Quando pensa num Smart, o que lhe vem à cabeça? Muito provavelmente, pensa naqueles carros irritantemente pequenos, que encontra sempre nos parques de estacionamento mais lotados à face da terra, capazes de lhe passar a ideia de que existe um lugar vago para o seu automóvel, quando na realidade… Este não existe!
Pois bem, a estratégia da Smart mudou, curiosamente para um completo oposto. A fabricante apostou nos SUVs de grandes dimensões, com o nome “Smart” a fazer mais sentido no aspeto tecnológico, e utilização diária, em vez estar apenas e só focado no tamanho propriamente dito.
É inegável que o Smart vai ser sempre associado aquele carro icónico que cabia em qualquer buraco. Mas os tempos estão mesmo a mudar!
(Ensaio) Smart #1: Um carro muito diferente para uma nova era!
Portanto, até há bastante pouco tempo, se porventura quisesse um SUV elétrico espaçoso e com “pose”, nunca iria olhar para a gama da Smart. Porém, a partir de agora, pode e deve fazê-lo.
A Smart mudou de estratégia, e tem agora dois automóveis de grandes dimensões! O #1 e o #3. Fomos ao evento de apresentação de ambos, mas também já conduzimos o primeiro. Vamos tentar perceber o que vale?
Design
Antes de mais nada, é preciso dizer que a Smart não chegou ao mercado com um SUV genérico, igual a tantos outros, algo que muito honestamente me irrita até à sétima casa. Os #1 e #3 têm carácter, ao serem muito irreverentes, e joviais. Na minha opinião, um pouco na linha do EX30 da Volvo. São diferentes!
O Smart #1 parece um carro conceito, que saltou diretamente do bloco de notas para as estradas, e isso é giro, e vai certamente chamar a atenção dos condutores quando estes automóveis começarem a invadir as estradas Portuguesas.
Especialmente porque o design irreverente de fora, também dá um ar de sua graça no interior do automóvel. Logo a começar pelo sistema de entretenimento, que tem uma forma de ser muito próxima daquilo que poderia ser um jogo, ou de um ambiente de trabalho próprio de um entusiasta do mundo dos computadores. Até tem uma espécie de assistente virtual na forma de uma raposa, que tanto está a rir consigo, como está a dar toques numa bola.
Um design que continua pela consola, e acabamentos de todo o habitáculo. Novamente… É um carro que quer ser diferente, e que se esforça para se sentir como tal.
Espaço!
Isto é coisa que não falta no Smart, especialmente se estiver cansado ou quiser ver uma série enquanto o carro carrega num qualquer posto por esse Portugal fora. Meta o banco para trás, quase como uma cama, e aproveite o ecrã de grandes dimensões do automóvel elétrico.
Uma história que se repete na parte de trás do automóvel, com muito espaço para a cabeça e para as pernas. Pode parecer estranho dizer que um Smart é espaçoso… Mas é a nova realidade! É um novo normal.
Performance
Existem várias versões do Smart #1, umas com mais bateria que outras (47kW e 62kW), ou com mais cavalagem que outras (272cv a 428cv). Mas uma coisa é certa, performance e dinâmica não faltam.
O Smart #1 podia ser mais “agarradinho” nas curvas. Ainda assim, é um carro muito ágil, com potência para lhe oferecer em todos os momentos, o que claro está, se deve muito ao facto de ser um full elétrico cheio de binário.
Nas versões menos apetrechadas, temos aceleração até aos 100 quilómetros hora em qualquer coisa com 6.5s, sendo possÃvel fazer isto em 3.5s se porventura quiser a versão Brabus.
Conforto
É aqui que está o grande ponto forte do Smart #1. A não ser que queira a versão Brabus, este é um carro mais pensado para o levar do ponto A ao ponto B, da forma mais confortável possÃvel. Parece uma nuvem em cima de 4 rodas.
Este é um dos SUV mais confortáveis que tive o prazer de conduzir nos últimos anos, o que é dizer muito, porque já conduzi mesmo muitos carros para a Leak.pt. É ainda mais incrÃvel, porque conduzi a versão com a bateria maior, o que claro está, também significa peso extra para ser controlado pela suspensão.
Quanto à visibilidade, é incrÃvel. Estamos numa posição muito alta, e graças ao design “arredondado” da frente do carro, conseguimos ver tudo e mais um par de boas.
Praticabilidade
Um Smart sempre foi prático, mas porque era possÃvel enfiá-lo em qualquer “Buraco”. A história muda um pouco, porque continua a ser um carro muito prático, porém agora noutras vertentes.
Temos espaço para muita e boa arrumação, com bancos (com ISOFIX) rebatÃveis (986L), espaço para garrafas ou copos, comida, etc… Porém, a bagageira, sem rebater os bancos, poderia ser um pouco maior (273L). Para compensar, temos uma outra bagageira à frente com 15L adicionais, mas sabe a pouco.
Autonomia
Com a bateria de 62kW, temos aqui um full elétrico para fazer 400 quilómetros em percursos mistos, ou acima de 500 quilómetros em cidade. O carregamento vai até aos 150kW, o que é mais do que o suficiente para os tempos que se vivem no panorama elétrico atual.
Conclusão
É uma aposta diferente, naquilo que é uma marca a tentar mudar a sua própria base, ou melhor… A sua própria alma. Eu gosto do #1, e acho que vou gostar ainda mais do #3, por parece um carro mais desportivo, com linhas mais “chateadas”.
A Smart está a fazer uma boa aposta no mercado automóvel. Especialmente porque é um automóvel que começa à volta dos 36 mil euros já com IVA incluido.
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