Dynabook Portege X30W: um dois-em-um acima da média!

Durante muito tempo andei pelo mundo dos Mac e utilizei um Macbook Pro para trabalhar em 90% das ocasiões. No entanto, mais recentemente depois de ter trocado o iPhone pelo Galaxy Fold 4 da Samsung resolvi também começar a utilizar mais frequentemente o meu PC com Windows 11 para trabalhar. Sim, porque até aqui servia essencialmente para o XBOX Game Pass. Esta passagem pelo mundo Apple levou-me a ser muito mais exigente com os PCs Windows e sobretudo a olhar para os portáteis de forma diferente. Foi nesta altura que me chegou às mãos o Dynabook Portege X30W-J-12R. Será que impressiona?

Dynabook Portege X30W: um dois-em-um acima da média!

Design

Já passou algum tempo desde que experimentei um portátil da Dynabook. Seguramente mais do que um ano. Ora logo na altura em que o tirei da caixa senti muita diferença em relação ao modelo anterior. Isto porque em termos de design é daqueles computadores que assenta bem na mão, é elegante e não nos importamos nada de andar com ele para todo o lado. Leve e bonito.

Não é que o modelo anterior que experimentei não fosse compacto e até de certa forma atrativo. A questão é que se nota uma grande evolução por parte da Dynabook. De facto, quase que me arrisco a dizer que é quase da noite para o dia e isto é extremamente positivo. É que o objetivo de qualquer fabricante é sempre fazer mais e melhor e o que se tem passado com esta marca.

Seja como for a tendência continua a mesma. Desenvolver-se dispositivos ultra-leves para maximizar a portabilidade e é o que encontramos neste modelo. O ecrã dois-em-um assenta que nem uma luva neste dispositivo.

Todo o exterior deste equipamento é em plástico mas isto acaba por ser curiosamente ofuscado pelo revestimento da Dynabook. Afinal de contas esta é a Magnesium Edition.

O teclado que surge ligeiramente mais baixo também está muito bem integrado neste sistema. É bem espaçoso e está muito bem posicionado. A única coisa que temos a apontar é a integração do leitor de impressões digitais no Touchpad. É que na prática reduz o espaço utilizável do mesmo. Poderia ter ficado muito bem logo ao lado. No entanto até acaba por cumprir uma função. Caso avarie ou ocorra algum problema com o sensor é só substituir-se o touchpad e já está. Em muitos casos eles estão acoplados de tal forma ao chassis que temos mesmo de substituir toda a parte de cima.

Entretanto este portátil trata-se de um modelo dois em um. Dito isto, facilmente podemos transformá-lo em tablet. A propósito disto a dobradiça responsável por este processo dá a sensação de ser bastante resistente o que é uma mais valia.

Ecrã

O ecrã de 13,3 polegadas 1080p deste Dynabook está muito bem conseguido. Digo isto porque possui uma excelente relação ecrã-corpo. Entretanto um aspeto que gostei quando liguei o portátil é que é muito brilhante e tem uma excelente reprodução de cor.

De facto, devido a este brilho conseguimos utilizar sem qualquer problema este portátil ao ar livre ou em condições em que existe muita luz. Eu, por vezes, gosto de utilizar o computador para escrever na varanda e com este não tive qualquer dificuldade.

Teclado

Pessoalmente gosto muito do teclado e garante uma experiência de escrita confortável. Tem teclas largas e a única coisa que talvez mudasse é a forma de pressionar. Ou seja, talvez não fosse necessário pressionar-se tanto as teclas para escrever. De resto nada a apontar.

Agora chegamos ao único aspeto que não me agrado nada: – o touchpad. A questão do sensor de impressões digitais é um pouco desnecessária mas sinceramente não é o maior problema. Parece que lhe falta alguma base de sustentação. A superfície é agradável ao toque, mas ao mesmo tempo é difícil de dar o clique em algumas posições. Aliás se experimentarmos tocar muito à esquerda ou muito à direita vamos sentir isso.

Especificações

Este portátil dois-em-um é alimentado pelo processador Intel core i7-1165G7. A isto juntam-se 16GB de memória LPDDR4X, bem como um SSD de 512GB. São especificações muito interessantes. Nas várias coisas que experimentei este portátil portou-se muito bem. Até na compressão e edição de vídeo. A única coisa que acontece nessas alturas é disparar a ventoinha com algum ruído. Mas isso não é algo que surpreenda. Afinal de contas são funções que causam sempre alguma carga no processador.

Bateria

A Bateria é sem dúvida um dos pontos fortes deste equipamento. De facto houve alturas em que ia utilizar este portátil e me tinha esquecido de carregar e pensei que não iria ter bateria e ele lá continuava a funcionar. Por exemplo a ver conteúdos multimédia dá para cerca de 13 horas. Ora isto é excelente. Para além disso contamos com um carregamento rápido. Em cerca de 30 minutos ficamos com 43% de bateria.

Ou seja, olhando para o tamanho deste portátil uma bateria deste desempenho é sem dúvida uma grande notícia!

Conetividade

Se a bateria nos agradou bastante, podemos dizer exatamente o mesmo da conectividade. De facto este dispositivo chega com um grande conjunto de portas. Assim temos uma porta USB-A, duas portas USB-C, saída HDMI e um leitor de cartões microSD. Isto para além de uma saída de auscultadores de 3,5 mm. Entretanto, as duas portas USB-C incluem suporte para a norma Thunderbolt 4, enquanto a conectividade HDMI inclui suporte para saída 4K.

Outro pormenor interessante é que este dois em um tem ainda dois microfones embutidos. Segundo o fabricante consegue captar áudio até quatro metros de distância.

Para terminar a parte dos componentes integrados temos as webcams. De facto este portátil tem duas. Uma logo acima do teclado e outra acima do ecrã.

Conclusão

Olhando para o dispositivo que já tinha testado e até para outros da Dynabook que conheço este Portégé X30W é sem dúvida um dos dispositivos mais bonitos e também mais compactos que já me passaram pelas mãos. Aliás não tinha qualquer problema em transformar este equipamento no meu portátil de trabalho. Claro que nem tudo é perfeito sobretudo o preço. É que estamos a falar de 1829 Euros com IVA. Ainda assim é um portátil pensado para utilização profissional e isso obriga a determinadas características que tornam a máquina mais cara.

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Bruno Fonseca
Bruno Fonseca
Fundador da Leak, estreou-se no online em 1999 quando criou a CDRW.co.pt. Deu os primeiros passos no mundo da tecnologia com o Spectrum 48K e nunca mais largou os computadores. É viciado em telemóveis, tablets e gadgets.

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