Está preparado para ter uma TV transparente em casa?

As TVs já mudaram muito em relação aos modelos mais antigos. De facto, estão sempre a receber atualizações que apostam numa melhor qualidade de imagem e sobretudo numa melhor resolução. No entanto, em termos estéticos não têm mudado assim tanto. Ainda assim tudo pode mudar em breve. Dito isto, está preparado para ter uma TV transparente em casa?

Se julga que estamos a falar de uma tecnologia que ainda está muito distante, desengane-se. Mas será que vale mesmo a pena apostar numa TV transparente?

Logo à partida temos de considerar os fatores estéticos

A ideia de que um ecrã pode apresentar conteúdo e, simultaneamente, permitir ver com alguma clareza o que está para além ou atrás dele é fascinante. Para os designers e arquitetos, isto introduz oportunidades para integrar a tecnologia nos espaços sem a presença muitas vezes incomodativa de um ecrã tradicional.

Os televisores transparentes podem integrar-se perfeitamente em qualquer ambiente, oferecendo uma estética minimalista e elegante que está mais em sintonia com o estilo moderno. Quando se desliga um televisor transparente, este transforma-se praticamente num vidro transparente. E mesmo quando está ligado, não cria qualquer obstrução importante, permitindo ver com alguma clareza o que está para além ou atrás dele. A sua construção fina e leve também significa que ocupam menos espaço e podem integrar-se facilmente em qualquer divisão.

Entretanto são equipamentos muito versáteis

A TV transparente tem um amplo espetro de aplicações em vários setores. Sem pensar muito, é fácil ver como esta tecnologia é útil no setor da arquitetura e do design de interiores.

Xiaomi TV transparente

Janelas, paredes e divisórias podem ganhar vida, funcionando como uma fachada e uma peça de tecnologia com a qual se pode interagir. Significa também que os espaços podem manter-se abertos, limpos e minimalistas sem sacrificar a utilidade. Uma janela numa casa inteligente pode mostrar as notícias da manhã ou informar o utilizador sobre a previsão meteorológica.

O setor automóvel também pode tirar partido dos OLED transparentes para melhorar o design e a funcionalidade dos veículos. Podem ser incorporados em janelas e para-brisas, servindo como ecrãs interativos que podem fornecer informações, navegação e alertas em tempo real sem obstruir a visão do condutor. Isto pode melhorar a experiência de condução, contribuindo para a sua comodidade e segurança na estrada.

Melhoram a experiência do utilizador

Os OLED transparentes podem redefinir a sua interação com objetos do quotidiano, tornando-os mais intuitivos e envolventes. Os museus podem apresentar artefactos em vitrinas que oferecem aos visitantes descrições dinâmicas e informações sem ocultar o objeto.

No retalho e na publicidade, abre-se um novo mundo de possibilidades. As marcas podem adotar um novo estilo de comunicação com o seu público. Por exemplo, uma loja de roupa poderia utilizar ecrãs OLED transparentes, permitindo aos clientes “experimentar” virtualmente as roupas e ver diferentes opções de cores ou estilos, criando uma experiência de compra personalizada. Isto pouparia aos clientes tempo e o stress de entrar e sair de várias roupas para encontrar a que lhes serve.

Nos automóveis, um ecrã transparente significa menos hardware, fazendo com que o interior pareça maior e mais espaçoso.

Podem ser eficientes em termos energéticos

Os OLED transparentes não necessitam da luz de fundo constante utilizada pelos ecrãs mais antigos, como os LCD. Isto pode torná-los mais eficientes em termos energéticos, acendendo-se apenas quando necessário. Isto de um ponto de vista estrutural.

Entretanto podem melhorar potencialmente a forma como percecionamos e interagimos com os ecrãs. Assim podemos integrá-los em várias indústrias e aspetos da tecnologia de consumo, desde o retalho e a publicidade até aos telemóveis e automóveis.

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Bruno Fonseca
Bruno Fonseca
Fundador da Leak, estreou-se no online em 1999 quando criou a CDRW.co.pt. Deu os primeiros passos no mundo da tecnologia com o Spectrum 48K e nunca mais largou os computadores. É viciado em telemóveis, tablets e gadgets.

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