(Análise) God of War Ragnarok: É o jogo do ano!

(Análise) God of War Ragnarok: Nas nossas primeiras impressões a ‘Ragnarok’, mencionei que podíamos olhar para este novo título do estúdio de Santa Monica, como uma espécie de expansão ao reboot de 2018. O que claro está, não seria necessariamente mau! Afinal de contas, quem é que não iria querer mais daquilo que o jogo original oferecia?

Mas não, estava enganado! God of War Ragnarok é muito mais que isso! É um jogo mais complexo, com mais detalhe, com mais história, e que por isso mesmo, é capaz de nos levar para um outro nível de imersão, especialmente se o jogar na PlayStation 5.

Além disso, se porventura pensava que o segundo jogo da saga nórdica de Kratos ia ser pequeno… Bem… Está muito enganado!

(Análise) God of War Ragnarok: É o jogo do ano!

Introdução

Antes de mais nada, estamos a falar da sequela ao muito bem sucedido God of War (2018) originalmente lançado para a PS4, que por sua vez, deu início aquilo que é o afamado Ragnarok. Ou seja, o fim de tudo, ou pelo menos de quase tudo.

Para tentar perceber a situação, e tentar evitá-la ao máximo, Kratos e Atreus terão de voltar a viajar pelos 9 ‘realms’, ao mesmo tempo que são espiados por nada mais nada menos, que Odin, por vezes, de formas inimagináveis.

Em paralelo, Atreus também tenta lidar com a sua própria identidade. Afinal, quem é este meio gigante/meio Deus? Estamos a falar de Atreus ou de Loki? Talvez um pouco dos dois? Talvez o melhor das duas partes? Ou quem sabe… O pior? Muitas questões que terão de ser respondidas ao longo do jogo.

Curiosamente, enquanto Atreus/Loki se questiona acerca de tanta coisa, Kratos também tem as suas próprias dúvidas existenciais para dissipar. Será que vai repetir os erros do passado, ou vai ser o pai que Atreus realmente precisa?

É uma história com dois lados extremamente complexos, aparentemente tão distantes, mas que na verdade, apenas têm uma resposta.

Como é óbvio, para ultrapassar todos os obstáculos desta aventura, e para dissipar todas as dúvidas, temos o regresso do Leviathan Axe, Blades of Chaos, e claro, do Guardian Shield. Mas as coisas não ficam por aqui, visto que vamos ter algumas novidades no campo do armamento, e curiosamente, no campo dos companheiros de batalha.

Ragnarok tem um ‘feeling’ diferente!

Pois bem, God of War Ragnarok pega em tudo aquilo que os jogadores adoraram em GoW 2018, e tenta levá-lo a um outro nível. Gostou das histórias de Mimir, e da forma como o enredo acontecia à sua frente? Então, vai adorar a forma como se vive a história em Ragnarok, agora muito mais mexida, e na verdade, mais viva e aliciante.

Além disto, gostou da evolução das armas no jogo anterior? Então, porque até nesta componente, temos um impacto sério da história. Parece que a partir de um certo ponto, quando as dúvidas existências das personagens começam a desaparecer, tudo ganha uma outra vida, e por isso mesmo, Kratos e companhia ganham um outro alento na prática de… Bem… Destruir tudo à sua frente.

Em suma, ao mesmo tempo que a relação entre Kratos e Atreus se fortalece, parece que tudo se começa a encaixar à sua frente. É incrível, porque o jogador sente-se mais forte com as resoluções emocionais das personagens, especialmente as do lado de Kratos, que escolhe ser melhor ‘Pai’, em vez de melhor ‘God of War’.

Por falar em Atreus… O ‘Boy’ está maior, mais forte, e bem mais independente!

Como deve saber, Atreus já era uma personagem forte no jogo original, mas com o passar dos anos, apesar de ainda ser uma criança, e de ainda precisar de aprender muitas (e boas) lições, o seu poder está num outro nível.

Por isso, o estúdio tomou a decisão de permitir ao jogador, tomar as rédeas da história a partir do filho daquela que sempre foi, e na verdade sempre será, a personagem principal de qualquer jogo God of War.

