Netflix, Disney+, etc… Os preços vão parar de aumentar?

Apesar do facto de ainda se consumir muita Televisão tradicional em Portugal e noutros países da Europa, a realidade é que o streaming domina o mercado, e vai continuar a dominá-lo durante muitos e longos anos. Especialmente se as plataformas que dominam o mercado avançarem para a aquisição de conteúdo ao vivo, como é o caso daquilo que a Netflix anda a tentar fazer além fronteiras.

Mas, tudo isto acaba por significar aumentos de preço. O que levanta uma questão… Quando é que os preços vão estabilizar? Quando é que vamos deixar de ver aumentos de preço todos os anos, ou 2x por ano?

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Portanto, como deve saber, a Netflix, Amazon Prime, Disney+, HBO Max, etc… São tudo plataformas que já existem há vários anos, e que foram capazes de explodir durante os tempos de pandemia.

No entanto, é inegável que não há espaço para tanto serviço de streaming, especialmente quando os preços continuam a aumentar todos os anos, por vezes com menos regalias envolvidas (ex: Prime com anúncios!).

Será que as plataformas estão mais gananciosas?

É preciso perceber o que está a acontecer para os preços aumentarem quase todos os anos, em todas, ou em quase todas as plataformas de streaming.

A produção de conteúdo ficou mais cara? É um problema de infraestrutura? Ou estamos a pagar para as futuras apostas destas mesmas plataformas? É só ganância?

Talvez seja ganância, ou talvez seja um problema geral de aumento de preços, mas, também é cada vez mais aparente que os consumidores estão cada vez mais fartos de pagar mais.

Basta olhar para o que aconteceu com a Amazon Prime em 2024. Que agora não só incluí anúncios, como a qualidade da transmissão também parece ter levado um “corte”. Uma mudança que foi alvo de imensas críticas, e claro, inúmeros cancelamentos.

Sim, produzir conteúdo está cada vez mais caro. Afinal, a série Dark de 2017 custou 17 milhões no total, e isto nem é um custo de produção alto! Visto que cada episódio de Loki custou cerca de 25 milhões de dólares. Acha 25 milhões muito? Nem é! Um episódio da série The Rings of Power custou quase 60 milhões.

Faz sentido sermos nós a pagar pela falta de controlo das equipas de produção?

Sim e não.

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A verdade é que o mundo do streaming ainda é muito jovem, e ninguém sabe muito bem até onde vai conseguir ir. Os estúdios e plataformas estão a tentar ir ao limite, para perceber que tipo de conteúdo pode ou não ter sucesso, e quanto dinheiro pode dar.

Você não tem de pagar pelos erros destas equipas, basta cancelar a sua subscrição. Sendo exatamente por isso que o espaço no mercado para este tipo de plataformas começa a ser reduzido.

Acredito que dentro de muito pouco tempos vamos ver a Netflix ainda mais isolada das ademais rivais, com as plataformas mais pequenas a fecharem portas, ou a juntarem-se a outras.

Peço desculpa, mas aos preços atuais, não há como pagar Netflix, HBO, Disney+, Prime, SkyShowTime, Spotify, etc… Vão ter de existir escolhas.

É por isso que as gigantes do streaming estão a olhar para outros mercados!

Já reparou no investimento que a Netflix fez na TKO, que é a empresa detentorada UFC e WWE? Consegue imaginar ver uma Netflix a apresentar conteúdo ao vivo, como combates de UFC, eventos gigantes como a Wrestlemania? Ou quem sabe, num futuro próximo… Jogos de futebol?

Esse é o caminho! Especiamente se for uma alternativa mais flexível, que não obrigue os consumidores a pagar uma taxa mensal fixa para ter acesso a todo o conteúdo, como acontece hoje em dia com a SportTV.

Consegue imaginar querer ver um jogo da Liga dos Campeões, e pagar apenas e só esse jogo? A Netflix pode e deve fazer isso na Europa.

Conclusão

As plataformas de Streaming estão a levar cada vez mais clientes a optar por modelos de assinatura mais caros, ou então, a cancelamentos. Como resultado, cada vez mais pessoas estão a decidir voltar a ver televisão através da sua box.

Mas isto é temporário. Não há como fugir ao Streaming.

Afinal, estudos recentes mostram que os clientes na Alemanha (ou, de um modo geral, na Europa) estão simplesmente a aceitar o aumento de preços sem se queixarem demasiado.

Assim, numa altura em que a Netflix acaba de anunciar que vai voltar a aumentar os seus preços nos Estados Unidos, o que vai também eventualmente acontecer por cá. A realidade é que vamos continuar a pagar, porque o ser humano é um animal preguiçoso, que quer continuar a ter acesso ao seu conteúdo audiovisual.

Porém, a corda só estica até um certo ponto. É bom que as plataformas comecem a apostar cada vez mais no conteúdo ao vivo, de forma a ir contra ao monopólio que hoje em dia existe na Europa nos desportos ao vivo, nomeadamente no lado do futebol. Se isso acontecer, o Streaming vai ganhar uma força como nunca antes se viu. Além disso, vai ter potencial para voltar a aumentar preços, para quem quiser pagar.

 

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Nuno Miguel Oliveira
Nuno Miguel Oliveirahttps://www.facebook.com/theGeekDomz/
Desde muito novo que me interessei por computadores e tecnologia no geral, fui sempre aquele membro da família que servia como técnico ou reparador de tudo e alguma coisa (de borla). Agora tenho acesso a tudo o que é novo e incrível neste mundo 'tech'. Valeu a pena!

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