A Intel passou um mau bocado durante uma série de anos, quando não foi capaz de dar o salto dos 14nm para os 10nm. Foi aqui que começámos a ver uma AMD mais forte, e também uma corrida aos processos de produção da TSMC, a atual entidade líder no mundo da produção de semicondutores.
Porém, mesmo em tempos de dificuldades, a Intel nunca teve falta de recursos, nomeadamente dinheiro, para dar a volta. Sendo exatamente por isso que temos de começar a olhar para a gigante Azul da tecnologia com outros olhos. O paradigma pode estar prestes a mudar novamente.
Intel quer voltar ao topo das tecnologias de produção!
Portanto, a evolução quase absurda da Inteligência Artificial fez disparar a corrida às tecnologias de semicondutores. É exatamente por isso que a TSMC já veio avisar que vai demorar pelo menos 1 ano e meio até se ambientar à nova realidade e assim terminar com a escassez de produção.
Mas, enquanto o mercado se tem focado imensamente na TSMC e na Samsung, como as grandes potências inovadoras deste mundo, a realidade é que a Intel tem feito investimentos incríveis que poderão começar a dar frutos dentro de muito pouco tempo. Basta olhar para o mais recente anúncio da Intel relativamente às suas linhas Intel 4 (EUV) agora funcionais na Fab 34 na Irlanda.
Isto é importante porquê? Bem, é o início de toda a estratégia da Intel que assenta na promessa de lançamento de 5 novos processos de produção durante os próximos 4 anos.
Como deve imaginar, neste mundo não é fácil passar imediatamente para o topo. Mas, se os problemas que a TSMC e a Samsung tiveram (e ainda têm) com os 3nm são um indício, a Intel tem aqui uma excelente oportunidade para realmente mostrar aquilo que vale. Algo ainda mais importante quando consideramos que a Intel vai deixar de produzir apenas e só para si! A Intel vai abrir as suas fábricas a todas as interessadas, tal e qual como a TSMC e Samsung.
Dito tudo isto, o processo Intel 4 vai proporcionar um aumento de desempenho à volta dos 20%, ao mesmo tempo que também reduz significativamente o consumo de energia dos chips de nova geração. O novo processo de fabrico baseia-se nos mais recentes sistemas de litografia de ultravioleta extremo (EUV) da ASML.
Entretanto, se a Intel conseguir manter o ritmo, vamos ainda ver os lançamentos dos processos Intel 3, 20A e 18A, tudo isto até 2025.
Será uma mudança de paradigma?
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