Nothing Ear (a) – Análise: Uma nova aposta no preço!

Como temos vindo a dizer ao longo dos últimos anos, a Nothing é uma marca muito interessante dentro do sempre muito complexo (e saturado) mundo mobile, visto que esta tenta oferecer o mesmo exato tipo de produto que todas as outras fabricantes já lançaram no mercado, porém, ao mesmo tempo que tenta uma estratégia um pouco mais focada em ser diferente, irreverente, e claro, bastante mais jovial.

Também existe um foco em oferecer produtos de qualidade a preços significativamente mais competitivos. Isto não acontece em todos os produtos da fabricante, mas nos earbuds, é notório o esforço. O que acaba por nos meter com a curiosidade aguçada com estes novos Ear (a). 

Afinal, depois de a marca começar a fazer das suas com os earbuds Nothing Ear (1) no dia 17 de Agosto de 2021, esta já lançou os Ear (2), bem como os Ear (Stick), sempre com preços muito focados nos 100~150€, de forma a fazer “undercut” a todas as outras fabricantes de referências, isto sempre com uma qualidade muito similar, ou por vezes até acima, quando temos em consideração o preço de aquisição dos seus produtos.

Sendo exatamente por isso muito estranho ver estes Ear (a), que são uma versão um pouco menos poderosa dos novos Ear, com um design um pouco diferente face ao habitual, ao mesmo tempo que trazem um corte no preço de 50€ face aos modelos “normais”.

Em suma, a Nothing está a crescer! Está a ficar mais responsável, mas nem por isso menos igual a si própria. Afinal de contas, como sempre, estes produtos continuam incríveis para o seu público-alvo.

Nothing Ear (a) – Análise: Uma nova aposta focada no preço!

Portanto, os novos Ear (a) já não chegam ao mercado a partilhar a mesma estratégia de design dos já conhecidos e reconhecidos Ear (1) e (2)! Em vez disso, trazem uma caixa mais arredondada, e cores também mais fora do normal.

(Como pode ver na imagem em baixo, com a imagem oficial de lançamento da própria Nothing.)

Porém, apesar de um preço 50€ mais baixo, em termos de capacidades técnicas, estes earbuds não ficam assim tão longe do nível de performance do novo modelo topo de gama. Não são exatamente iguais, mas não fazem assim tantos compromissos quanto isso.

Vamos por partes!

Especificações Técnicas

O novo driver do Ear (a) proporciona 2,5x mais potência na reprodução clara de som, tirando partido do design de câmara dupla que a Nothing tem vindo a trazer para o mercado.

De forma mais concreta, este aumento de potência proporciona um desempenho de graves mais profundo e potente, bem como muito e bom volume, para quem gosta de ouvir música alta sem distorção.

Entretanto, apesar de não ter um suporte tão amplo aos codecs mais recentes e poderosos da indústria como os mais caros Ear, os Ear (a) trazem suporte a áudio de alta definição ao serem capazes de reprodução até 990 kbps a 24 bit/96 kHz, com suporte a LDAC através de Bluetooth.

Como estamos de “Extras”?

Não temos tanta “coisa” como nos Ear topo de gama.

Porém, continuamos a contar com ANC, deteção automática de colocação no ouvido, modo de baixa latência, conectividade multiponto e claro, ANC inteligente com suporte a modo ambiente.

Infelizmente, a maior omissão está no carregamento sem fios, e também na remoção do suporte ao codec LDHC 5.0. Ambas funcionalidades que podemos encontrar nos mais caros Ear.

Temos ChatGPT!

Por falar em “extras”… Guiada pela missão de avançar a transição dos produtos de tecnologia de consumo para a IA, bem como simplificar e melhorar a experiência do utilizador, a Nothing integrou os auriculares Nothing e o Nothing OS com o famoso chatbot ChatGPT para oferecer aos utilizadores acesso instantâneo ao motor IA.

Esta funcionalidade existe tanto nos Ear topo de gama, como também nos Ear (a).

Performance, Chamadas e Bateria

Os Nothing Ear (a) não são tão bons, ou melhor, não têm tanta potência ou claridade de som comparativamente aos ligeiramente mais caros Nothing Ear.

Ainda assim, continuamos com uma clareza de áudio muito acima da média, algum bass à mistura, muito volume, e talvez mais importante que tudo isto, boa qualidade em chamadas ou reuniões. Uma especificidades que alguns utilizadores dão pouco valor, mas que é inegavelmente cada vez mais importante no mercado atual.

Quanto à bateria, os Ear (a) chegam ao mercado com 500mAh na caixa de transporte, e 46 mAh em cada “bud”. Isto significa um máximo de 42.5 horas de autonomia combinada, e cerca de 8~9 horas de utilização continua, dependendo do volume, utilização do ANC e modo de baixa latência. (5~6 horas é uma métrica mais real, visto que o ANC vai estar quase sempre ativo!)

À semelhança dos Ear, os Ear (a) também contam com carregamente rápido, sendo possível alcançar 10 horas de autonomia em apenas 10 minutos de carregamento.

Em suma, ficaria impressionado com a performance-preço do produto. Aliás, por 99€, é muito provável que não existam earbuds tão bons na qualidade sonora, e suporte a funcionalidades Premium.

Conclusão

Os Nothing Ear (a), tal e qual como os mais caros Ear, não são os melhores earbuds do mercado. Mas… Não têm obrigação de o ser.

A Bose, Sony, Apple, Samsung, etc… Continuam superiores nas suas gamas mais altas, especialmente no lado dos produtos mais caros e apetecíveis para os entusiastas. Porém, por 99€… Não existe um modelo FE, SE, ou lá o que as fabricantes de referência quiserem chamar, com tanta qualidade, e funcionalidades como estes buds.

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Nuno Miguel Oliveira
Nuno Miguel Oliveirahttps://www.facebook.com/theGeekDomz/
Desde muito novo que me interessei por computadores e tecnologia no geral, fui sempre aquele membro da família que servia como técnico ou reparador de tudo e alguma coisa (de borla). Agora tenho acesso a tudo o que é novo e incrível neste mundo 'tech'. Valeu a pena!

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Mesma pontuação dos Ear, porque conseguem trazer imensa qualidade para uma gama de preços que está bem populada, mas pura e simplesmente não tem acesso a tanta tecnologia como aqui. Um produto muito interessante para quem quer muito, mas não quer gastar os valores próprios das gamas mais altas deste mundo do áudio sem fios.Nothing Ear (a) - Análise: Uma nova aposta no preço!