Caso não se lembre, o ano de 2018 trouxe-nos a implementação e consequente aumento exponencial na instalação de radares fixos nas estradas portuguesas. Porém, se ficou impressionado com o número de radares nessa altura, poderia muito bem ficar chocado com o número atual de radares instalados em Portugal, nomeadamente nos maiores centros urbanos.
Afinal de contas, a quantidade de radares fixos instalados no ano corrente tem reflexo direto nas carteiras dos automobilistas. (Isto para além de todos os radares móveis escondidos, inclusive em silvas, atrás de contentores do lixo, etc…)
Não obstante o aviso prévio da existência de radar (no caso dos fixos). A verdade é que a colocação obedece a critérios estratégicos!
Este tipo de controlo de velocidade é normalmente colocado junto a sinalização vertical limitadora de velocidade, sobretudo nas autoestradas, vias rápidas, nas localidades (junto à placa de início de localidade).
Assistimos assim, a uma verdadeira “caça à multa”. Aqui é preciso salientar que a grande maioria das multas rodoviárias, sobretudo as baseadas em velocidade instantânea, são automáticas. Ou seja, sem qualquer intervenção humana no seu processamento ou decisão condenatória.
Curioso, porque isto viola de modo gritante toda a legislação do código da estrada! Pois aquela atribui às autoridades diversos deveres, que por sua vez deviam resultar em análises caso a caso.
Os radares não permitem que, haja a análise das forças de segurança, as quais são obrigadas a atender a diversos critérios como estado da via, condições meteorológicas, tráfego, etc…
Ou seja, os radares não atendem a nenhum fator à exceção da velocidade instantânea e isso viola os normativos do código da estrada entre outros. Ao cidadão cumpre confiar no Estado e nas suas práticas, transparência na atuação bem como de colaboração com os particulares.
No entanto o Estado, não se está a comportar enquanto pessoa de bem… Tem preferido perseguir não o cidadão, mas a sua carteira. Os radares são só mais um meio…
Aqui é preciso salientar que todas as multas de trânsito têm a possibilidade de defesa! Por isso, não aceite voluntariamente, sem primeiramente utilizar, legalmente, todos os seus direitos de defesa.
Dito tudo isto, a época balnear representa um dos momentos mais propícios para a caça à multa em Portugal. A romaria de Norte para o Sul de Portugal é icónica, e é também uma excelente oportunidade para apanhar os condutores com pé mais pesado. Mas há outros momentos, como o natal, a passagem de ano, o carnaval e a Páscoa.
Por isso, tenha em consideração as estradas em que vai circular, quanto maior a popularidade desta, maior é a probabilidade de ter um radar escondido. Ainda por cima em pleno Julho/Agosto em que milhares de Portugueses aproveitam o sol para se deslocarem para o Algarve ou praias na costa.
Aos momentos acima acresce o motivo do presente artigo:
- Os radares fixos colocados, a aumentar em número de dia para dia, funcionam 24 horas por dia, 365 dias por ano.
Esteja atento! E aproveite as férias para também conduzir com um pouco mais de calma!
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