Se olharmos para os telemóveis de há uns anos percebemos rapidamente que a evolução tem sido enorme. Temos equipamentos com ecrãs de alta-resolução, quase tanta como a TV que temos em casa. Isto já para não falar das câmaras que em alguns casos chegam perto da qualidade das máquinas fotográficas ditas normais. No entanto há coisas que não têm evoluído assim tanto. A verdade é que apesar de toda a evolução as baterias dos smartphones Android ainda só duram um dia.
Android: baterias ainda só duram um dia! Sabe porquê?
No campo da autonomia algumas pessoas dizem que na verdade a questão da autonomia até piorou. Antes dos smartphones, os telemóveis conseguiam durar alguns dias com uma carga. Claro que os smartphones são muito mais avançados do que esses equipamentos “não inteligentes”. Mas as baterias não deveriam acompanhar a evolução?
A verdade é que a vida da bateria para a maioria dos smartphones é bastante má. Em muitos casos temos mesmo de voltar a carregar o smartphone antes do fim do dia.
O que se passa é que os smartphones têm melhorado muito mais rapidamente do que as baterias. Não é que não tenham surgido algumas novidades aqui e ali. Ainda assim os avanços são minúsculos em comparação com o que tem acontecido com os chips, ecrãs e outros componentes,
De facto, são os incríveis avanços noutros componentes que ainda vão fazendo milagres pela duração da bateria. Logo à partida os componentes internos estão a encolher, o que dá espaço para baterias maiores.
Infelizmente, as baterias encontradas hoje em dia nos smartphones ainda se baseiam na tecnologia dos anos 90. Houve grandes avanços entre os anos 80 e 90, mas as coisas estagnaram desde então. Ou seja, atingimos essencialmente o limite do que podemos espremer das baterias de cobalto de lítio.
Mas será que vamos sair disto?
Todos estão à espera do próximo grande avanço na tecnologia das baterias, mas parece que nunca vai chegar. Apesar disso já há algumas tentativas.
Desde baterias com células empilhadas que aumentam a capacidade em cerca de 10%, até às de estado sólido, temos de facto algumas alternativas. As duas prometem maior capacidade com o mesmo plano.
Ainda assim a tecnologia mais promissora parece ser o grafeno.
O grafeno é uma malha cristalina de grafite de um átomo de espessura. Apesar de ser quase 2D, o Grafeno é um excelente condutor eléctrico e térmico, embora ainda tenha um alto nível de dureza e resistência. As baterias de grafeno ofereceriam 60% mais capacidade do que as baterias de iões de lítio do mesmo tamanho.
No entanto há alguns senão. O grafeno é muito difícil e caro de produzir em massa. De facto, para já, não é viável fazer um smartphone com uma bateria de grafeno. Atualmente, o melhor que podemos fazer é algo misto. No entanto, com capacidades inferiores.
A verdade é que smartphones estão simplesmente a avançar a uma taxa muito mais elevada do que as baterias e as coisas vão manter-se assim. Como tal, não espere mudar a sua rotina de carregamento noturna. A única coisa que está sempre a melhorar é a velocidade com que carregamos os nossos dispositivos e isso de algum modo já acaba por compensar.
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