(Mini-Review) Joker 2: É um filme que não vai a lado nenhum!

Caso não saiba, o segundo capítulo do Joker de Joaquin Phoenix está prestes a chegar às salas de cinema Portuguesas. Como tal, não fosse o primeiro filme um sucesso de bilheteira quase absurdo, ao conseguir arrecadar mais de mil milhões de euros a uma escala global… É óbvio que existe algum entusiasmo à volta do segundo capítulo! Por isso, temos muito boa gente em pulgas para entrar na sala de cinema, e assim perceber o que vai acontecer a seguir.

Afinal… Para onde vai Joker depois do primeiro filme? Depois de ter morto 6 pessoas, a mais famosa delas, ao vivo na TV Norte-Americana?

Pois bem, o primeiro filme foi uma obra estranha, que tentou mostrar um Joker muito mais complexo, muito mais “partido”, do que aquilo que poderíamos encontrar nos filmes mais tradicionais da DC. Mas, ainda assim, foi uma obra capaz de conquistar os amantes do cinema. Isto apesar da crítica especializada não ter sido muito simpática com a obra. 

Em suma, Joker 2 (Joker: Loucura a Dois), tinha a ingrata missão de continuar a história, ao mesmo tempo que navegava na mesma exata complexidade e mistura de ideias que o primeiro filme apresentou. Conseguiu? Honestamente… Acho que não! O filme é um barco perdido em uma óbvia confusão de ideias, que infelizmente nunca chega a lado algum.

(Mini-Review) Joker 2: É um filme que não nos leva a lado nenhum

(mini-review) joker 2: É um filme que não nos leva a lado nenhum

Portanto, Joker: Loucura a Dois transporta-nos 2 anos no futuro, para nos levar para o lado das consequências dos atos de Arthur Fleck no primeiro filme. É aqui que tudo começa, num Joker humilhado na prisão, sem grandes amizades, sem saber muito bem quem é, e claro, com uma pena de morte pela frente.

Até que… Aparece Harley Quinn! É aqui que o segundo filme começa a ganhar algum fulgor, porque a nova personagem interpretada por Lady Gaga aparece de rompante, a matar, e claro, a manipular (muito) Arthur. Aliás, podemos dizer que além da interpretação do genial Joaquin Phoenix, é aqui que também vemos um raio de luz na escuridão que é Joker 2.

É curioso, mas Lady Gaga sabe o que está a fazer!

A famosa artista consegue entrar muito bem no papel, sendo perfeitamente possível para o espetador sentir muita da loucura escondida, bem como a vontade de fazer explodir tudo à volta.

Porém, rapidamente deixamos a parte interessante de Harley Quinn, e o talento de Lady Gaga no mundo do cinema, para começar a ver muita cantoria, num filme que se transforma de forma muito estranha num… Musical.

O primeiro filme também tem muito disto, é verdade. Mas, em Joker 1, existia uma progressão palpável, e aqui não. Em Joker 2, tudo o que são sentimentos complexos, e reviravoltas, tem de ser passado através de música, ou gargalhadas forçadas. É estranho, e fica aquém daquilo que o primeiro projeto trouxe para cima da mesa.

Especialmente quando Arthur se refugia na sua própria mente, com alunicações que quase parecem reais, tal e qual como no primeiro filme. Algo engraçado quando é feito de vez em quando, especialmente quando temos Lady Gaga a cantar, mas… Irritante quando feito em demasia.

Não quero dar spoils… Mas… Tudo parece demasiado rápido, como se o filme tivesse pressa para chegar a algum lado. Mas, de forma quase irritante, nunca chega lá. Aliás, para mim, este foi um dos fins mais desapontantes que vi em uma sala de cinema, que me fez sentir triste não por tudo aquilo que acontece no ecrã, mas sim por ter perdido 2h20 da minha vida para não chegar a lado nenhum. Aliás, Joker 2 quase estraga a genialidade de Joker 1. Em suma, era escusado.

Entretanto, parece ter ficado plantada a ideia de um Joker 3. Mas… Duvido que isso alguma vez aconteça. Vai perceber o porquê quando for aos cinemas ver este filme.

Resultado: Nem tudo é mau, mas fica um sabor amargo na boca. 6/10.

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Nuno Miguel Oliveira
Nuno Miguel Oliveirahttps://www.facebook.com/theGeekDomz/
Desde muito novo que me interessei por computadores e tecnologia no geral, fui sempre aquele membro da família que servia como técnico ou reparador de tudo e alguma coisa (de borla). Agora tenho acesso a tudo o que é novo e incrível neste mundo 'tech'. Valeu a pena!

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