Nova informação pode ser o princípio do fim da Netflix!

Os preços não param de aumentar um pouco por todo o lado. Quer se trate de alimentação, da conta da luz ou do gás, ou até mesmo de vestuário. Cada vez pagamos mais, em muitos casos, por menos. O streaming não escapa a isto. De facto, os serviços estão a aumentar os preços e a ter regras mais rígidas. Recentemente veio a público que a Netflix vai aumentar os preços e muitos acharam que era simples capricho. No entanto há uma razão para isto. O problema é que esta nova informação pode ser o princípio do fim da Netflix!

Nova informação pode ser o princípio do fim da Netflix!

Depois de ter adiado o aumento dos preços este ano, foi noticiado na semana passada que a Netflix deverá aumentar a taxa de subscrição do seu serviço sem anúncios nos próximos meses. A medida deverá entrar em vigor após o fim da greve dos actores de Hollywood – a primeira vez desde janeiro de 2022 que o popular serviço de streaming irá aumentar os seus preços.

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Sendo a mais recente tendência de “streamflation”, que traz custos acrescidos para os utilizadores, qual é o impacto que o potencial aumento de preços terá nos milhões de assinantes da Netflix?

Novos dados da CivicScience revelam que, entre todos os atuais utilizadores da Netflix e os que provavelmente irão subscrever, 29% subscreveriam um plano sem anúncios (continuando a subscrever ou iniciando uma nova subscrição), como os planos Netflix Standard ou Premium. No entanto, 39% dizem que cancelariam a sua subscrição se o aumento de preços entrasse em vigor.

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Analisando exclusivamente o público mais afetado – aqueles que subscrevem um plano sem anúncios, verifica-se que quase metade manteria provavelmente o seu plano sem anúncios com um aumento de preços. Poucos mudariam para o mais recente plano Netflix Standard com anúncios, disponível em algumas regiões, enquanto mais de um terço optaria por cancelar totalmente a sua subscrição. Isto sugere que os subscritores da Netflix sem anúncios valorizam a possibilidade de ver conteúdos da Netflix sem interrupções de anúncios, mas, para muitos, apenas ao preço atual.

Os utilizadores frequentes seriam os mais afetados

Os inquiridos que vêem conteúdos da Netflix semanalmente ou mensalmente são os que têm maior probabilidade de subscrever um plano sem anúncios. Se houvesse um aumento de preços, os dados mostram que as subscrições sem anúncios diminuiriam significativamente para estes utilizadores. Os utilizadores mensais seriam particularmente afetados – são os mais propensos a mudar para o plano baseado em anúncios, sendo também os mais propensos a cancelar a sua assinatura.

A inflação contínua está a afetar a saúde financeira e a confiança económica dos consumidores, o que se reflectiu na volatilidade do mercado de streaming este ano. Os consumidores estão a reduzir o número de serviços que utilizam devido ao custo, de acordo com os dados da CivicScience. O acompanhamento mensal em curso mostra que 33% dos adulto reduziram ou planeiam reduzir as despesas com subscrições de streaming, contra 28% em janeiro. Além disso, a percentagem mensal de pessoas com quatro ou mais assinaturas de streaming diminuiu de setembro para outubro. Ou seja, continuando uma descida observada ao longo do ano.

Os dados da Netflix revelam outras informações:

50% dos inquiridos que afirmam que cancelariam o seu plano Netflix devido a um aumento de preços também afirmam que se tornaram mais sensíveis aos preços nos últimos 12 meses.

Mas qual a razão para este novo aumento de preços

Há um rumor muito forte que circula na Internet e que fala da razão do aumento de preços na Netflix. Na prática parece estar relacionado com a recente greve dos guionistas e atores de Hollywood. A greve dos argumentistas terminou. No entanto, a dos atores continua. Assim parece que a Netflix vai esperar que todos voltem ao trabalho para aumentar os seus custos.

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O novo acordo significa que a Netflix e também as outras grandes empresas de streaming terão de partilhar os lucros com os escritores, sobretudo que agora poderão ter acesso ao desempenho dos seus programas. Há também novas regras que significam que são mais bem pagos do que nunca. Ora este custo crescente para a Netflix e para as outras empresas parece que vai recair sobre si, o cliente.

Escusado será dizer que isto não vai acontecer apenas com a Netflix mas também com outros serviços de streaming. Afinal de contas, é o consumidor que acaba por pagar em parte o fim desta greve que durou tantos meses.

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Bruno Fonseca
Bruno Fonseca
Fundador da Leak, estreou-se no online em 1999 quando criou a CDRW.co.pt. Deu os primeiros passos no mundo da tecnologia com o Spectrum 48K e nunca mais largou os computadores. É viciado em telemóveis, tablets e gadgets.

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