Nos últimos anos, a Microsoft tem estado numa onda agressiva de aquisições para a Xbox. Para além da Activision-Blizzard, a Microsoft adquiriu estúdios de jogos populares como a ZeniMax Media (Bethesda, id Software, Arkane) e a Mojang nos últimos anos. No entanto, parece que a Capcom, fabricante de Resident Evil, “nunca” será uma dessas empresas adquiridas e assim fecha a porta à Microsoft.
Capcom fecha a porta a uma aquisição por parte da Microsoft
Numa entrevista à Bloomberg, o diretor de operações da Capcom, Haruhiro Tsujimoto, comentou a abordagem da empresa em matéria de fusões e aquisições no contexto da evolução da indústria dos jogos.
Quando questionado sobre a atividade de fusões e aquisições (M&A), Tsujimoto afirmou que, embora a Capcom tenha sido em tempos um alvo de fusão, a empresa prefere agora o crescimento orgânico às aquisições por empresas externas. Considera que é importante desenvolver talentos internamente para executar estratégias de crescimento a longo prazo.
“Penso que tem havido muitas conversas sobre fusões e aquisições na indústria dos jogos. Houve uma altura em que éramos um alvo, mas em vez de adquirirmos uma empresa externa, preferimos o crescimento orgânico. É importante formar e desenvolver recursos humanos internamente para levar a cabo estratégias de crescimento. Também acredito que podemos recorrer a parceiros externos, mas não temos intenção de adquirir empresas.”
A Bloomberg perguntou então diretamente a Tsujimoto se a Capcom aceitaria uma oferta de aquisição da Microsoft, na sequência da compra da Activision-Blizzard. Tsujimoto recusou respeitosamente, dizendo que acredita que a Capcom deve continuar a ser um parceiro igualitário em vez de ser adquirida.
“Recusaria graciosamente a oferta, porque acredito que seria melhor se fôssemos parceiros iguais.”
Os comentários assinalam o empenhamento da Capcom na independência à medida que a consolidação acelera na indústria. Ao mesmo tempo, Tsujimoto reconheceu o valor das parcerias externas para apoiar os objetivos da empresa.
Esta posição de privilegiar as parcerias em detrimento das aquisições surge numa altura em que a Capcom expande os seus esforços no domínio dos jogos para telemóvel. A editora vai levar Resident Evil Village e o remake de Resident Evil 4 para o iPhone 15 Pro ainda este ano, através de uma parceria com a Apple.
Com o aumento dos custos de desenvolvimento para os criadores japoneses, Tsujimoto deu a entender que a Capcom poderá ter de aumentar o preço em futuros títulos como Dragon’s Dogma 2. Isto é algo que já está a ser implementado por outras grandes editoras.
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