Sistemas GPS preparam-se para chegar ao fim

Ao longo de todos estes anos confiámos essencialmente no GPS para navegar. No entanto, esses tempos parecem estar a chegar ao fim. Isto porque uma nova rede híbrida sem fios ótica pode acompanhar automóveis com uma margem de erro de apenas 10 cm. Ou seja, tem muito mais precisão do que os sistemas atuais. Este possível fim dos sistemas GPS chega na altura em que as futuras estradas poderão ser dominadas por automóveis autónomos. Como tal não seriam suficientes os sistemas de navegação por satélite.

Sistemas GPS preparam-se para chegar ao fim

O American GPS e a rede europeia de navegação Galileo dependem de sistemas de satélite, que frequentemente têm os seus sinais bloqueados ou refletidos através de um processo conhecido como multicaminhamento.

O novo sistema estará ligado a um relógio atómico altamente preciso, que pode transmitir dados de posição perfeitamente cronometrados e expandir-se com a ajuda de ferramentas de rede móvel existentes.

Assim criaram um sistema de posicionamento de pinpoint em tempo real conhecido como “SuperGPS” que oferece conectividade semelhante às redes móveis e Wi-Fi atuais.

Um dos principais objetivos é que os automóveis que conduzem sozinhos, as forças policiais e as aplicações de navegação não terão de confiar em sinais de rádio via satélite não confiáveis. Os atuais sistemas globais de posicionamento lutam frequentemente contra o problema inato de recepção por satélite, especialmente em ambientes metropolitanos.

Num centro movimentado da cidade, com muitos edifícios altos, podem entrar em jogo dois efeitos: os edifícios podem bloquear o sinal e nos túneis, não há cobertura nenhuma. Um sinal de entrada também pode ser distorcido quando os sinais partem das fachadas dos edifícios.

Mas afinal o que se passa com os sistemas GPS que utilizamos atualmente?

De acordo com os responsáveis pelo novo sistema, os mecanismos atuais de navegação por satélite (GNSS), podem ter margens de erro de centenas de metros. Isto “pode ser catastrófico se estivermos num carro autónomo”.

Os sinais de GPS provenientes de fontes de rádio e de satélite são frequentemente refletidos e podem confundir equipamentos de navegação, especialmente nas proximidades de grandes estruturas.

Nas áreas metropolitanas, o GPS pode tornar-se pouco fiável e isto pode ser um verdadeiro perigo para todos.

O novo sistema é mesmo eficiente?

De acordo com a equipa de investigação o novo sistema utiliza ondas de rádio com uma largura de banda significativamente maior. Isto para permitir a melhor precisão de posicionamento. As conclusões do estudo, publicadas na revista Nature, demonstram que o sistema de navegação tem uma margem de erro inferior a 10 centímetros.

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Bruno Fonseca
Bruno Fonseca
Fundador da Leak, estreou-se no online em 1999 quando criou a CDRW.co.pt. Deu os primeiros passos no mundo da tecnologia com o Spectrum 48K e nunca mais largou os computadores. É viciado em telemóveis, tablets e gadgets.

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