Infelizmente, o mundo da tecnologia funciona muito na base do “querer“, e pouco na do “precisar“. É algo que as fabricantes aproveitam ao máximo, ao lançar novas gamas de produtos todos os anos, e em alguns casos, de 6 em 6 meses.
No entanto, numa altura de crise, de inflação desmedida, e de clara incerteza económica, talvez seja boa ideia afirmar que nem sempre é necessário comprar o último grito tecnológico, para ter um bom nível de performance, seja este para lazer, ou para produtividade, no seu dia-a-dia.
Ou seja, lá por ser possível encontrar uma RTX 4090 nas prateleiras, isso não significa que a sua RTX 3070 Ti seja agora puro lixo. O mesmo pode ser dito acerca do seu smartphone, tablet, earbuds, etc… O nível de performance do seu hardware atual não mudou por existirem agora novos produtos no mercado. Aliás, estamos numa altura perfeita para mudar de mentalidade, e começar a aproveitar algumas (novas) oportunidades.
O lançamento de novo hardware não significa que tenha de trocar de telemóvel, de placa gráfica, processador, etc… Vamos ter noção!
Portanto, numa altura de incerteza económica, e na verdade, de claro aproveitamento de algumas fabricantes, que durante a crise de chips cometeram alguns erros, de forma a ir de encontro à incrível procura consequência da pandemia de COVID-19, é boa ideia ter noção do dinheiro que andamos a gastar em tecnologia.
Ora olhe para o exemplo da NVIDIA, que anda a pedir 2000€ por uma placa gráfica de nova geração, enquanto continua a vender o hardware de 2020 a preços demasiado altos. Ou claro, o exemplo da Apple, que pede mais de 1500€ pelo novo iPhone 14 Pro Max. Aliás, até no mundo Android, pedir 1300€ por um telemóvel é agora a ‘regra’ e não a exceção.
Em suma, de forma a contrariar a escalada de preços, e ambição das fabricantes de referência, talvez seja boa ideia repensarmos a forma como fazemos upgrade à nossa tecnologia.
Como disse em cima, lá por ter saído novo hardware, não significa que aquilo que temos em casa, tenha ficado lento do nada. O seu nível de performance é exatamente o mesmo! Aliás, mesmo que tenha hardware mais antigo, a precisar de uma atualização valente, talvez seja boa ideia olhar para hardware em segunda mão, ou de gerações anteriores, de forma a conseguir um negócio mais apetecível, mas ainda assim, de qualidade inegável.
Dito tudo isto, acredito que o Black Friday de 2022 seja um pouco diferente do habitual, onde vamos inegavelmente ver algum do desespero de algumas fabricantes que precisam de vender, como precisam de pão para a boca. O que claro está, significa grandes oportunidades para nós, os consumidores!
Vamos ver muitas campanhas/promoções interessantes, com as lojas, e marcas, a tentar despachar hardware mais “antigo” mas ainda assim extremamente competente. Como é o caso das placas gráficas RTX 30, RX 6000, e processadores Ryzen 5000 e Intel Core 12000. Entretanto, o mesmo pode ser dito acerca de smartphones topo de gama do ano passado, que também precisam de ser ‘despachados’!
Em suma, cabe a nós, consumidores, fazer com que as fabricantes comecem a ganhar noção daquilo que estão a fazer. Vamos fazer pressão com a nossa carteira.
Ademais, o que pensa sobre tudo isto? Concorda com isto, ou acha que o dinheiro tem de fluir, e que o mercado aberto vai eventualmente tomar conta do aumento de preços? Partilhe connosco a sua opinião na caixa de comentários em baixo.
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