Bem-vindo ao mundo do golfe, caro leitor! Como o futebol Americano, o golfe é um outro desporto que acaba por não ter muita atenção em Portugal. Ainda assim, apesar da fraca popularidade, é inegável que o grau de concentração e a técnica necessária para jogar golfe ao alto nível é realmente surpreendente. Assim, apesar de não ser o desporto mais energético, é bastante mais profundo e complexo do que aquilo que aparenta a uma primeira vista.
Dito isto, como seria de esperar, temos então outra adaptação deste desporto por parte da EA. A empresa que tenta dominar o mercado dos Sports Games.
Será que EA Sports PGA Tour é um hole in one? Vamos descobrir com esta análise.
Gameplay
Visto que PGA Tour é o primeiro jogo deste “franchise” em quase uma década, seria de esperar bastantes alterações perante o seu antecessor, porém infelizmente nem todas correram da mesma forma.
Digo isto porque este jogo parece um pouco indeciso relativamente à sua identidade, com isto quero dizer que não parece saber se quer ser um simulador realista ou algo mais arcade como a saga Tiger Woods. Causando um pouco de frustração em certas situações mas sem nunca estragar propriamente a experiência.
Para dar um exemplo prático, temos o regresso da de uma mecânica dos jogos antigos, a possibilidade de adicionar rotação à bola quando esta está em subida, algo que não é de todo realista quando também temos de ter em consideração o vento, a velocidade, o arco, a distância, etc…
Outra questão que me deixou perplexo é o facto de existir um pequeno delay (atraso) na rotação do analógico quando estamos a preparar a tacada, algo que demora algum tempo até nos habituarmos.
No entanto nem tudo é negativo! Algo que me deixou de boca aberta foram sem dúvida as paisagens, os espetadores e até os comentadores, ou seja, toda a envolvência é espetacular e ajuda imenso à imersão.
Outro aspeto que eu valorizo sempre num jogo de desporto é um bom modo de carreira, algo que está presente em PGA Tour, apesar da criação de personagem ser um pouco limitada.
Começamos a nossa carreira a jogar nos pequenos torneios e à medida que vamos ganhando experiência. Vamos também avançando para nomes maiores até chegarmos ao tão esperado PGA.
É de salientar que ao início este ganho de XP e de dinheiro é bastante generoso mas à medida que vamos avançando na carreira, o jogo torna-se cada vez mais sovina… O que não seria um problema se não existissem micro-transações que afetam o gameplay. Mais grave que isso, ficam ainda mais apelativas (não fosse este um jogo de desporto da EA).
Claro que também existem os desafios especiais que nos podem dar XP extra, no entanto estes são um pouco entediantes e vê-se claramente que o jogo nos está a puxar para a in-game shop como solução aos problemas que eles próprios criaram.
Gráficos e Performance
No que toca a este departamento, só posso elogiar PGA Tour! É sem dúvida alguma um jogo lindo visualmente. Desde às paisagens, à iluminação, às mecânicas de física, às animações e até aos espetadores, posso dizer que fiquei deslumbrado.
Como seria também de esperar, temos a opção de ativar o modo performance, que nos dá framerates mais altos em troca de alguma qualidade gráfica.
Conclusão
Em suma, apesar de EA Sports PGA Tour ter uma fidelidade gráfica ótima e de por vezes mostrar o seu potencial. O facto de não saber se quer ser uma experiência arcade ou realista, juntamente com a forma lenta (e propositada) de ganhar XP para incentivar o gasto de dinheiro extra nas micro transações. São tudo coisas que acabam por lhe cortar completamente as pernas.
Ainda assim considero EA Sports PGA Tour um jogo superior ao seu concorrente principal (PGA Tour 2K23). Portanto se realmente precisa de uma experiência next-gen no mundo do golfe, esta é a “melhor” opção.
Deixo a sugestão de adquirir apenas em promoção e tentar evitar ao máximo as micro transações.
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