Dead Space Remake (Análise PS5)

Dead Space Remake – Altman seja louvado! Após aquilo que parece uma década desde o último jogo Dead Space… Esperem lá um bocado… O Dead Space 3 já foi mesmo lançado há dez anos?!

“I’m getting too old for this sh*t”

Brincadeiras à parte, é com imenso gosto que vejo este nome a voltar à ribalta no mundo dos videojogos, um dos poucos franchises de Survival Horror inspirado nos clássicos (Resident Evil e Silent Hill), que se conseguiu igualar no campo da qualidade. (Bem, os dois primeiros pelo menos).

Por isso mesmo, seria sempre de esperar um remake deste jogo, dado o sucesso que a Capcom tem tido com os remakes da saga Resident Evil.

Sim, é verdade que se trata de um jogo da sétima geração. Porém, o remake de The Last Of Us, e claro, o REmake 4 que se avizinha (sexta geração), vieram provar que mesmo jogos mais recentes conseguem beneficiar bastante desta estratégia de ‘remakes’ sem fim, que os estúdios andam a adotar no mercado, especialmente quando o produto original é respeitado, e coisa é bem executada.

Bem, será que esta entrada da EA no mundo dos remakes foi com o pé direito Vamos descobrir com esta análise.

Dead Space Remake (Análise PS5)

História

Portanto, neste aspeto, posso dizer que um dos pontos mais fortes do original estavam, sem dúvida, na história e no setting. Algo que ficou só um pouco aquém devido ao facto do nosso protagonista ser mudo.

Por um lado, temos mais hipótese de nos colocarmos nos seus sapatos, por um outro lado, visto que a história deste franchise é complexa e muito dependente da evolução do estado psicológico de Isaac Clarke, estes fatores não se salientaram tanto como alguns de nós gostaríamos.

A boa notícia é que nesta versão temos o regresso de Gunner Wright no papel de Isaac! Um papel que já representa desde o Dead Space 2. Permitindo assim aprofundar a sua personagem e transmitir melhor as suas experiências na U.S.G. Ishimura (a nave onde se passa o jogo).

Assim, como seria de esperar, a grande maioria dos eventos/pontos da história mantêm-se idênticos! O que na minha opinião é um dos elementos que define um bom remake: Acrescentar, aprofundar e nunca retirar.

Dito tudo isto, para o situar, vamos a caminho da nave U.S.G. Ishimura na órbita do planeta Aegis VII, após esta ter emitido um pedido de socorro. Quando chegamos, rapidamente percebemos que não se trata apenas de uma avaria técnica, mas sim da libertação de um mal há muito escondido no planeta. Um mal que está a converter seres humanos em criaturas infernais chamadas necromorphs.

Em suma, cabe a nós enfrentar estes horrores e encontrar uma possível solução… Se esta existir.

Gráficos e Performance

Dead Space Remake é, sem dúvida, um jogo terrivelmente lindo. Reconstruido no motor Frostbite, com luz/sombras e texturas atualizadas, aquilo que já era um jogo assustador consegue saltar mesmo para o próximo nível.

Com esta melhoria gráfica vem também um feeling mais industrial, ferrugento e abandonado que salta muito mais à vista comparativamente ao original, chegando até a lembrar-me por vezes das secções “other world” nos Silent Hills originais. Claro que o mesmo se aplica aos inimigos em si, transparecendo bem todos os detalhes horrendos destes necromorphs que mais parecem saídos de uma história de H.P. Lovecraft ou um filme do John Carpenter.

Na PS5 temos os modos espetáveis de Performance ou Quality, sendo que o modo Performance consegue ter um output de 60 FPS criando uma experiência mais fluida nos momentos de ação, enquanto que no modo Quality o foco está mesmo na qualidade dos gráficos apresentados em troca de FPS mais baixos.

Sinceramente neste departamento só me posso “queixar” da oportunidade perdida de não ser possível jogar em 120Hz, teria sido uma ótima implementação (fica a dica para um Dead Space Remake 2).

Gameplay

Os avanços na tecnologia não ajudam só o departamento gráfico. As animações, sons e fluidez de movimento, tanto dos inimigos como de Isaac, fazem com que esta seja das melhores experiências em survival horror que já tive no mundo dos videojogos.

Afinal, os developers conseguiram manter a sensação de fragilidade e de desvantagem perante as hordas de necromorphs. Isto, sem sacrificar a mobilidade e opções de combate disponíveis! Um equilíbrio por vezes difícil de manter neste tipo de jogo. Ajudado também pelo facto de grande maioria da nave em si ser claustrofóbica, havendo inimigos a sair do chão, das paredes, do teto… Basicamente nenhum lado é seguro.

Entretanto, se juntarmos a isto o facto de por vezes ser necessário redirecionar a energia das luzes para outros sistemas, de modo a conseguirmos avançar… Bem, é bom que tenha uma muda de roupa por perto. (Pelo menos umas cuecas extra!)

Por um lado assustador… Mas por outro, é uma chance de mostrar a estes ‘monstros’ quem é o engenheiro mais badass do mundo do gaming.

Assim, juntamente com o nosso arsenal de ferramentas de engenharia “reaproveitadas” para efeitos mais violentos, temos sempre a opção de desmembrar os nossos inimigos e utilizar os seus próprios membros para acabar o trabalho e poupar balas (visto que nas dificuldades mais altas estas são limitadas).

Além disto, temos ainda a habilidade stasis, que “congela” os inimigos, dando-nos algum tempo para alinhar a mira e acertar onde conta.

Dito tudo isto, quem me conhece sabe o valor que dou em jogos survival horror aos elementos de exploração e de interconectividade nos seus mapas, e até aqui este remake surpreendeu-me pela positiva.

Ao fim ao cabo, aquilo que era um jogo, pela maior parte, repartido em secções, tornou-se muito mais aberto e interligado.

Havendo mais segredos e mantimentos por descobrir se estivermos com atenção, assim como a opção de regressar a zonas já exploradas há medida que aumentamos o nosso nível de acesso/segurança para aceder a novas áreas da nave.

Conclusão

Em suma, posso concluir de coração cheio (de medo) que a EA e a Motive Studios acertaram em cheio com este remake. Conseguindo-se elevar acima do original, tornando-se assim a forma definitiva de jogar Dead Space. Mas talvez mais importante que tudo isto, é o facto deste projeto elevar a fasquia para os remakes que vão chegar ao mercado nos próximos tempos.

Aprofundando a história, tornando o gameplay mais fluído e sem comprometer tudo aquilo que tornou o original num clássico de Survival Horror. Dead Space Remake é um must buy para quem já jogou o original e para quem quer entrar pela primeira vez neste universo de terror.

Agora está na hora de nos prepararmos para ficar… um… só…

Ademais, o que pensa sobre tudo isto? Já comprou, ou vai comprar Dead Space? Partilhe connosco a sua opinião na caixa de comentários em baixo.

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Gonçalo Henriques
Gonçalo Henriques
Lembro-me de ser miúdo e passar os meus dias a jogar NES/PS1, acho que até aí já sabia que iria ser gamer para o resto da vida. Agora quero partilhar este meu interesse com todos os que estejam interessados em ouvir um geek a falar da sua paixão.
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