Nothing Ear – Análise: Estratégia mudou um bocadinho!

A Nothing é uma das marcas mais interessante do mundo mobile, ao tentar oferecer o mesmo exato tipo de produto que todas as outras fabricantes já lançaram e continuam a lançar no mercado tradicional de consumo de “tech”. Porém, tenta sempre fazer as suas coisinhas com uma estratégia um pouco mais focada em ser diferente, irreverente, e claro, bastante mais jovial.

Foi por isso que a marca começou pelos earbuds Nothing Ear (1) no dia 17 de Agosto de 2021, e agora, depois de já ter lançado vários tipos de produtos, incluindo smartphones de gama alta e gama média, volta a apostar em novos Ear, naquilo que se sente como uma nova etapa para a empresa.

Afinal, agora temos produtos sem menção à sua versão, bem como numa versão mais focada na qualidade-preço na forma dos Ear (a).

A Nothing está a crescer! Está a ficar mais responsável, mas nem por isso menos igual a si própria. Afinal de contas, como sempre, estes produtos continuam incríveis para o seu público-alvo, leia-se… Para o preço que custam.

Nothing Ear – Análise: Estratégia mudou um bocadinho!

Portanto, de forma muito resumida, os novos Ear (2) da Nothing não são assim tão diferentes dos “velhos” Ear (1) ou Ear (2). Afinal, como pode ver na imagem em cima, são um “simples” refinamento relativamente às versões anteriores.

A marca sente que este design transparente resulta, e como tal, focou-se apenas e só no hardware que dá vida ao produto, e claro, na experiência de software que continua a ser capaz de separar a Nothing das suas rivais mais diretas.

Especificações Técnicas

Mais concretamente, os Nothing Ear contam com uma driver dinâmica de 11nm completamente nova, feita a partir dos melhores materiais que a indústria tem para oferecer, onde temos de salientar o diafragma de cerâmica. Isto sem nunca esquecer toda qualidade de construção do produto em causa.

Afinal, apesar da utilização do mesmo design base, a Nothing melhorou a parte da câmara dupla (“Dual Chamber”), o que resulta em uma melhor circulação de ar, e por isso mesmo, uma qualidade de som um pouco superior.

O resultado é simples! Muito e bom volume, muita clareza de som, bem como a possbilidade de personalizar e muito o seu próprio perfil dentro da app.

Em termos de software fora da app, os Nothing Ear trazem suporte aos codecs LHDC 5.0 e LDAC, o que por sua vez significa que é possível fazer streaming de conteúdo de alta resolução através de bluetooth. Mais concretamente, é possível chegar a 1 Mbps 24 bit/192 kHz com LHDC 5.0 e 990 kbps/96 KhZ através de LDAC.

Se quiser personalização a sério, como dissemos em cima, tem a Nothing X App, que tem melhorado a olhos vistos desde o primeiro lançamento no agora distante ano de 2021. Nesta app é possível controlar tudo aquilo que sai de cada earbud através de um equalizador, e se quiser, fazer um perfil de som realmente seu, para tirar o melhor partido dos seus ouvidos (sejam estes bons ou maus) a partir de um teste auditivo.

A app está muito bem conseguida! Continuo muito fã da experiência de software da Nothing.

Como estamos de “Extras”?

Uma coisa que a Nothing faz muito bem nesta gama de preços, é oferecer tudo aquilo que é considerado “especial” no mundo dos earbuds.

Ou seja, enquanto a Bose teima em não oferecer funcionalidades como conectividade multiponto e carregamento sem fios em produtos de 300€ ou 400€, a Nothing aparece com carregamento sem fios, multi-point, ANC personalizável, áudio de baixa latência, etc…

Aliás, no lado do ANC, a Nothing afirma ser capaz de duplicar a capacidade de cancelamento de ruídos dos “velhos” Ear (2).

De forma mais concreta, é um sistema que continua a ser dinâmico e inteligente. O que é impressionante. Dito isto, de forma mais técnica, os Ear são capazes de detetar mais frequências, e de por isso anular ruídos mais estranhos e irritantes.

Porém, o modo de transparência, que muito honestamente pouco ou nada uso no mundo dos earbuds, por quase nunca gostar da forma como é feito, também podia ser um pouquinho melhor neste produto. Existe espaço para melhorar com atualizações.

Temos ChatGPT!

Por falar em “extras”… Guiada pela missão de avançar a transição dos produtos de tecnologia de consumo para a IA, bem como simplificar e melhorar a experiência do utilizador, a Nothing integrou os auriculares Nothing e o Nothing OS com o famoso chatbot ChatGPT para oferecer aos utilizadores acesso instantâneo ao motor IA.

Esta funcionalidade existe tanto nos Ear topo de gama, como também nos Ear (a).

Performance, Chamadas e Bateria

A Nothing promete 40.5 horas de autonomia com a caixa de carregamento e 8.5 horas nos buds propriamente ditos. Claro que isto vai depender sempre das tecnologias que usa, como é o caso do ANC, latência reduzida, e até do volume que usa. Mas no geral, a promessa parece ter sido cumprida.

Vale a pena ainda dizer que a caixa suporta carregamento sem fios de 2.5W, e 10 minutos de carregamento significa 10 horas de autonomia.

Entretanto, como deve imaginar, em 2024 não interessa apenas ter bom som nos nossos ouvidos. Também é importante que, em chamada, as outras pessoas também seja capaz de nos ouvir de forma quase perfeita. Afinal de contas, o trabalho remoto é ainda uma “cena” popular, e como tal, os earbuds têm de ser capazes de se adaptar a vários tipos de utilização.

Neste campo, os Ear trazem algumas melhorias muito interessantes, como é a localização dos microfones, e também algumas outras mudanças no design, que tudo junto, significa uma redução de ruídos parasitas em mais de 60%.

Conclusão

Os Nothing Ear não são os melhores earbuds do mercado, nem têm obrigação de o ser. Ou seja, como é óbvio, a Bose, Sony, Apple, Samsung, etc… Continuam superiores nas suas gamas mais altas.

Porém, por 149€… Diga-me um modelo melhor ou com mais funcionalidades! É simples… Esse modelo não existe!

A Nothing domina neste mercado de Qualidade-Preço, isto com a grande vantagem de contar com um design irreverente e que dá sempre muito que falar.

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Nuno Miguel Oliveira
Nuno Miguel Oliveirahttps://www.facebook.com/theGeekDomz/
Desde muito novo que me interessei por computadores e tecnologia no geral, fui sempre aquele membro da família que servia como técnico ou reparador de tudo e alguma coisa (de borla). Agora tenho acesso a tudo o que é novo e incrível neste mundo 'tech'. Valeu a pena!

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