Resident Evil 4 Remake (Análise PS5)

“Hello Stranger, what are you buyin? Shut up and take my money! Eh Eh Eh, thank you.” Pois é caro leitor, se é fã de Resident Evil 4 original, e a sua única dúvida era se valia a pena comprar este jogo, a resposta é sim! (Pelo menos a versão para a PS5)

Resident Evil 4 Remake (Análise PS5)

Pois bem, antes de mais nada, bem vindo de volta ao mundo dos Survival Horror. Especificamente aquele que pode ser considerado o jogo mais influente do milénio, até agora. Resident Evil 4, um jogo que veio marcar e alterar a indústria desde 2004.

Apesar de RE4 ter sido um pouco controverso dentro do fandom Resident Evil, devido ao facto de ser radicalmente diferente quando comparado à trilogia clássica, a realidade é que criou aquela que se tornou a blueprint para todos os jogos de ação na terceira pessoa desde então.

Vamos então descobrir nesta análise como a Capcom conseguiu recapturar a magia de RE4, transportando a experiência para a atualidade.

História

Antes de mais nada, é preciso ter em conta, que neste título, já se passaram seis anos desde o incidente em Raccoon City. incidente esse que viu Leon S. Kennedy sobreviver ao maior desastre biológico da história da humanidade, no seu primeiro dia como polícia.

Entretanto, em vez de desistir devido a todo o trauma, Leon aprimorou ainda mais as suas habilidades e tornou-se num agente especial ao serviço do governo dos EUA. Tendo sido colocado como responsável de segurança pela família do presidente.

Como não poderia deixar de ser, pouco tempo depois, Ashley, a filha do presidente, foi raptada por um culto misterioso sediado numa zona rural e obscura de Espanha. Cabe agora a Leon cumprir a sua missão de proteger a família do presidente, e claro, ir salvar Ashley, confrontando horrores ainda piores do que aqueles que viu há seis anos atrás.

Aproveito para dizer aqui que a personalidade do Leon, apesar de ser uma versão um pouco mais séria, mantém grande parte do seu charme e até muitas das piadas secas do original. É caso para dizer “Bingo”.

Gameplay e Performance

IMAGEM

tudo isto, no que toca ao gameplay, este é sem dúvida a melhor adaptação que podiam ter feito. Afinal, juntando a movimentação mais fluida de REmake 3, com um sistema corpo-a-corpo que incentiva por vezes confrontos mais ‘pessoais’, de forma a conservar munições, temos um ênfase maior na ação.

Um exemplo disto é o combo clássico onde damos um tiro na cabeça de um ganado (os zombies deste jogo) para depois lhe acertarmos com um rotativo que afeta também inimigos circundantes. É de salientar que este tipo de combate é bem mais difícil neste remake, devido especialmente ao facto dos ganados terem movimentos muito mais naturais e difíceis de prever.

Temos também a introdução de um sistema de parry (bloqueio), utilizando a nossa faca, algo que estava presente no original mas apenas para bloquear ataques à distancia. Sendo possível agora até bloquear a motosserra do Dr. Salvador.

Algo que não sou grande fã e que infelizmente está de volta é sem dúvida o facto da nossa faca ter durabilidade. Nunca irei entender o fascínio por este tipo de sistemas! Existem melhores formas de equilibrar a dificuldade dos jogos sem fazer parecer que certas armas são feitas de cartolina.

Temos presente também o sistema de inventário clássico onde temos de jogar um pouco de tetris, de forma a conseguir arrumar todas as armas e material necessário.

Entretanto, por falar em armas, temos o regresso do homem, do mito, da lenda, o Mercador!

A personagem misteriosa que nos vende todo o tipo de “brinquedos” para cumprir a nossa missão da forma mais eficaz e letal possível. Inspirando, ao mesmo tempo, personagens/sistemas com funções similares em dezenas de outros jogos.

Algo que estava um pouco apreensivo era se a Capcom iria conseguir transpor o equilíbrio que havia entre ação/terror sem fazer a balança tombar demasiado para qualquer um dos lados.

Posso dizer que, pela maior parte, este equilíbrio consegue ser atingido devido ao facto de, como no jogo original, os inimigos terem a probabilidade de largar itens como por exemplo material para criar munições, ervas curativas ou pesetas! (O dinheiro utilizado em Espanha antes do euro).

Criando assim um maior fluxo de recursos, permitindo um maior nível de ação, mas sem nunca nos sentirmos como o agora tão popular John Wick.

Relativamente ao terror, este é acentuado devido aos gráficos excelentes e à atenção ao detalhe tanto no ambiente como nos inimigos. Existindo também certas secções que foram refeitas mesmo para nos sentirmos vulneráveis.

Pegando um pouco no que disse mesmo agora, é de salientar que está de regresso o sistema de crafting presente em REmake 2 e REmake 3. Ou seja, temos de juntar vários tipos de pólvora, e outros materiais, para decidir da melhor forma que tipo de munição queremos criar.

No que toca à fidelidade ao material original, posso dizer que grande parte da experiência mantém-se idêntica salvo algumas mecânicas já mencionadas que foram alteradas.

A maior diferença vem sem dúvida no design do mapa! Isto porque apesar de existirem muitas semelhanças, existem também bastantes alterações para criar uma experiência mais coesa e moderna. Isto para mim seria um ponto negativo se não fosse pelo facto da Capcom ter feito um excelente trabalho, ao alterar o necessário, apenas nos sítios certos. Isto ao ponto de um veterano de RE4 como eu (no mínimo 30 términos do mesmo) não se importar.

Relativamente à performance, na PS5 temos os dois modos que seriam de esperar neste sistema, gráficos e performance.

Posso dizer que independentemente de qual o modo que decidir escolher, a experiência é bastante estável mesmo quando existe muito movimento em simultâneo. O que, juntando a uma fidelidade gráfica espetacular, cria uma experiência terrivelmente linda.

A única exceção é quando ativamos o Ray Tracing. Funcionalidade que pode ser utilizada em qualquer um dos dois modos.. Mas é demasiado pesada em algumas zonas do jogo.

Conclusão

Penso que a minha conclusão tenha ficado clara logo desde inicio, mas aqui vão os meus pensamentos finais, caro leitor.

Quer seja fã do original, de jogos de Survival Horror ou até de ação na terceira pessoa. Resident Evil 4 Remake consegue juntar todos os elementos necessário para criar uma experiência capaz de agradar à maioria dos que se enquadram nestes gostos.

Conseguindo manter em grande parte o feel do original (na história e setting)! Ao mesmo tempo que inova no gameplay em quase todos os sítios certos! REmake 4 é sem dúvida dos melhores remakes que já tive o prazer de jogar. Tenha apenas atenção aos pequenos detalhes que mencionei e não esteja à espera de uma recriação a 100% do original.

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Gonçalo Henriques
Gonçalo Henriques
Lembro-me de ser miúdo e passar os meus dias a jogar NES/PS1, acho que até aí já sabia que iria ser gamer para o resto da vida. Agora quero partilhar este meu interesse com todos os que estejam interessados em ouvir um geek a falar da sua paixão.

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