Sim, vai ser possível jogar com Atreus, da mesma forma como jogamos com Kratos, o que é uma novidade para a saga, e de forma incrível, é algo que fica a matar no jogo. Atreus é forte, é versátil, e por isso mesmo, é uma autêntica besta da matança. (Quem sai aos seus, não degenera!)

Aliás, aconteceu algo que até me fez sentir um pouco mal… Há uma altura da história, em que Atreus começa a desbloquear novas habilidades, e o gameplay entra numa fase extremamente diferente e divertida. Mas, do nada, temos de voltar para o Kratos. Epá… Kratos que me perdoe, mas fiquei lixado ahah

Tudo isto são boas notícias, porque dentro do mesmo título, temos várias experiências diferentes, que ajudam a tornar o jogo diferente nas suas várias fases. Algo necessário, tal foi a repetição de ambientes, e monstros, no jogo anterior. Algo que ainda acontece, claro, mas agora a uma escala um pouco menor.

Jogabilidade

Aqui, as coisas não mudam por aí além, porque na verdade, não é necessário mudar aquilo que já está bom. Temos algumas melhorias e acréscimos, mas a base é exatamente a mesma. Se jogou GoW 2018 até lhe cair a pele das mãos, vai sentir-se em casa neste novo título.

Agora com uma grande ajuda de performance e fluidez por parte da PlayStation 5, que tenho de salientar, faz toda a diferença.

Gráficos

Visto que já comecei a falar da PS5, e das melhorias que esta traz para cima da mesa, temos também de falar dos gráficos. Afinal de contas, este é um jogo que ainda vai fazer o seu caminho para a PlayStation 4, e por isso mesmo, é provável que não mostre (ainda) o potencial máximo da consola de nova geração da Sony.

Mas, também temos de ser honestos! Este jogo é uma continuação do título de 2018, por isso, nunca seria justo esperar uma autêntica revolução. Especialmente porque o primeiro jogo desta saga nórdica já foi uma revolução relativamente aos restantes jogos da saga God of War! Tanto em termos de narrativa, mecânicas de jogo, e claro, gráficos.

Dito tudo isto, God of War Ragnarok demonstra cenários e efeitos de luz simplesmente incríveis na PlayStation 5, algo que infelizmente não vai ver na versão PS4. Contudo, não fique triste se tiver de jogar na PS4! Pelo que vi na versão pensada para a velhinha consola da Sony, a verdade é que não vai ficar perder assim tanto quanto isso.

A nível gráfico, Ragnarok continua a aparecer em grande forma na consola originalmente lançada em 2013, ao conseguir levá-la ao seu limite. É absolutamente incrível ver como uma consola com quase 10 anos de mercado, continua tão forte, a correr jogos tão exigentes.

Conclusão

Como fã da saga God of War, desde o seu início na velha PlayStation 2, este é para mim um jogo obrigatório quer tenha uma PS5, ou uma PS4, em casa.

É muito provavelmente o jogo do ano, ao conseguir conciliar gráficos, história, jogabilidade, e longevidade num único pacote. Sim, leu bem, longevidade! É que caso não saiba, o estúdio promete cerca 40 horas de jogo, o que não é de todo muito longe da realidade, se fizer todas as “Side Quests”.

No meu caso, a fazer cerca de metade das missões secundárias, terminei o jogo em 33 horas. Mas tenho tanta coisa para fazer! Especialmente porque quando termina a linha de história “principal”, aparecem logo uma catrefada de objetivos para se manter ocupado.

Em suma, Ragnarok é um jogo desafiante, que o vai deixar irritado, confiante, feliz, etc… Tudo ao mesmo tempo. Um jogo capaz desta proeza, é um jogo que merece ser recomendado.

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Nuno Miguel Oliveira
Nuno Miguel Oliveirahttps://www.facebook.com/theGeekDomz/
Desde muito novo que me interessei por computadores e tecnologia no geral, fui sempre aquele membro da família que servia como técnico ou reparador de tudo e alguma coisa (de borla). Agora tenho acesso a tudo o que é novo e incrível neste mundo 'tech'. Valeu a pena!

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