Esta é uma questão interessante, mas também um pouco problemática. É também uma coisa interessante para mim, visto que me mudei de malas e bagagens para um iPhone 15 Pro Max há cerca de 6 meses atrás, depois de muitos e bons anos no lado Android da coisa.
Interessante porquê? Bem, para ser mesmo muito honesto, o iPhone é um smartphone aborrecido, que pouco ou nada fazer para trazer algo de excitante para o nosso dia-a-dia.
Ainda assim, é um aparelho que resulta muito bem, sendo hoje em dia o “padrão” do mercado mobile. A grande maioria dos consumidores quer um iPhone, qualquer iPhone, porque é um iPhone. Uma retórica irritante, mas que na mais pura realidade, não é de todo uma má ideia.
O iPhone é um bom smartphone, ao conseguir ser extremamente intuitivo, que apesar de caro, lhe vai durar muitos e bons anos com elevados níveis de performance.
Mas vamos por partes.
Comprar um iPhone em 2024 é um roubo!?
Portanto, ao contrário dos muitos smartphones Android que me chegam às mãos ao longo do ano, o meu iPhone 15 Pro Max foi comprado com o meu precioso dinheirinho. Isto porque meti na cabeça que tinha de ter uma visão mais ampla do mercado mobile, para claro, também ser capaz de comparar tudo aquilo que chega à Leak para análise com mais armas do meu lado.
Se me arrependo?
Não.
Apesar de 1499€ por um smartphone ser… Bem… Muito. A realidade é que dou agora por mim com dificuldade a lidar com alguns dos problemas habituais no mundo Android, que pura e simplesmente não existem no lado dos smartphones Apple.
São coisinhas mínimas, mas que já não deveriam acontecer, especialmente em apps extremamente populares que todos nós usamos no dia-a-dia.
Mas também sim.
O iPhone 15 Pro Max é um exemplo perfeito de um smartphone topo de gama. Temos margens ínfimas, uma construção em titânio e vidro, níveis de performance incríveis, bem como um módulo de câmaras poderoso e capaz de se adaptar a qualquer situação.
O problema é que podemos encontrar isto nas gamas de qualquer fabricante Android de referência. No fundo, não tem nada de especial!
Então, qual é a diferença?
Já tive o Galaxy S24 Ultra, já tive o Xiaomi 14 Ultra, e estou agora a testar o novo Honor Magic6 Pro. Três daqueles que são muito provavelmente os aparelhos topo de gama de referência do mundo Android para 2024, pelo menos até ao lançamento dos dobráveis Samsung daqui a 2 ou 3 meses.
Pois bem, como disse em cima, no fundo, vai dar tudo ao mesmo.
Ou seja, se tiver um smartphone topo de gama na mão, seja um iPhone ou não, vai estar extremamente bem servido para os próximos anos.
Porém, e isto é um grande “mas”, a realidade é que o iPhone acaba por ser superior em várias tarefas mundanas, especialmente no uso de apps tão casuais como é o caso do TikTok ou do Instagram.
As coisas funcionam melhor, porque apesar das muitas melhorias que temos visto no lado Android da coisa, as equipas de desenvolvimento continuam a desenvolver primeiro para o iPhone, e depois para tudo o resto. Primeiro porque é mais fácil, segundo porque existem mais iPhones que outro qualquer smartphone.
Até consigo dar um exemplo!
No Magic6 Pro, o mais recente topo de gama da Honor, que na realidade até tem ganho prémios em tudo o que é sítio, anda a fechar algumas aplicações só porque sim, ao mesmo tempo que também apresenta alguns bugs ligeiros, mas irritantes, em apps consideradas essenciais.
Na realidade, a culpa não é da Honor, mas sim de quem desenvolver as apps. Mas a questão não é essa… A questão é que isto não acontece no lado iOS. Por isso, o utilizador pode e deve optar pelo lado mais confortável, qualquer que seja o preço.
O software e suporte é superior no lado da Apple!
Além de apps mais bem desenvolvidas no lado do iOS, a realidade é que também temos de apontar para o incrível suporte que a Apple traz para cima da mesa.
Afinal, além de oferecer 5 ou 6 anos de atualizações, é quase inacreditável a quantidade de atualizações que um utilizador de um iPhone recebe por mês. Acho que desde que me mudei para o iPhone em Outubro de 2023, já recebi mais atualizações de software do que em anos de Android no bolso.
Como é que pode ser um roubo, se o preço é agora o mesmo!?
Esta é inegavelmente a questão mais interessante no meio disto tudo!
Sem promoções à mistura, um iPhone 15 Pro Max custa 1499€, isto enquanto um iPhone 15 Pro custa 1249€.
Ok, tudo bem, são preços altos… Mas… Quanto custa um Galaxy S24 Ultra ou um Xiaomi 14 Ultra? Os mesmos exatos 1499€ do iPhone 15 Pro Max. Quanto custa um S24+? Os mesmos 1249€ do iPhone 15 Pro.
Sim, temos outras alternativas, como é o caso do Magic6 Pro da Honor, que chega ao mercado a 1299€, sendo rival aos Ultra já mencionados, e também ao Pro Max da Apple. Ao mesmo tempo, temos também o Xiaomi 14 a 1099€, com um tamanho e nível de performance muito similar ao iPhone 15 Pro.
Mas, ainda assim, a diferença de preço que já existiu no passado, pura e simplesmente já não existe. Se o iPhone é um roubo, todo e qualquer smartphone é um roubo.
Os preços altos são culpa nossa!
Ainda se lembra da altura em que um topo de gama custava 600€ e os consumidores até tremiam de tão caro que era? Ou quando o iPhone X ultrapassou a marca dos 1000€ no agora distante ano de 2017, e todas as fabricantes Android utilizaram esse encarecimento como arma de arremesso no material de marketing?
Bem, a realidade é que apesar do encarecimento, toda a gente quer um aparelho topo de gama. Aliás, se for olhar para o top 10 de smartphones mais vendidos, vai encontrar 5 ou 6 smartphones Apple, todos eles recentes e de topo, enquanto o primeiro topo de gama Android aparece lá para a oitava ou nona posição da tabela.
Se a coisa vende… Porquê baixar preços?
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