(Análise) Ear Stick (1): Odeia meter “fones” nos ouvidos?

Ainda se lembra da Nothing? A fabricante que até há bem pouco tempo apenas tinha dois produtos no mercado, os earbuds Ear (1) e o smartphone Phone (1), tem agora um terceiro produto, novamente focado no áudio sem fios, os Stick (1)!

Que verdade seja dita, não são bem uma evolução aos ‘velhos’ Ear (1) de 2021.

Os Stick (1) são o culminar de muita coisa que a Nothing tem estado a aprender neste sempre tão competitivo mundo mobile, mas não são uma sequela, são na verdade mais um ‘spin-off’. Será que valem a pena? Vamos por partes!

(Análise) Ear Stick (1): Odeia meter “fones” nos ouvidos? É a solução!

Portanto, como dissemos em cima, os Stick (1) são apenas o terceiro produto da Nothing no mercado, uma fabricante que aparece do nada, e começou logo a correr tinta, em todas as regiões do globo. Porquê todo este reboliço? Porque tenta ser diferente, tenta oferecer boa performance, e tenta fazer tudo isto sem arruinar a carteira do consumidor.

É também uma fabricante que está cada vez mais atenta ao feedback dos consumidores, como podemos ver pelo formato destes novos ‘fones’ sem fios. Odeia ter que meter earbuds no seu canal auditivo? Bem, com estes Stick (1), isso não vai ser um problema! É que a Nothing focou-se muito no conforto da utilização, ao oferecer um design diferente, mas ainda assim, bonito, versátil, e leve. Pode utilizar estes buds durante horas, sem grandes problemas associados.

Mas são uma evolução, ou um ‘fork’?

Na minha opinião, os Stick (1) aprenderam muita coisa com os Ear (1) do ano passado, uns earbuds que elogiámos bastante em 2021, devido às suas características técnicas, a um preço mais amigo da carteira. Daí dizer que é um fork! Sabe o que é isto? De forma muito resumida, a equipa de desenvolvimento aproveitou a base que deu origem aos Ear (1), e tentou fazer algumas coisas diferentes, para dar origem a um projeto/produto também ele diferente.

Os Stick (1) são mais simples em alguns aspetos, como é o facto de não terem ANC, ou carregamento sem fios. Mas compensam no design, no suporte de software, na qualidade de som, e claro, no conforto de utilização. Isto é inteligente por parte da Nothing, porque assim pode apresentar os Ear (1) como o produto topo de gama, com funcionalidades de topo, enquanto os Stick (1) ficam com um produto de entrada de gama, com muita coisinha boa a seu favor.

Design e Performance

Bem, agora vamos ao que interessa!

No campo visual, este produto é um dos mais diferenciados que poderá encontrar nas prateleiras. Sim, leu bem, prateleiras! Já consegue encontrar produtos da Nothing nas lojas do costume, em Portugal. Não é preciso encomendar no site oficial, ou em sites estranhos.

Continuando… Temos um corpo de plástico transparente, naquilo que é um look muito cyberpunk, e que vai sempre saltar à vista de qualquer pessoa. Aliás, até a caixa de transporte e carregamento é um pouco diferente do habitual, ao abrir num ato de rotação, em vez daquilo a que estamos habituados, nas famosas ‘caixinhas’.

Esquecendo a caixa, temos os earbuds propriamente ditos, que à primeira vista parecem mais do mesmo, mas na realidade… Não são. Afinal, temos um design mais ao estilo dos AirPods originais, que já não é muito comum no mundo Android, mas que verdade seja dita, ainda é muito desejado.

Desejado porquê? Conforto!

Os Ear Stick são confortáveis, porque ficam apenas encostados/encaixados ao seu canal auditivo. É um estilo híbrido in-ear, que parece resultar bem para quase todos os utilizadores. Óbvio que não vai ter algumas das vantagens do design in-ear, como é o cancelamento de ruído passivo e ativo, ou o facto de os buds ficarem mais bem ‘presos’, caso queira correr, ou fazer movimento mais exigentes no ginásio.

Mais uma vez, é um design diferente daquele que a empresa já tinha, para chegar a outras audiências.

Como é a qualidade de som?

A Nothing equipa os Ear Stick (1) com drivers dinâmicas de 12.6mm, com suporte a SBC e AAC, através de Bluetooth 5.2. O resultado sonoro é uma experiência muito equilibrada, com algum bass à mistura, o que é uma missão complicada, devido ao design misto.

Neste campo temos também alguma ajuda do software, agora atualizado para o ecossistema da Nothing, onde podemos criar um perfil de som personalizado aos nossos gostos.

É inegável que a experiência sonora é um pouco mais limitada relativamente aos Ear (1) do ano passado. Mas isso seria sempre de esperar, devido ao facto de ser um produto mais amigo da carteira, e claro, assente num design diferente. Na minha opinião, cumpre o seu objetivo, apesar de não impressionar.

Bateria

Aqui é possível usufruir de 7 horas de música sem pausas. Para adoçar o pacote, temos ainda carregamento rápido capaz de oferecer 2 horas de música com apenas 10 minutos de carregamento na caixa.

Conclusão

IMAGEM

Em suma, os Nothing Ear Stick (1) são um produto diferenciado, e bem desenhado, que cumprem todos os objetivos a que se propõem. Não são os melhores no campo sonoro, muito graças ao seu design inferior (a nível de performance), mas, é muito provavelmente devido a este design que vão muito provavelmente ser um sucesso de vendas.

Eu gostei!

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Nuno Miguel Oliveira
Nuno Miguel Oliveirahttps://www.facebook.com/theGeekDomz/
Desde muito novo que me interessei por computadores e tecnologia no geral, fui sempre aquele membro da família que servia como técnico ou reparador de tudo e alguma coisa (de borla). Agora tenho acesso a tudo o que é novo e incrível neste mundo 'tech'. Valeu a pena!

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Gostei! Mas seria mais fácil dar uma classificação mais alta, se o preço fosse um pouco mais equilibrado face à concorrência no mercado.(Análise) Ear Stick (1): Odeia meter "fones" nos ouvidos?