Metroid Prime Remastered (Análise Switch)

(Análise Switch) Metroid Prime Remastered – Só tenho uma palavra a dizer caro leitor… Finalmente! Bem vindos de volta aos sapatos de Samus Aran, aquela que é, na minha opinião, a personagem feminina mais badass do mundo gaming!

Pois bem, caso não saiba, ou não se lembre, o primeiro jogo nesta trilogia saiu originalmente para a Nintendo Gamecube em 2002, e foi sem dúvida a melhor experiência da plataforma, estando em primeiro lugar (entre centenas de jogos) de acordo com o Metacritic. Uma posição bem merecida!

Mas vamos por partes!

Metroid Prime Remastered (Análise Switch)

Portanto, saindo fora da fórmula 2D pela qual Metroid era conhecido, e entrando no mundo dos FPS, a Nintendo conseguiu acertar em cheio no equilíbrio entre exploração e ação. Isto ao mesmo tempo que não perdeu nenhuma das suas qualidades principais.

Infelizmente, e como acontece com muitos dos jogos mais clássicos da Nintendo, é difícil voltar a jogar em plataformas modernas. Tudo… Porque… Bem… Os jogos não estão disponíveis! Foi este o caso com Metroid Prime, que tirando um port para a Wii e na consola virtual da WiiU (que sejamos sinceros, é como não existir), pura e simplesmente não existia forma de jogar esta pérola, pelo menos não de forma legal. Até agora.

Será que a Nintendo conseguiu remasterizar este jogo e dar-lhe a atenção que merece? Vamos descobrir com esta análise.

História

A nossa aventura começa com Samus Aran a receber um SOS de uma nave espacial à deriva por cima do planeta Tallon IV. Assim, sendo uma caçadora de prémios, e uma aventureira nata, Samus partiu para investigar a situação.

Entretanto, chegando à estação, Samus rapidamente se apercebe que é a nave Orpheon, uma das poucas naves de investigação dos Piratas Espaciais (os seus arqui-inimigos) que conseguiu fugir do planeta Zebes, e claro, da destruição da “Mãe-Cérebro” por parte de Samus há três anos atrás.

Sabendo agora que afinal os Piratas Espaciais não foram erradicados, Samus desce para o planeta Tallon IV para acabar com esta ameaça… Como é óbvio, de uma vez por todas!

Gameplay

Como referi anteriormente, Metroid Prime é um FPS (First Person Shooter) com ênfase em exploração e resolução de puzzles. Aliás, o termo Metroidvania que é tão comum hoje em dia, deve metade do seu nome a este franchise lendário.

Dito tudo isto, ao longo da nossa missão, vamos desbloqueando várias armas diferentes para adicionar ao nosso arsenal, desde mísseis a diferentes variações para o nosso canhão de braço, cada um com as suas habilidades e utilidades. É de salientar que existe uma excelente mecânica de Lock-On, que por sua vez permite fixar a mira nos inimigos durante o combate. Algo bem vindo, que vem compensar o facto de não haver tanta precisão com os analógicos.

Como seria de esperar, Samus não tem acesso à maior parte das suas habilidades no início do jogo. É à medida que vamos explorando Tallon IV que vamos desbloqueando as armas e habilidades que nos vão dar acesso a outras partes do planeta e a zonas anteriormente inacessíveis.

Criando assim um mapa interconectado com puzzles, que nem sempre vamos ter logo a capacidade de resolver, promovendo o regresso a zonas já exploradas de forma a desvendar todo o tipo de segredos e upgrades.

Sem dúvida uma masterclass de design de mapas, algo transversal aos outros títulos neste franchise.

Porém, sendo originalmente um jogo de 2002, há elementos que podem ser considerados antiquados comparativamente a jogos modernos. Refiro-me ao facto de ser um jogo em que somos “largados” num mundo e cabe-nos descobrir o caminho sem waypoints ou objetivos colados no mapa.

Assim como o facto da história, pela maior parte, ser algo que temos de descobrir por nós próprios através de scans ao ambiente (no entanto é este o charme e a alma Metroid, se estes elementos não estivessem presentes, seria sem dúvida um ponto negativo).

Pegando num exemplo mais recente para fazer a comparação neste sentido, seria sem dúvida a saga Dark Souls.

Alterações

Neste departamento posso dizer que a Nintendo até podia ter chamado a este jogo um Remake e não um Remaster. Isto porque as diferenças no departamento gráfico e de gameplay vão muito para lá daquilo que esperava num ‘simples’ remaster.

Afinal de contas, a realidade é que tanto as texturas, a luz e a resolução estão incríveis. Ao ponto de parecer um jogo atual criado de raiz para a Switch.

O mesmo aplica-se aos controlos que são super fluidos e adaptados perfeitamente aos joy-con/pro controler. Se juntarmos a isto o facto do jogo correr a 60 FPS com uma estabilidade impressionante, fica aparente que este Remaster teve sem dúvida a atenção e carinho merecido.

Conclusão

Metroid Prime Remastered superou todas as minhas expetativas! É um Remastered que mais parece um Remake, com os seus controlos otimizados para a era moderna e visuais incríveis que o fazem parecer um jogo de geração atual.

Tornou-se um dos meus FPS de eleição e é sem dúvida um exemplo a seguir. Recomendo a qualquer fã de Metroid e de jogos FPS de ficção científica com grande ênfase na exploração.

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Gonçalo Henriques
Gonçalo Henriques
Lembro-me de ser miúdo e passar os meus dias a jogar NES/PS1, acho que até aí já sabia que iria ser gamer para o resto da vida. Agora quero partilhar este meu interesse com todos os que estejam interessados em ouvir um geek a falar da sua paixão.

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