Há uma bactéria nas águas dos concelhos de Oeiras e Cascais?

As redes sociais têm estado em alvoroço com a informação que anda a circular e que refere que há uma bactéria nas águas dos concelhos de Oeiras e Cascais. Isto inclusivamente já levou algumas pessoas a deixarem de consumir água canalizada, uma vez que a informação refere que a água causa graves gastroenterites. Mas será isto mesmo verdade?

Há uma bactéria nas águas dos concelhos de Oeiras e Cascais?

É preciso muito cuidado com as informações na Internet. Sobretudo porque algumas delas são simplesmente falsas. É exatamente o que se passa com esta informação que anda a circular. Isto até já levou o SIMAS, a organização que gere a água nestes conselhos a fazer um comunicado que reproduzimos abaixo.

“Os Serviços Intermunicipalizados de Água e Saneamento de Oeiras e Amadora (SIMAS) esclarecem que a informação difundida nas redes sociais relativa a uma suposta deteção de uma bactéria nas águas dos concelhos de Oeiras e Cascais, alegadamente responsável por casos de gastroenterite, é falsa.
Não se detetou qualquer contaminação na água fornecida aos nossos munícipes e não existe qualquer recomendação para evitar o consumo de água da torneira.
A qualidade da água fornecida pelo SIMAS é rigorosamente monitorizada, de acordo com os padrões de segurança e qualidade estabelecidos pelo Plano de Segurança da Água dos SIMAS Oeiras e Amadora e pelas diretrizes internacionais. Asseguramos aos nossos munícipes que a água da torneira é segura para consumo.
Entendemos a preocupação que tais fake news podem gerar e reforçamos o nosso compromisso em fornecer informações claras e transparentes. Incentivamos os munícipes a recorrerem a fontes oficiais de informação e a contactarem-nos diretamente em caso de dúvidas”.
Ou seja, a água que sai da torneira nestes conselhos é totalmente segura e pode ser bebida sem quaisquer preocupações.

Mas há outra coisa com que tem de ter cuidado!

Tudo começa com uma verificação do contador de água mas rapidamente se transforma em algo bem diferente. A identificação do funcionário pode ser do SIMAS ou da EPAL, mas tem mesmo de ter muito cuidado. Assim e se não quer entrar em grandes despesas tenha muito cuidado quando lhe baterem à porta para contar a água. Sobretudo quando falarem em analisar.

Perigo! Cuidado se lhe pedirem a verificação do contador da água!

O método é simples. Primeiro os utilizadores recebem um contacto por parte de uma organização oficial ligada à distribuição de água. Depois indicam que por questões de saúde a água terá de ser analisada. Em alguns casos é marcada a visita e noutros aparecem à porta sem avisar. Seja como for a verdade é que o princípio é o mesmo. Entrarem nas residências sob o pretexto de efetuarem colheitas de água para análise. Tudo isto é apenas com o propósito de venda de filtros de valores bastante elevados, conforme revela o SIMAS.

verificação do contador da água

Assim ignore de imediato este tipo de abordagem, mesmo que indique que se trata de uma organização oficial ao serviço de outra qualquer.

Este tipo de esquema é bastante comum e abrange diversas áreas diferentes. Em muitos casos utilizam outros pretextos como verificação da conta de luz e outros esquemas.

A propósito da situação relacionada com água o SIMAS referiu que todas as colheitas e análises de água são feitas exclusivamente pela Divisão de Controlo da Qualidade da Água, não concedendo a nenhuma e qualquer empresa o direito de representar para esse efeito. De destacar ainda, que os serviços não entram em contacto com os clientes a não ser que os próprios solicitem algum tipo de esclarecimento ou serviço.

No caso da EPAL, talvez por os casos serem recentes, ainda não existe qualquer informação por parte da empresa.

Para qualquer dúvida ou informação queira contactar a Linha de Apoio ao Cliente dos SIMAS através do telefone: 211 146 011 (dias úteis entre as 8h30 e as 20h30) ou a Divisão de Controlo da Qualidade da Água através do telefone 214 460 230 (dias úteis entre as 8:30h e as 16:30h).
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Bruno Fonseca
Bruno Fonseca
Fundador da Leak, estreou-se no online em 1999 quando criou a CDRW.co.pt. Deu os primeiros passos no mundo da tecnologia com o Spectrum 48K e nunca mais largou os computadores. É viciado em telemóveis, tablets e gadgets.

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