Os websites disponibilizam frequentemente aos visitantes a oportunidade de não participarem na recolha de dados. Isto não é por causa das preocupações com a sua privacidade. É simplesmente a lei. Como tal tem de se cumprir. Mas de acordo com um grupo de investigadores de privacidade, o opt-out nem sempre funcionam. Assim os dados dos visitantes continuam a ser sempre recolhidos, mesmo se disse não aos cookies.
Disse não aos cookies? Dados continuam a ser recolhidos!
As leis atuais como o Regulamento Geral de Protecção de Dados (GDPR) e a Lei de Privacidade do Consumidor da Califórnia (CCPA) exigem que os websites e terceirosobtenham consentimento antes de recolher e processar dados pessoais.
Para ajudar os operadores de websites a cumprirem esse requisito, fornecedores como a Quantcast disponibilizam uma plataforma de gestão de consentimento (CMP).
Assim estas empresas fornecem software que os websites utilizam para incitar os visitantes a aceitar ou rejeitar cookies. Tudo para controlar a forma como se trata a informação pessoal. Elas alegam que os seus respectivos CMPs permitem que as empresas cumpram as leis de privacidade nos EUA, União Europeia e noutras partes do mundo.
No entanto os investigadores Zengrui Liu (Universidade A&M do Texas), Umar Iqbal (Universidade de Washington), e Nitesh Saxena (Universidade A&M do Texas) conceberam um mecanismo de auditoria para testar a eficácia destes sistemas e descobriram que estas plataformas não garantem necessariamente a conformidade com os requisitos do RGPD e CCPA como revela o site TheRegister.
“As nossas descobertas em geral lançam uma séria dúvida sobre a eficácia dos regulamentos como único meio de protecção da privacidade”, concluíram os investigadores. “Especificamente, mesmo depois de os utilizadores optarem pela exclusão através do CMPs. É que a partilha e utilização dos seus dados por parte dos anunciantes continua. Infelizmente, a fim de proteger totalmente a privacidade, os utilizadores necessitam de ferramentas específicas para isso. Tais como bloqueadores específicos e browsers mais focados na privacidade como o Brave.