A medicina evoluiu a um ritmo pura e simplesmente incrível, mas… Ainda não é possível criar tecido orgánico do nada.
Assim, se porventura precisar de um transplante, vai ter sempre de ir para uma lista de espera, e ter muita fé de que alguém vai ter um grande azar na vida, mas que não seja um azar suficientemente mau para impossibilitar uma transplantação de órgãos. Além de tudo isto, estes mesmos órgãos têm de ser compatíveis com o seu corpo.
É um sistema com muitos “ses”. Sendo exatamente por isso que tem sido feito um investimento incrível em tecnologias capazes de criar órgãos sintéticos.
É verdade! Caso não saiba, a impressão 3D não serve apenas e só para criar bonecos giros.
(Saúde) Órgãos 3D: A impressão está a evoluir a um ritmo incrível!
Portanto, têm existido avanços incríveis na produção/impressão de tecidos orgânicos complexos a partir de impressão 3D. Aliás, caso não saiba, já existem técnicas de tratamento de queimaduras de pele através de impressão de tecido. Curiosamente, em 2023, tivemos o primeiro caso de sucesso de reconstrução de uma orelha a partir de cartilagem impressa numa impressora 3D especializada.
Tudo boas notícias, mas a grande novidade e inovação está no sentido de utilizar a impressão 3D para produzir estruturas mais complexas, como fígados, corações e rins.
Claro que ainda estamos a alguns anos de distância de ver órgãos 3D a sério, mas, recentemente já se registaram vários êxitos notáveis na produção de tecidos impressos em 3D para aplicações de investigação. Por exemplo, foram produziram modelos de rins em pequena escala que reproduzem as estruturas complexas dos rins humanos. Além disso, um outro laboratório desenvolveu tecido cardíaco impresso em 3D que foi transplantado com êxito em animais.
Estamos cada vez mais perto de uma revolução! Aliás, estamos cada vez mais perto de tornar a mítica frase Portuguesa “É um problema de juntas! Juntas tudo e deitas fora. Mete novo!” numa realidade, pelo menos no lado da sáude.
Quais são as dificuldades?
O maior desafio é tentar recriar a complexidade dos órgãos humanos, que claro está, consistem em vários tipos de células, estruturas complexas e funções altamente especializadas. De forma mais concreta, para replicar estas estruturas, as bioimpressoras têm de ser extremamente precisas. Não podem existir erros. Além disso, têm de ser extremamente rápidas na impressão, afinal… Estamos a falar de células vivas.
Entretanto, existe também o desafio da biocompatibilidade. Afinal, para que os órgãos impressos em 3D se mantenham viáveis e saudáveis após o transplante, têm de ter um fornecimento de sangue funcional e têm de ser compatíveis com o corpo do recetor. Para tal, deve ser impressa uma rede de vasos sanguíneos nos tecidos e órgãos impressos e devem ser tomadas medidas para evitar que o sistema imunitário do recetor rejeite o órgão transplantado.
Para quando?
Existe muito otimismo neste campo. Mas… Ainda vamos ter de esperar entre 10 e 20 anos.
Receba as notícias Leak no seu e-mail. Carregue aqui para se registar. É grátis!