(Mini-Review) Nothing Phone (2): Um oásis no deserto!

Nothing Phone (2) – Por enquanto, ainda não podemos fazer comparações, ou falar de forma muito profunda acerca das novidades do mais recente smartphone da Nothing. Mas, como já temos uma unidade em teste há algum tempo, podemos desde já tirar algumas conclusões gerais, e passar a nossa opinião sincera acerca daquilo que a fabricante está a tentar fazer em 2023 no mundo mobile.

Vamos por partes?

• Telemóveis Android vão aparecer com 24GB de RAM!

(Mini-Review) Nothing Phone (2): Um oásis no deserto!

Portanto, como deve saber, quando a Nothing apareceu pela primeira vez no mercado, apareceu apenas em nome, com Carl Pei a dar a cara. Não sabe quem é Carl Pei? É uma das figuras mais adoradas do mundo dos smartphones Android, ou ser um dos principais responsáveis pelo sucesso da OnePlus.

É uma personalidade que tenta sempre pisar o pé às regras do mercado, ao lançar produtos inovadores, bonitos, e com níveis de performance muito acima da média, especialmente quando temos em conta o seu preço. No entanto, até no melhor pano cai a nódoa, e na minha opinião, o Nothing Phone (1), apesar de interessante, falhou o alvo.

Muito honestamente, o primeiro smartphone da Nothing prometeu muito, mas, numa altura em que tudo estava caro devido à crise de componentes, chegou ao mercado como um smartphone de gama média “mascarado” de topo de gama. Era interessante, mas era demasiado caro para o nível de performance que oferecia.

Sendo exatamente por isso que o lançamento do Nothing Phone (2) é de extrema importância para a marca. O Phone (2) tem a grande missão de provar os reais objetivos da Nothing, e pelo menos naquilo que temos visto até agora, cumpre tudo o que promete!

Especificações Técnicas

• SoC: Qualcomm Snapdragon 8+ Gen1
• Ecrã: 6.7” LTPO OLED FHD+ // 120Hz // (Impressão Digital debaixo do ecrã)
• RAM: 8~12GB
• Armazenamento: 128~512GB
• Bateria: 4700mAh (45W com fios // 15W Qi // 5W inverso sem fios)
• Dimensões e Peso: 162.1 * 76.4 mm * 8.6 mm // 201.2 g
• Suporte: 3 anos de atualizações Android // 4 anos de patches de segurança (2 em 2 meses)

Hands-On

Antes de mais nada, o Nothing Phone (2) aparece em 2023 como um “quase topo de gama”. O que é isto?

Bem, sendo um aparelho ainda muito focado na qualidade-preço, têm de ser feitos alguns compromissos nas especificações técnicas. Mas, comparativamente ao ano passado, os compromissos são quase nulos.

O Nothing Phone (2) não se sente como um “quase” em nada. É um topo de gama de pleno direito!

Afinal de contas, temos grandes melhorias em todos os campos!

O SoC é agora um Snadragon 8+ Gen1, que não é o SoC mais poderoso do mercado, mas está lá perto. Além disso, apesar de continuarmos com “apenas” dois sensores na traseira, temos grandes melhorias na sua performance fotográfica. Primeiro porque são sensores muito superiores, e em segundo lugar porque temos grandes melhorias no processamento das imagens capturas.

Temos também uma bateria maior, com suporte a carregamento rápido e carregamento sem fios. Já no campo do ecrã, tivemos uma subida muito significativa no brilho máximo, algo que foi apontado por muitos como um problema grave no Phone (1). Mais concretamente, é um ecrã OLED capaz de andar entre os 1~120Hz, com uma resolução FHD+, e brilho máximo a tocar nos 1600 nits.

Porém, não é só de hardware que se faz um smartphone, e é também aqui que a Nothing fez grandes melhorias!

Afinal de contas, o software está muito melhor face aquilo que a empresa mostrou no ano passado!

Temos um sistema operativo Android atualizado ao máximo, com muitas personalizações Nothing que ficam a matar no design do aparelho. Aliás, são tudo coisinhas que tornam o smartphone muito diferente de tudo daquilo a que está habituado no ecossistema Android. Isto é importante, porque além da componente visual, o aparelho é rápido, é fluído, e nunca se queixa de nada. A performance é incrível!

Fotografia

Como dissemos em cima, além das melhorias nos sensores, onde agora podemos encontrar um sensor principal Sony IMX890 de 50MP, e um sensor secundário Samsung JN1 também ele de 50MP. A Nothing também se preocupou muito com o processamento feito em cima de cada captura. Sendo exatamente por isso que o Phone (2) conta com um ISP de 18-bits capaz de capturar 4000 vezes mais dados comparativamente ao Phone (1).

Acha 2 sensores pouco? Bem, sou honesto, também tinha esse receio. Mas depois de 1 semana de férias, onde apenas levei o Nothing Phone (2) para todas as capturas. Posso desde já dizer que é um medo infundado.

A Nothing está a fazer muito com pouco! Como pode ver nas imagens em baixo.

Noite e Fim do Dia

Frontal

O Nothing Phone (2) impressiona em todos os campos da sua capacidade fotográfica. Porém, como disse no artigo das “primeiras fotos”, isto não é um Xiaomi 13 Ultra, nem um S23 Ultra. Nem tem de o ser! Custa menos de metade desses aparelhos, por isso, não precisa de “Ultrices”.

Bateria

A bateria é outro ponto com grandes melhorias, visto que além do acréscimo de 200mAh, temos mais performance e eficiência no lado do SoC. Aguentar um dia inteiro de utilização exigente é extremamente fácil para o Phone (1). É ainda mais fácil quando temos em consideração o facto de ter carregamento sem fios. Algo que ainda não é padrão no mundo dos smartphone topo de gama, muito menos neste mundo mais pequeno dos “quase topo de gama”.

Conclusão

A começar nos 679€, o Nothing Phone (2) é um smartphone pura e simplesmente incrível. Sendo exatamente que acredito termos em mãos um oásis num deserto que já cansada. Ao fim e ao cabo, todos os lançamento de smartphones em 2023, até aqui, pareciam mais do mesmo, com preços pura e simplesmente chocantes.

O Nothing Phone (2) vem atirar uma pedra ao charco. Ao aparecer como um topo de gama bonito, rápido, fluido, e com uma capacidade fotográfica fenomenal. Pode parecer estranho, mas o único ponto negativo que consigo salientar é mesmo o facto de não trazer carregador na caixa.

Em suma, o Nothing Phone (2) é tudo aquilo que o Phone (1) deveria ter sido! Além disso, pode ser o início de algo muito bonito para a Nothing, que pode mesmo vir a ser aquela fabricante chata, a morder os calcanhares da Samsung, Apple, Oppo, Xiaomi, etc…

Saiba mais sobre o smartphone, e como o comprar, aqui.