Quatro coisas têm de mudar já no Android Auto! Concorda?

O Android Auto é sem dúvida um excelente sistema para quem anda na estrada. Isto porque lhe dá acesso ao Assistente da Google e a muitas das aplicações do seu telemóvel enquanto conduz. Pode utilizá-lo para planear a sua viagem, reproduzir música e responder a mensagens. Também pode fazer chamadas, ajustar o seu calendário, verificar a meteorologia e fazer praticamente tudo o que já pode fazer com o seu smartphone. Isto sem tirar as mãos do volante. No entanto e apesar de tudo o que oferece o Android Auto está longe de ser perfeito e há coisas que têm mesmo de mudar.

Quatro coisas têm de mudar já no Android Auto! Concorda?

Tornar a navegação mais fácil na estrada

Os mapas e a navegação são fundamentais para qualquer sistema de infoentretenimento, pelo que as limitações do Google Maps no Android Auto têm um impacto real na funcionalidade geral do sistema. Os problemas tornam-se imediatamente evidentes quando se compara a versão Android Auto da aplicação com os mapas normais que encontra no seu telemóvel. O planeamento de rotas é, sem dúvida, o aspeto que mais sofre com o Maps. Adicionar um ponto de passagem é difícil por várias razões.

Digamos que pretende adicionar uma paragem para almoço a uma viagem. A pesquisa de coisas como restaurantes dá-lhe opções num raio de 50 ou mais quilómetros da sua localização atual, o que é útil para paragens espontâneas, mas não lhe dá localizações ao longo de todo o percurso. Isto torna o planeamento de uma paragem a meio de uma viagem de quatro horas mais complexo do que tem de ser. Se partir sem introduzir primeiro o seu destino, também terá alguns problemas. Os utilizadores do Android Auto não podem introduzir uma localização no Google Maps a menos que o automóvel esteja estacionado. Isto é particularmente irritante quando se tem um passageiro que poderia ajudá-lo a definir um percurso sem distrações, mas que está igualmente impedido de aceder à função de pesquisa.

Embora a condução com distrações seja um importante problema de segurança, por vezes as pessoas levam acompanhantes ou estão parados num sinal. Os sistemas de infoentretenimento de muitos fabricantes de automóveis permitem fazer isto, então porque é que o Google não o faz?

Voltar a disponibilizar uma versão da aplicação baseada no telemóvel

Para beneficiar do Android Auto, é necessário ter um automóvel relativamente recente com um sistema de infoentretenimento completo. Nem sempre foi esse o caso, e houve um período em que era possível utilizar o software da Google para automóveis em qualquer carro antigo que estivesse a conduzir. É que o Android Auto corria também no ecrã do smartphone com muitas melhorias.

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Essas melhorias incluíam texto maior e uma interface de utilizador redesenhada, permitindo-lhe ver mais facilmente o que se passa e navegar rapidamente entre as suas aplicações de condução mais úteis. A aplicação significava que podia utilizar o Android Auto apenas no seu telemóvel e não ter de depender do sistema de infoentretenimento do automóvel. Mas isto chegou ao fim.

Um maior suporte offline

A navegação é um elemento central de qualquer sistema de infoentretenimento, e o Google Maps é uma das principais opções do mercado. Infelizmente, o Google Maps tem um grande ponto fraco: a sua funcionalidade offline não é particularmente boa e muitas pessoas conduzem frequentemente em zonas onde o sinal de telemóvel é inexistente.

Há uma solução óbvia para este problema, que consiste em descarregar previamente os mapas antes de iniciar a viagem. O pré-carregamento significa que os mapas estarão disponíveis quando precisar deles, mesmo que o sinal não esteja a funcionar. Isto porque o automóvel pode continuar a localizar a sua posição quando o sinal for interrompido. No entanto, esta não é a solução ideal. Muitas pessoas não têm tempo para descarregar mapas e planear corretamente uma viagem, e outras nem sequer sabem que esta é uma opção.

O espaço de armazenamento pode ser um problema, mas se houvesse uma opção para alocar espaço para mapas que poderiam ser automaticamente excluídos após a viagem, muitos utilizadores provavelmente a utilizariam. Ou seja era boa ideia que tudo fosse descarregado automaticamente antes de uma viagem.

Corrigir o problema de sobreaquecimento do Android Auto

Este ponto não se refere a uma funcionalidade específica, mas sim ao desempenho global do sistema de infoentretenimento em si. Uma crítica importante e recorrente ao Android Auto está relacionada com a quantidade de calor que consegue gerar num telemóvel normal. Os utilizadores referiram que o problema é igualmente grave, quer se opte por ligar o telemóvel por fim ou com uma ligação sem fios. O problema parece ter surgido pela primeira vez em maio de 2023 e ainda não foi resolvido no momento em que este artigo foi escrito. Não há sequer uma solução rápida disponível, para além de retirar a capa do telemóvel e colocá-lo no caminho direto de uma saída de ar. O melhor conselho é simplesmente utilizar um sistema de infoentretenimento diferente se o seu telemóvel tiver tendência para sobreaquecer enquanto utiliza o Android Auto.

Há mais alguma coisa que gostaria de mudar no Android Auto? Conte-nos tudo nos comentários.

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Bruno Fonseca
Bruno Fonseca
Fundador da Leak, estreou-se no online em 1999 quando criou a CDRW.co.pt. Deu os primeiros passos no mundo da tecnologia com o Spectrum 48K e nunca mais largou os computadores. É viciado em telemóveis, tablets e gadgets.

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