A Samsung é, discutivelmente, a fabricante mais importante do ecossistema Android a par da Google. É quem mais vende, e normalmente, é também quem mais impressiona. É exatamente por isso que o seu modelo Ultra costuma servir de bandeira ao ecossistema Android da Google, como o aparelho mais bonito, mais poderoso, e mais capaz do mercado. Curiosamente, esta é também a fabricante que mais peso tem no lado dos inovadores aparelhos dobráveis.
Porém, apesar do peso e domínio deste mercado ainda muito pequeno, a realidade é que a Samsung não é, já há algum tempo, a fabricante com melhores smartphones dobráveis do mercado.
Além disso, com a Google a aparecer com smartphones Pixel cada vez mais poderosos, bonitos, e inovadores, fica a ideia de que a gigante da pesquisa já não confia tanto como confiava na Samsung.
O que levanta uma questão… Não é porque não quer, ou porque não consegue?
Samsung está atrás porque quer ou porque não sabe?
Portanto, o facto de a Google estar cada vez mais interessada em lançar smartphones Pixel muito mais próximos daquilo que é um aparelho de gama alta, passa a mensagem de que a gigante da pesquisa já não confia tanto como confiava nas suas parceiras. Qual é a parceira mais importante? É a Samsung, claro!
Será que a Samsung está parada no tempo a nível tecnológico? Será uma consequência de ter adotado uma estratégia muito mais similar à da Apple, ao lançar produtos iterativos em vez de revolucionários, ou pelo menos diferentes daquilo que já existia nas suas gamas mais importantes?
O maior exemplo daquilo que parece uma Samsung estagnada está, de facto, no lado dos dobráveis.
Afinal de contas, apesar do facto de tanto o Galaxy Z Fold 6 como o Z Flip 6, serem aparelhos incríveis, eficientes e poderosos. Fica a ideia de que a Samsung poderia fazer mais. Aliás, basta olhar para aquilo que algumas das suas rivais estão a fazer, para questionar o “modus operandi” da gigante Sul Coreana Samsung.
Ora meta um Galaxy Z Fold 6 ao lado de um Magic V3 da Honor!
O Honor Magic V3 aparece muito mais leve, mais fino, e na verdade, com um design muito mais apelativo para o utilizador. Curiosamente, aparece também com uma bateria fracamente maior, o que por sua vez resulta em uma autonomia de bateria significativamente mais longa.
Pessoalmente, até poderia perdoar a grossura e peso do Galaxy Z Fold 6, caso a Samsung tivesse sido capaz de implementar a famosa S-Pen que antigamente fez as honras nos Galaxy Note, e hoje em dia continua a fazer das suas nos modelos Ultra da gama Galaxy S. Mas não! Além de não ter S-Pen, a Samsung parece estar atrasada face à concorrência em vários campos.
O mais grave, é que nem é apenas a Honor, é também a Vivo, a Oppo, a OnePlus, e ao que tudo indica, até a Google vai lançar um aparelho dobrável visualmente mais apelativo face ao atual Galaxy Z Fold 6. Além disso, não é só no Fold, visto que o Galaxy Z Flip 6 também não é o Flip mais interessante do mercado, ao ser ultrapassado pelo Xiaomi Mix Flip e Motorolza Razr de 2024.
Samsung não quer? Não pode? O que se passa?
Apesar dos muitos relatos a apontar para uma Samsung a “coçar a cabeça” enquanto tenta descobrir como pode reduzir o tamanho dos seus aparelhos, a realidade é que não acredito nesta retórica.
A Samsung não lança aparelhos mais finos e leves, porque não quer. Da mesma exata forma que no passado também não quis lançar aparelhos capazes de se fechar a 100%, apesar do facto de já ter a patente registada há anos.
Mais concretamente, a Samsung quer melhorar as suas margens de lucro, enquanto tenta transformar este mercado de nicho em algo mais a sério. Isso faz-se com marketing, e com uma identidade incomparável. Não necessariamente com hardware inovador.
Porém, tentar lançar aparelhos francamente iguais aos do ano passado, enquanto as rivais lançam algo realmente interessante, isto ao mesmo tempo que aumenta preços… Sente-se como um tiro de caçadeira no pé.
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