Nos últimos anos, a quantidade de RAM nos smartphones tem crescido significativamente. Sim, hoje em dia ainda é possível encontrar dispositivos com 1 GB de RAM, mas isto já dá mesmo para muito pouco. Então quanta memória é necessária se vamos comprar um smartphone para durar pelo menos dois anos?
Se vai comprar um smartphone atenção à memória!
A memória do sistema é essencialmente armazenamento que contém temporariamente dados que aplicações e processos necessitam para serem executados sem problemas. A quantidade que é necessária varia muito com o tipo de utilização que damos ao smartphone. Ainda assim, há mínimos e melhores opções a ter em conta.
Logo à partida 4 GB de RAM são suficientes para executarmos vários jogos e aplicações de tamanho médio, bem como para manter o sistema operativo a funcionar normalmente. Se a memória se esgotar, as últimas aplicações abertas serão enviadas para um ficheiro de memória virtual.
Mas 6 GB são sem dúvida montante mínimo para um funcionamento estável do sistema em 2023. Com eles podemos executar com segurança 5 ou 6 aplicações e algumas outras funções ao mesmo tempo.
Com 8 GB, já poderá manter várias aplicações sempre abertas, e com 12 GB, deixará de ter qualquer problema. Nem vale a pena falar ainda dos 16 GB já que esta é sem dúvida a melhor opção, mas para jogadores.
Para onde vai a memória nos smartphones Android?
A memória RAM de um smartphone é onde as aplicações em execução vão colocando os seus dados. De uma forma simples isto significa que quanto mais memória um smartphone tiver mais aplicações é possível correr sem ele atrasar. No entanto as coisas não são assim tão simples. É que a RAM presente no smartphone já está a ser utilizada mesmo antes do sistema operativo arrancar.
A forma como se utiliza a memória
O Kernel. O Android corre por cima de um kernel Linux. É na prática o coração de tudo. Este kernel está armazenado num tipo de ficheiro comprimido que é extraído diretamente na memória RAM durante a sequência de arranque. Esta memória reservada acomoda o kernel, os controladores e os módulos de kernel que controlam o hardware e outros aspetos do sistema operativo.
Um disco de RAM para ficheiros virtuais. Alguns ficheiros e pastas que estão na árvore de ficheiros não são reais. São pseudo ficheiros escritos no arranque que contêm coisas como os níveis de bateria e informações relacionadas com a velocidade do processador. No sistema operativo Android toda a pasta /proc consiste neste pseudo sistema de ficheiros.
Informações sobre a rede. Provavelmente não sabe mas os dados sobre o IMEI e as definições de rádio estão na memória NVRAM que não se apaga quando desligamos o nosso smartphone. No entanto eles são transferidos para a memória RAM juntamente com o software necessário para o modem funcionar. Escusado será dizer que é reservado espaço na memória RAM para acomodar isto tudo.
Placa gráfica. A gráfica do smartphone necessidade de memória para funcionar. Trata-se de memória VRAM e todos os equipamentos utilizam processadores gráficos que não têm memória dedicada. Assim há uma determinada quantidade de memória RAM alocada para isto.
Entretanto com tudo isto tratado, o que sobra de memória RAM no smartphone fica para o equipamento funcionar e correr apps.
Assim é por tudo o que referi acima que a memória disponível para o sistema nunca é aquela das características do equipamento. Claro que ela está lá na totalidade. No entanto é também para outras coisas.
Em resumo
4 GB de RAM são em 2023 os mínimos dos mínimos. Isto ao nível dos smartphones mais acessíveis. Para os de gama-média teremos de contar pelo menos com 6 ou 8GB. Para os topos-de-gama menos de 12 não é aceitável.
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