Play Store: quem fizer isto pode receber até 20 mil Euros!

Costuma-se dizer que o crime não compensa e essa é uma grande verdade. No entanto, pode dar bastante dinheiro durante algum tempo. Pelo menos até os esquemas serem descobertos. Ora é exatamente o que se está a passar com a loja da Google. Assim quem conseguir um determinado feito na Play Store pode receber até 20 mil Euros.

Play Store: quem fizer isto pode receber até 20 mil Euros!

A Play Store é a loja utilizada por todas as pessoas que têm smartphones Android. Isto salvo raras exceções. Assim escusado será dizer que colocar lá uma app perigosa pode render muito dinheiro aos criminosos. Ora é por esse motivo que eles estão dispostos a pagar até 20 mil Euros a quem consiga este feito. Por exemplo, a um programador que tenha lá uma app e que resolve virar-se para o “lado negro” com o objetivo de ganhar dinheiro fácil.

De facto, introduzir malware na Loja do Google Play é como ganhar o jackpot para os criminosos. Este repositório de aplicações goza de um alto nível de confiança entre os utilizadores Android. Aliás a maioria das pessoas descarrega apps desta loja sem duvidar da segurança das mesmas.

Para manter o seu alto nível de confiança, a Google toma uma série de precauções, para se certificar de que as apps são legítimas. Para além disso remove as maliciosas assim que são descobertas.

Instalar malware através de atualizações

É por isso que os programadores que encontraram uma maneira de introduzir aplicações maliciosas no repositório da Google podem receber cerca de 20 mil Euros pelo feito. Isto de acordo com os investigadores da Kaspersky.

Esta empresa de segurança estudou nove mercados da “dark-web” entre 2019 e 2023 e encontrou um método eficaz, mas caro, para levar malware para a Play Store.

Como tudo funciona

Para se conseguir este feito recorre-se a uma app para dispositivos móveis que parece legítima. No entanto, a seu tempo tenta descarregar uma atualização que a torna perigosa. E isto leva sempre algum tempo para não gerar desconfianças. A aplicação pode até funcionar como anunciado no início. No entanto, a uma dada altura, não funcionará mais até que seja atualizada, ou forçar a vítima a atualizar de outra forma.

Estes sistemas podem ser comprados a um preço que varia entre os 2000 e os 20 mil euros. O preço depende das características do sistema. As mais caras têm uma interface muito simples de utilizar, um painel de controlo eficaz, permitem filtrar as vítimas por país e suportam as versões mais recentes do Android.

Mas há mais. Algumas apps estão tão bem feitas que até podem detetar a presença de algum sistema antivírus especialmente criado para encontrar estas apps. Se isso acontecer, elas param as atividades perigosas e voltam a ficar mansinhas. Ou seja, é o jogo do gato e do rato.

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Bruno Fonseca
Bruno Fonseca
Fundador da Leak, estreou-se no online em 1999 quando criou a CDRW.co.pt. Deu os primeiros passos no mundo da tecnologia com o Spectrum 48K e nunca mais largou os computadores. É viciado em telemóveis, tablets e gadgets.

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