AMD apostou nos chiplets pela performance, e pelo dinheiro

Há algum tempo atrás, explicámos o porquê de a AMD ter conseguido apanhar, e até ultrapassar a Intel, na altura em que a grande rival dos processadores ‘Core’ ficou ‘agarrada’ ao processo de 14nm. De forma muito resumida, a AMD decidiu construir processadores a partir de várias partes, em vez de criar um processador a partir de uma única peça.

Na altura usei o exemplo de construir uma casa tijolo a tijolo, em vez de esculpir essa mesma casa a partir de um único bloco de cimento.

Pois bem, isto permitiu à AMD chegar a outros níveis de performance, e até misturar componentes provenientes de processos de produção diferentes, no mesmo exato produto. O que claro está, significa uma poupança muito significativa de recursos (leia-se… Dinheiro!).

Pois bem, a AMD decidiu voltar a explicar o que anda a fazer, visto que a estratégia dos chiplets também vai agora chegar ao mundo das placas gráficas. Uma estratégia essencial para a AMD continuar competitiva face aquilo que a NVIDIA tem para oferecer.

AMD apostou nos chiplets pela performance, e… pelo dinheiro

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Portanto, numa explicação e clarificação daquilo que vamos poder encontrar nas placas Radeon RX 7900 XT e XTX, a AMD decidiu falar um pouco acerca da sua estratégia Chiplet, e como essa mesma forma de fazer as coisas mudou, e evoluiu, nas suas novas placas gráficas RDNA3.

Pois bem, esta aposta nos chiplets por parte da AMD… É cada vez mais uma forma de fugir ao aumento de custos de produção no mundo dos chips.

Especialmente na parte das placas gráficas, porque comparativamente ao negócio dos CPUs, ou claro, comparativamente à NVIDIA, a AMD não tem um volume de vendas significativo.

Por isso, a palavra de ordem foi sempre contenção de custos. Isto ao mesmo tempo que era necessária lançar um produto capaz de bater o pé à nova geração de placas gráficas RTX 40.

É aqui que está a vantagem!

Enquanto a NVIDIA continua a apostar em GPUs monolíticos (tudo feito a partir de uma única peça), a AMD apostou tudo o que tinha num design chiplet, ou MCM (junção de várias peças para dar origem a um processador).

Isto explica o preço que a AMD é capaz de fazer, no meio de uma crise de produção (a crise dos chips ainda anda a fazer das suas, porque os preços não desceram). Afinal de contas, enquanto a NVIDIA lançou placas a 1200$ e 1600$, a AMD optou pelos preços de 899$ e 999$.

Como é que isto funciona?

Bem, a AMD identificou os componentes da placa gráfica, mais concretamente dentro do GPU, que podiam ser produzidos a partir de processos menos avançados. Isto de forma a poupar alguns trocos.

Ou seja, enquanto as unidades de processamento são feitas a partir do processo de 5nm da TSMC. Tudo o resto, como o controlador de memória, os chips de memória GDDR6, e a Infinity Cache, são feitos noutras linhas de produção.

Para ter a noção da poupança, podemos olhar para aquilo que a AMD fez na gama Ryzen 5000. Mais concretamente no Ryzen 9 5950X com 16 núcleos e 32 threads. Segundo a fabricante, se o 5950X fosse feito a partir de uma única peça de silício, o processador seria 2.1x mais caro. Em vez disso, a AMD optou por utilizar dois CCDs de 7nm, cada um deles com 8 núcleos, um I/O de 12nm. Correu bem!

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Nuno Miguel Oliveira
Nuno Miguel Oliveirahttps://www.facebook.com/theGeekDomz/
Desde muito novo que me interessei por computadores e tecnologia no geral, fui sempre aquele membro da família que servia como técnico ou reparador de tudo e alguma coisa (de borla). Agora tenho acesso a tudo o que é novo e incrível neste mundo 'tech'. Valeu a pena!

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