(Análise) – Final Fantasy VII é um dos projetos mais famosos e queridos de sempre do mundo dos videojogos! Como deve imaginar, existem razões muito fortes para isso, sendo exatamente por isso que a Square Enix não quis fazer um remaster ou um remake do projeto original durante muitos e longos anos, apesar de sempre ter feito algumas piscadelas de olhos à ideia. (Como é o exemplo do trailer lançado na altura da PlayStation 3!)
Porém, lá por ter tido alguma resistência ao remake, isto não significa que o estúdio não soubesse que este projeto seria uma autêntica mina de ouro com alguns diamantes à mistura, assim que chegasse ao mercado. Sendo exatamente por isso que o projeto foi dividido em 3 partes. Porém, ao contrário daquilo que seria de esperar, este remake não é uma cópia 1:1 em HD do jogo originalmente lançado para a PlayStation 1 em 1997.
Assim, foi em 2020 que tivemos a oportunidade de assistir ao lançamento da primeira parte do Remake, e é agora em 2024 que temos a oportunidade de assistir ao lançamento da segunda parte. Quando é que chega a terceira e última… Bem… Provavelmente daqui a 4 anos!
Se vale a pena esperar? Bem, depois de jogar Rebirth… Sem dúvida! É um jogo com alguns problemas, mas que foi novamente capaz de me transportar à minha infância.
(Análise) Final Fantasy VII Rebirth: Regresso (tripartido) de luxo!
Portanto, Final Fantasy VII Rebirth, já disponível para a PlayStation 5 (com um período de exclusividade que deve ultrapassar 1 ano, antes de chegar ao PC), é o segundo capítulo de uma história que não é exatamente igual à original de 1997, mas que ainda assim, acaba por ser igualmente cativante. É também um segundo capítulo que tem a grande missão de prolongar o sucesso do primeiro de 2020, que caso não saiba, foi extremamente bem recebido pelo público.
É exatamente por isso que Rebirth continua no mesmo exato caminho que o Remake bravou há 4 anos atrás, ao contar uma história parecida, mas ao mesmo tempo diferente, que parece acontecer num Universo paralelo cheio de hipóteses e novas histórias para contar.
Curiosamente, ao ser o jogo “do meio”, é também o mais importante!
Porque temos muita coisa para fazer, descobrir e resolver, num título que deixou de ser tão linear, para dar mais alguma liberdade ao jogador.
Dito tudo isto, enquanto a “reinvenção” da história vai ser obviamente discutida para todo o sempre, a verdade é que o jogo em si é simplesmente incrível como RPG que é. Temos aqui muitas e longas horas de divertimento, de descoberta, e também de uns quantos minutos a olhar para a parede a pensar “o que é que estou a fazer nesta gruta, e como é que vou sair!?”.
Rebirth traz para cima da mesa o velho, super interessante, e grandioso mundo de Final Fantasy VII! Porém, o que é demais também enjoa!
Temos paisagens, temos monstros e baús escondidos, e claro, Chadley, o nosso assistente IA sempre a chatear para visitar-mos todos os cantos do mundo e mais alguns. Queriam uma experiência menos linear? Então, agora não se podem queixar!
Afinal, temos várias sub-missões como subir torres, fazer scan a cristais raros, mini-jogos por tudo o que é sítio, entre muitas outras coisas, tudo para explorar este “novo” mundo em 4K. Porém, tenho a dizer que esta componente sente-se (por vezes) demasiado igual. Quase como se fosse uma repetição da mesma exata coisa, em sítios ligeiramente diferentes, com monstros também eles um pouco diferentes, e claro, prémios um bocadinho melhores ao longo que vai avançado na história.
A coisa acaba por fazer sentido graças a algumas mudanças nos desafios que aparecem no ecrã, e claro, o facto de não ser possível derrotar todos os monstros que nos aparecem à frente só por carregar nos botões do comando à toa.
Ainda assim, fica sempre aquela ideia da nossa cabeça de… “Não quero saber disto para nada, vou avançar com a história principal!”
História
O que realmente interessa é a história do jogo, especialmente porque apesar do facto de tudo isto ser um remake, a “coisa” não é exatamente igual ao que aconteceu há mais de 2 décadas atrás. Além disso, temos ainda de contar com o facto de ser agora possível revisitar Final Fantasy VII com gráficos incríveis, e por isso, com ambientes avassaladores cheios de detalhes.
Nota: Assim, temos sempre um sentimento de descoberta e curiosidade, o que é incrível, e faz o Nuno de 1997 soltar uns leves e estranhos risinhos.
Dito tudo isto, vale a pena salientar que Rebirth é uma experiência narrativa pesada, que necessita de 100% da sua atenção em quase todos os momentos. Caso contrário, vai começar a perder detalhes, e isso devia ser ilegal num jogo FF.
Gráficos e Combate
Sendo um jogo criado de raiz para a PlayStation 5, temos várias melhorias gráficas face ao remake de 2020. Ainda assim, é inegável que existem algumas dificuldades técnicas que têm de ser resolvidos (e estão a ser resolvidas através de atualizações).
O modo focado na performance faz demasiados compromissos na qualidade visual, com personagens e ambientes um pouco pixelizados. Por sua vez, o modo de fidelidade de imagem não me convence com os seus 30 FPS. Afinal, tenho uma PS5 para jogar de forma fluída, e não para jogar powerpoint.
As coisas têm vindo a melhorar, mas fica a ideia de que a componente gráfica sofreu demasiado com a expansão do mapa e consequente exploração. Algo que também já se notava na versão PS4 do Remake de 2020, e que por isso mesmo passa a ideia de falta de otimização por parte do estúdio.
Além de tudo isto, tenho ainda de referir a música ambiente demasiado alta em alguns diálogos. Ou pior que isso, os sons e conversas que são enviadas para o jogador a partir do comando DualSense, quase sempre com um volume também ele demasiado alto, por vezes ao mesmo tempo que algo de importante está a acontecer no ecrã. É irritante!
Ainda assim, nada disto teve impacto na imersão, especialmente quando chega a altura do combate! Ou melhor, o jogo é demasiado bom para ficarmos realmente irritados com estas pequenas falhas.
Um sistema muito parecido ao do remake, agora um pouco mais refinado e otimizado para a nova geração de consolas Sony. Não há muito a dizer! Em equipa que ganha, não se mexe.
Conclusão
Final Fantasy VII é um dos meus jogos favoritos, e que na verdade mais me marcou. Remake cumpriu as expetativas em 2020, e Rebirth continua o seu caminho em 2024.
O único ponto negativo a assinalar está mesmo no facto de agora termos de esperar uma eternidade para o último capítulo. Recomendado!
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