Como deve imaginar, existem variadĂssimas razões para as trĂªs grandes do mundo das telecomunicações (MEO, NOS e Vodafone) nunca terem tido concorrĂªncia a sĂ©rio em Portugal em quase 20 anos de mercado.
Razões cada vez mais Ă³bvias agora que a DIGI quer entrar no mercado, com planos de levar concorrĂªncia a sĂ©rio a este domĂnio tripartido.
Vamos tentar perceber.
DIGI em Portugal: Quais sĂ£o as maiores barreiras da empresa?
Portanto, como temos vindo a dizer, a DIGI estĂ¡ prestes a começar a fazer das suas em Portugal! Sendo exatamente por isso que jĂ¡ Ă© possĂvel ver carrinhas da empresa a circular nas estradas Portuguesas, e tambĂ©m jĂ¡ começam a aparecer algumas acções de marketing em alguns centros comerciais. (Onde se pode inscrever para começar jĂ¡ a testar, de forma gratuita, os serviços da empresa!)
DIGI em Portugal!
De forma mais concreta, aos poucos, a gestĂ£o da nova operadora (DIGI), começa a partilhar os seus planos para entrar no mercado PortuguĂªs, isto ao mesmo tempo que menciona alguns dos desafios que jĂ¡ foram ultrapassados, bem como outros que ainda terĂ£o de ser ultrapassados antes do serviço ficar “online” jĂ¡ nas prĂ³ximas semanas.
Assim, o plano da DIGI Ă© lançar uma oferta alargada de produtos e serviços, com preços mais atrativos face ao que se tem feito em Portugal, sem grandes “contras” associados, como Ă© o exemplo da fidelizaĂ§Ă£o de 24 meses. Mas, por enquanto, isto Ă© tudo aquilo que conhecemos acerca dos serviços da DIGI em Portugal. É provĂ¡vel que os pacotes sejam muito similares aos de Espanha, mas ainda nada estĂ¡ confirmado.
Que barreiras existiram e ainda existem?
Caso nĂ£o saiba, a DIGI ainda nĂ£o tem acordos de roaming com as outras operadoras nacionais, o que por sua vez permite aos clientes utilizar as redes de empresas concorrentes. PorquĂª? As 3 grandes estĂ£o a pedir condições completamente distantes da realidade. Ou seja, um acordo demasiado caro.
Claro que, na Europa, nĂ£o Ă© possĂvel para um regulador de mercado impor preços. PorĂ©m, em Portugal parece uma missĂ£o mais complicada, visto que a DIGI tambĂ©m estĂ¡ a entrar na BĂ©lgica, e estes acordos foram alcançados de forma bastante rĂ¡pida e assertiva.
Entretanto, a DIGI parece ter desistido desses acordos, o que atĂ© poderĂ¡ resultar em um desenvolvimento acelerado da sua prĂ³pria rede. (Mais investimento em Portugal!)
Até no Metro existem problemas
É curioso, mas segundo a prĂ³pria DIGI, atĂ© levar a rede mĂ³vel da nova empresa para o metro de Lisboa tem sido um problema. Isto porque, alĂ©m de nĂ£o ser claro de quem sĂ£o os direitos, tambĂ©m jĂ¡ existe uma infraestrutura montada pelas outras trĂªs operadoras, que alĂ©m de necessitar de uma aprovaĂ§Ă£o das trĂªs grandes para utilizaĂ§Ă£o, Ă© tambĂ©m um sistema muito antigo, o que por sua vez implica algumas alterações para mordernizaĂ§Ă£o e melhoria de serviço.
Como nĂ£o vai existir aprovaĂ§Ă£o, atĂ© aqui, a DIGI vai ter de montar o seu prĂ³prio sistema. Um sistema muito mais recente, completamente baseado em fibra. Mas, que precisa da autorizaĂ§Ă£o do Metro de Lisboa. Uma autorizaĂ§Ă£o que tarda em chegar, apesar do facto de as conversações terem começado hĂ¡ vĂ¡rios meses. Esta Ă© uma situaĂ§Ă£o que se vai repetir no Porto, porĂ©m, a prioridade Ă© Lisboa pelo nĂºmero de utilizadores e por ser a capital deste novo mercado.
A TV também é um problema!
AlĂ©m de rede fixa e mĂ³vel, a DIGI tambĂ©m quer oferecer um serviço de TV. PorĂ©m, atĂ© aqui existem desafios.
A empresa Romena jĂ¡ tem acordos de acesso a alguns canais, e ao que tudo indica, atĂ© ao lançamento do serviço, tudo vai estar pronto. Mas, segundo vĂ¡rias fontes familiares com a DIGI e o meio televisivo, as negociações foram Ă¡rduas com os grupos que detĂªm a SIC e a TVI.
Portugal Ă© assim!
Tudo Ă© lento, tudo tem burocracia, e quem lidera os mercados nĂ£o gosta de concorrĂªncia. É o que temos. Agora Ă© esperar para ver como a DIGI se safa, especialmente agora que jĂ¡ estĂ¡ em prĂ©-lançamento, e estĂ¡ a meras semanas de ter um produto concreto no mercado PortuguĂªs.