Em Portugal, continua a ser muito comum ir a uma loja, pagar o valor do smartphone (a pronto ou a crédito), optar pela aquisição através de pontos, e claro, levar o novo aparelho para nossa casa de forma a aproveitá-lo durante 1, 2, 3 ou mais anos. Desta forma é nosso, e vai ser sempre nosso até que exista a decisão de o vender ou dar a alguém.
Porém, isto faz com que muitos utilizadores fiquem agarrados a aparelhos que não são nada de especial, durante um largo período de tempo. Sendo exatamente por isso que em várias outras regiões do globo as coisas não funcionam assim. Existem fabricantes e operadoras que preferem um molde em que o consumidor paga uma mensalidade, e tem um smartphone que na realidade não é mesmo seu, é apenas um empréstimo. Assim, passado um período de tempo previamente acordado, esse mesmo smartphone é devolvido ou trocado por um modelo mais recente.
É o mesmo esquema que podemos encontrar no mundo do renting de automóveis, ou poderemos começar a ver num futuro próximo quando o diferente mundo dos smartphones se render à estratégia de “smartphone via subscrição”.
Dito isto, a FNAC decidiu implementar uma estratégia de aquisição de smartphones que a Samsung também já trouxe para o mercado Português no ano passado, curiosamente com a mesma parceira, a Evollis.
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A Leak.pt foi um dos primeiros meios a noticiar o lançamento do “Renting iPhone” da FNAC, e como tal, fomos convidados a fazer uma simulação em loja para perceber como tudo se processa, quais são as vantagens, e claro, as desvantagens deste mesmo serviço.
(Especial) Renting de um iPhone. Como funciona? Vale a pena?
Portanto, vamos imaginar que é um consumidor completamente normal que quer um iPhone, seja ele qual for dentro das últimas duas gerações (iPhone 14 e iPhone 15). O que vai fazer? Vai a uma das grandes lojas Portuguesas para pegar na máquina e perceber se afinal quer mesmo avançar com a compra.
Sendo uma novidade, o Renting da FNAC não é ainda algo conhecido.
Por isso, enquanto estiver a olhar para os smartphones, um colaborado(a) vai tentar interagir consigo, e se mostrar interesse na compra, vai falar de todos os moldes de aquisição, incluíndo o renting.
O que é o renting de um produto?
- O Renting é uma solução de aluguer, muito comum no mundo automóvel, sem a necessidade de aquisição do produto, nem de pagamento de um valor de entrada.
Quais são as diferenças no lado dos smartphones?
- Enquanto no mundo automóvel o condutor está limitado a uma série de métricas, como um número máximo de quilómetros mensais, e a possibilidade do pagamento de uma compensação por danos na entrega do veículo no final do contrato, no lado dos smartphones não temos qualquer limitação.
- Além disto, segundo a própria FNAC, não existe uma “inspeção” ao aparelho no final do contrato. Assim, mesmo que tenha riscos, mossas, ecrã estilhaçado, etc… O mesmo é aceite sem problemas. Só tem de ligar!
Como se procede ao renting de um iPhone na FNAC? Como é o pagamento?
Se quiser enredar por este caminho, quem estiver a falar consigo (colaborador(a)) vai encaminhá-lo a um dos computadores da loja, e vai começar o processo. Tudo é feito pela loja à exceção de algumas informações e de um código que lhe vai ser enviado para o smartphone.
- Nota: O smartphone é adquirido a crédito. Como tal, tem de existir uma pré-aprovação. Algo que o sistema decide entre 15 e 30 minutos, consoantes os dados que oferece e sua situação financeira atual.
No meu caso, fiz a simulação de um iPhone 15 Pro Max de 256GB, o que resultava no pagamento de 69€ iniciais, e depois 80€ por mês durante 18 meses. Isto custaria 69€ + (80€*18 meses), ou seja, 1509€ no final dos 18 meses de contrato.
Isto significa que o custo total vai ser ligeiramente superior ao custo de aquisição normal do iPhone. Porém, o renting tem seguro e serviço de assistência incluído. Se acontecer alguma coisa ao seu iPhone de “renting”, a FNAC resolve no imediato em loja.
Temos ainda de salientar que a FNAC só oferece renting a 18 e a 24 meses, por achar que contratos de 12 meses não fazem sentido em Portugal devido ao custo mensal do contrato.
Vale a pena?
Em suma, é uma pergunta complexa, que deverá depender de consumidor para consumidor.
Quer um smartphone novo, com o pagamento daquilo que é uma subscrição mensal, sem grandes preocupações associadas. É uma alternativa interessante pelo facto de ter o seguro incluído, e a retoma ser “sem perguntas chatas”.
Porém, em Portugal ainda se usa muito a mentalidade da aquisição “normal” para depois vender mais tarde e assim subsidiar a aquisição do novo smartphone. Algo que faz todo o sentido no mundo Apple, porque um iPhone acaba por desvalorizar muito pouco nos primeiros 2 anos. (Por exemplo: iPhone 13 Pro Max continua a valer cerca de 700~800€ no mundo dos usados/recondicionados)
Aliás, a própria FNAC tenciona recondicionar todos os iPhones que voltem “à base” em final de contrato, para os meter no seu programa de venda de usados (FNAC Restart), dando assim uma segunda vida a produtos eletrónicos, o que é sempre positivo para o consumidor porque tem um produto recondicionado com qualidade e garantia, e também para o ambiente, porque existe menos desperdício.
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