PlayStation 5: O estranho caso de uma consola pandémica

É inegável que a PlayStation 5, apesar de ter vendido que nem pãezinhos quentes durante grande parte do seu ciclo de vida, é uma das maiores vítimas da pandemia de COVID-19 que nos controlou a vida durante quase 2 anos.

Algo que começa a levantar algumas questões acerca da consola ‘Next-Gen’ da Sony.

PlayStation 5: O estranho caso de uma consola pandémica. Sucesso ou Flop?

ps5, playstation 5

Portanto, a Sony não foi capaz de lidar com a incrível procura que a sua mais recente consola teve nos seus primeiros anos de vida. Sendo, durante essa altura, quase impossível encontrar uma PS5 nas prateleiras de uma loja, fosse ela grande ou pequena. Aliás, se não quisesse comprar uma unidade a preços extremamente inflacionados, era quase obrigatório pertencer a grupos no WhatsApp, Telegram ou Discord.

Tudo para tentar meter as mãos numa unidade nova, com garantia, e sem “manhas”.

Porém, no lado do software, devido às dificuldades inerentes à pandemia e confinamento. As coisas acabaram por não evoluir da forma que muitos de nós desejaríamos.

PS5

Aliás, em algumas regiões, nomeadamente na “terra natal” da PlayStation 5 (Japão), a consola já é vista como um flop. Não pelo número de vendas desapontante, afinal, a consola continua a vender bastante à escala global.

Mas sim por ter o seu ciclo de vida extremamente comprometido no lado do software.

Afinal de contas, a consola que hoje em dia já tem quase 3 anos de vida, e aparentemente já tem versões Slim (2023) e Pro (2024) a caminho do mercado, continua a não ter um exclusivo incrível “realmente seu”. A grande maioria dos jogos lançados para a PS5 foram também lançados para a PlayStation 4, e muitos deles também já foram lançados para o PC.

Em suma, para muitos Japoneses, já não vale a pena comprar uma PS5. Uma consola que “traz mais do mesmo”, não é realmente exclusiva, e claro, não é assim tão barata quanto isso.

Esta mentalidade não se vê, ainda, no mercado Global.

Sim, as vendas estão agora mais lentas, e a Sony começa a ser obrigada a fazer algumas campanhas para baixar preços. Ainda assim, os jogadores continuam a olhar para a PS5 com muitos bons olhos, e por isso, as consolas continuam a ser vendidas. Porém, é inegável que esta geração é uma das mais estranhas no mundo dos videojogos. Afinal, já olhou para o top de jogos mais jogados na PS5 a uma escala global?

  • Fortnite
  • Call of Duty: Modern Warfare II/Warzone 2.0
  • Grand Theft Auto V
  • FIFA 23
  • NBA 2K23

Tudo jogos que podem jogados em qualquer plataforma, sendo também uma tabela sem um único exclusivo Sony.

Aliás, o maior lançamento da Sony dos últimos anos, God of War: Ragnarok, aconteceu também para a PlayStation 4. Curiosamente, até Returnal e Ratchet and Clank: A Rift Apart, que foram exclusivos PS5, também já foram lançados para o PC.

Em suma, a PlayStation 5 não tem um jogo realmente seu, realmente chamativo, capaz de vender consolas sozinho. Isto nunca tinha acontecido no universo Sony PlayStation.

god of war, ragnarok

Além disso, apesar de todas as promessas relativas à performance, nomeadamente aos 4K a 60Hz, ou 4K a 120Hz, a realidade é que a PlayStation 5 não consegue chegar a estes números na grande maioria dos jogos.

Aliás, comparativamente à mais recente geração de placas gráficas para PC, a PS5 é hoje em dia uma consola obsoleta. Sendo exatamente por isso que a PS5 Pro promete uma duplicação de performance graças à implementação de um GPU significativamente mais poderoso.

Mas… Quer mesmo comprar uma versão Pro, que vai ser significativamente mais cara, a meio do ciclo de uma consola que ainda não tem jogos realmente seus?

Em suma, onde fica a PS5 no meio disto tudo? É uma consola que é um sucesso porque vendeu, e continua a vender, muito? Ou é um falhanço no grande esquema das coisas? Partilhe connosco a sua opinião na caixa de comentários em baixo.

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Nuno Miguel Oliveira
Nuno Miguel Oliveirahttps://www.facebook.com/theGeekDomz/
Desde muito novo que me interessei por computadores e tecnologia no geral, fui sempre aquele membro da família que servia como técnico ou reparador de tudo e alguma coisa (de borla). Agora tenho acesso a tudo o que é novo e incrível neste mundo 'tech'. Valeu a pena!

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