O que significa isto? Bem, podemos olhar para a coisa de várias formas, visto que muita tecnologia já tem vários tipos de elementos híbridos. Como são os exemplos de processadores com vários tipos de núcleos de processamento computacional “debaixo do mesmo teto” (dentro da mesma die).
Ou é até o exemplo do mundo automóvel, em que é cada vez mais comum ver carros com duas motorizações, normalmente uma elétrica e outra a combustão.
Porém, não é por aqui que quero ir, a coisa é mais online! Quando falo que a tecnologia está a tornar-se híbrida, é porque está a passar parte do processamento para longe do aparelho em si, aliás, para longe da sua própria casa.
Parte do processamento daquilo que faz, seja a jogar, a trabalhar, ou em puro lazer, é feito na nuvem. Ou seja, é tudo feito num servidor a quilómetros de distância de onde você está.
É interessante não é?
Tecnologia está a ficar um pouco híbrida. O que é isto?
Portanto, há alguns dias atrás ficámos a saber que as consolas de nova geração da Sony e Microsoft poderiam chegar ao mercado com um sistema híbrido. Ou seja, parte do processamento é feito de forma local, enquanto a outra parte é feita nos servidores de ambas as empresas. Isto serviria para oferecer melhor performance, mapas maiores e mais “vivos”, entre muitas outras vantagens.
Mas… Isto já acontece nos dias que correm! Claro que ainda não a uma larga escala, mas é uma questão de tempo.
Por exemplo, com a chegada do Copilot ao Windows 11, muitas das tarefas que hoje em dia são processadas no CPU do seu PC desktop ou portátil vão começar a ser processadas pelos servidores da Microsoft. Por exemplo, a simples troca para o Modo Noturno, feita através do assistente IA, é enviada para os servidores da Microsoft, é processada longe do seu computador, e só depois de tudo isto vai ver o efeito no sistema operativo do seu PC.
Além disto, como a Google anunciou ontem no evento ‘Made by Google’, grande parte do processamento que as fotos levam no momento da captura, ou no momento da edição é feito fora do smartphone.
Ou seja, antes de publicadas nas suas redes sociais ou enviadas para os seus amigos e familiares. Muito daquilo que vê no seu ecrã já passou pelos servidores da Google, para aparecerem com um outro nível de qualidade.
É incrível não é? Mas já evoluímos a este ponto!
O que faz sentido, porque é cada vez mais complicado, e talvez mais importante que isso, é cada vez mais caro desenvolver novas tecnologias de produção. Tecnologias que posteriormente dão origem a processadores mais pequenos, mais poderosos, e mais eficientes.
Aliás, como podemos ver pela grande aposta da Apple nas linhas de 3nm da TSMC, a coisa já não está a ser tão fácil como antigamente. O avanço tecnológico, as especificações técnicas de cada aparelho, já não significam tudo.
É por este “problema” que a tecnologia encareceu nos últimos anos. Sendo também exatamente por isto que as grandes empresas estão a apostar cada vez mais no IA.
Como deve imaginar, o IA pode tem uma componente local, como qualquer outro processo computacional. Aliás, vai ter sempre essa componente presente, por muito que a coisa evolua. Porém, as exigências são tão altas, e vão ficar ainda mais altas nos próximos tempos, que (grande) parte do processamento passa para os servidores das empresas que prestam os serviços.
É uma espécie de estratégia dividir para conquistar, ou como a minha avó dizia, dividir o mal pelas aldeias.
O mundo tecnológico está novamente a mudar, e nós estamos na fila da frente para assistir a tudo!
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