung não está a ser capaz de fazer, e que desta forma se torna apenas e só mais complicado.
A Samsung tem de tentar ser a Apple do lado Android, ao conseguir fazer tudo, ou pelo menos quase tudo, “dentro de casa”. O processador é uma das peças mais importantes deste puzzle.
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