Isto provocava muito medo devido às radiações antes do 5G!

A radiação está em todo o lado e simplesmente não é possível escapar. Claro que isto é assustador até porque nos pode por doentes. Hoje em dia, as pessoas preocupam-se principalmente com os seus smartphones e com as ondas de rádio de alta frequência, como as utilizadas nas redes 5G e até mesmo com o Wi-Fi. No entanto antes disto havia uma coisa que provocava muito medo devido às radiações. Adivinha do que se trata?

Isto provocava muito medo devido às radiações antes do 5G!

Agora temos os monitores e os televisores extremamente finos. No entanto nem sempre foi assim. Antigamente tínhamos os monitores e as TVs de tubo ou se preferir de raios catódicos. Mas será que eles transmitiam mesmo radiação e outros raios nocivos?

Na prática eles funcionavam deste modo. Essencialmente, a eletricidade de alta tensão utilizava-se para disparar um feixe de electrões através do vácuo. O feixe excitava os fósforos na parte de trás de um ecrã de vidro e emitiam luz. O feixe depois era varrido através do ecrã para desenhar uma imagem linha a linha. Entretanto movia-se tão rapidamente que podia desenhar (por exemplo) trinta ou sessenta imagens completas num único segundo. Isto é completamente diferente do funcionamento dos ecrãs planos modernos!

A ideia de que os CRTs (Tubos de raios catódicos) podiam emitir radiações nocivas tinha fundamento. Na prática, quando essas partículas de alta energia atingem os fósforos do ecrã, é emitida mais do que apenas luz. Lembre-se que aquilo a que chamamos “luz” é apenas a parte visível do espetro eletromagnético, e uma pequena percentagem da energia do feixe é convertida em raios X.

Os raios X são um exemplo de radiação ionizante. O tipo de radiação que pode causar problemas como o cancro! É claro que, em níveis de exposição muito baixos, mesmo os raios X não são realmente uma preocupação para a sua saúde. No entanto, a exposição a longo prazo pode ser um problema. É por isso que o seu dentista vai para uma sala diferente quando faz uma radiografia à sua boca.

Mas havia alguma verdade nesta preocupação com a radiação dos CRT? 

Os fabricantes de CRT estavam perfeitamente cientes dos raios X produzidos pela tecnologia CRT, e é por isso que o vidro do tubo contém (entre outras coisas) chumbo. Isto significa que nada de prejudicial podia efetivamente sair do interior do CRT.

Entretanto devido às tensões de funcionamento relativamente baixas dos VDTs, os raios X produzidos no interior do CRT são de baixa energia e não são muito penetrantes. Estes raios X são absorvidos pelo vidro do CRT e não penetram no exterior. De facto, a espessura do vidro utilizado no CRT tem propriedades de proteção contra os raios X muito superiores às necessárias para as tensões a que os VDT funcionam e é capaz de absorver raios X de energias consideravelmente superiores às produzidas no CRT

Assim, embora os CRTs produzissem raios X, eram de tão baixa energia que não conseguiam penetrar para além do vidro do ecrã.